Proclamar Libertação – Volume 33
Prédica: 1 João 3. 1-7
Leituras: Lucas 24.36B-48; Atos 3.12-19
Autor: Felipe Gustavo Koch Buttelli
Data Litúrgica: 3º Domingo da Páscoa
Data da Pregação: 26/04/2009
1. Introdução
É o 3º Domingo da Páscoa. A Páscoa é a maior festa da igreja de Jesus Cristo. É, de fato, o início do ano litúrgico. Na igreja primitiva, os batismos ocorriam somente na Páscoa, o que demonstra seu caráter de espaço privilegiado para o início da vida cristã. Toda a história da salvação em Jesus Cristo só pode ser lida através desse crivo interpretativo. O tema da Páscoa, da ressurreição, deve, portanto, ser valorizado no ano litúrgico, bem como no itinerário de nossas celebrações cotidianas.
Os textos sugeridos para esse domingo estão em consonância com essa visão, pois valorizam o momento que sucede a ressurreição, de maneira contextualizada no Evangelho de Lucas 24.36b-48 e de modo temático em 1 João 3.1-7 e Atos 3.12-19. Os três textos apresentam uma sintonia temática interessante, o que oportuniza pensarmos em uma chave hermenêutica única para estabelecer a conexão entre os textos.
2 Um pouco sobre o texto de 1 João 3.1-7
A delimitação do texto, incluindo os v. 1 a 7, tem algo a dizer sobre a ênfase que se quer dar sugerindo esse texto, principalmente se formos lê-lo juntamente com os outros dois textos sugeridos. A perícope parece, sobretudo se percebermos a delimitação que o Novo Testamento grego faz, constar do v. 28 do capítulo 2 até o v. 10, ainda que a temática seja refletida até o v. 24.
2.28 – Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda. 2.29 – Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.
3.1 – Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. 3.2 – Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vêlo como ele é. 3.3 – E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro. 3.4 – Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. 3.5 – Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. 3.6 – Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu. 3.7 – Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. 3.8 – Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. 3.9 – Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. 3.10 – Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.
Vemos aqui toda a perícope. Podemos perceber que dois diferentes aspectos das partes restantes da perícope não querem ser ressaltados pela delimitação. No v. 29, é mencionada a prática da justiça como critério para o reconhecimento daqueles que são nascidos dele. Embora o v. 7 mencione a prática da justiça, não estabelece a relação de filiação a Deus como dependente da prática da justiça. Um segundo aspecto negligenciado pela delimitação é a demonstração do que seria o oposto dos v. 1-7, isto é, o que caracterizaria os filhos do diabo.
Sendo isso assinalado, podemos dizer que a delimitação de 1 a 7 quer evitar que se leia o texto em duas perspectivas, a saber, a ênfase na prática da justiça como necessária para a filiação a Deus e uma certa dicotomia bem-mal, luz-trevas, tipicamente maniqueísta e característica de escritos de origem mística ou gnóstica.
Em seu comentário à carta, Schnackenburg não nega que seja possível afirmar essas origens na epístola joanina, embora considere difícil lê-la somente nessa perspectiva. Em diversos outros elementos, a epístola não se enquadraria como um escrito gnóstico ou motivado por um cristianismo de mistério.
Esses dois elementos que se quer evitar na leitura da perícope são, de fato, um pouco problemáticos para a teologia luterana, por exemplo, pois podem suscitar alguma dependência de obras humanas para a obtenção da filiação divina e sugerir uma divisão entre os bons e os maus, divisão essa incompatível com a noção de simultaneamente justo e pecador, formulada por Lutero.
Schnackenburg, no entanto, acredita que o escritor da Epístola de João não tenha dúvidas a respeito disso. Para ele, está claro para o autor da carta que a prática da justiça resulta do nascimento espiritual e não o condiciona. Para João, o nascimento dele, mencionado no v. 29, pode ser considerado tal qual no Evangelho de João (3.1-15), o evento sacramental do Batismo, no qual há ação exclusiva do Espírito (v. 6). O escritor da epístola pressupõe a consciência do que vem a ser nascer de Deus, um nascer espiritual mencionado por Jesus a Nicodemos. O autor está interessado na nova atitude de vida daqueles que são adotados no Batismo como filhos de Deus e não em perceber na fé (5.1), no amor (4.7) ou na prática da justiça (2.29) critérios, tampouco condições, para o novo nascimento em Deus. Esses atributos seriam consequência do nascimento espiritual.
3. Alguns temas da perícope
A despeito desses temas que derivariam de uma leitura do texto completo, pode-se deduzir outras possíveis interpretações que aqui sugerimos.
3.1 – A filiação de Deus e o Batismo
Essa possibilidade é bastante pertinente. Trata-se, como mencionamos, do terceiro domingo da Páscoa. A vinculação do tema ao evento da Páscoa, ainda candente, pode apresentar esse enfoque. A Páscoa é um espaço privilegiado para a reflexão sobre o Batismo. Esse é o novo nascimento, que nos insere como filhas e filhos na ressurreição de Cristo. O texto de 1 João vale-se dessa relação de Deus com seus filhos e filhas para afirmar a diferenciação entre aqueles que conhecem Deus (são semelhantes a ele) e aqueles que não o conhecem. Quem conhece Deus “a si mesmo se purifica (…) assim como ele é puro” (v. 3). Sobre aqueles que não conhecem Deus João afirma: “Todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu” (v. 6). No sacramento do Batismo, Deus dá-se a conhecer pela obra do Espírito Santo na vida do neófito, pois “conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu” (v. 24).
O autor de 1 João, portanto, ressalta a dádiva de Deus em nos chamar de seus filhos (técna) . Esse termo específico em grego oferece respaldo à compreensão de que o autor da epístola se refere aos batizados que andam em novidade de vida. Técna refere-se aos filhos e filhas adotados. Deus adotou como filhos aqueles que participam da comunidade, para a qual o autor da epístola se dirige. Somente a Cristo é reservada a expressão ó yiós, isto é, filho.
Nós somos os filhos escolhidos e chamados por Deus no Batismo para um renascimento espiritual. No Batismo, pelo poder do Espírito, conhecemos algo de Deus, pois ainda o conheceremos plenamente: “haveremos de vê-lo como ele é” (v. 2b). O que sabemos de Deus é que ele é justo (v. 7) e puro (v. 3); também se percebe que ele não peca (v. 6). O autor da epístola, portanto, admoesta para que aqueles que nascem de Deus, amados por ele a ponto de ser chamados filhas e filhos, permaneçam fiéis a esse modo de viver, para que “quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda” (1Jo 2.28).
3.2 – Aspecto soteriológico
O texto de 1 João 3.1-7 pode ser entendido como uma mensagem de salvação. Evidentemente, essa perspectiva não pode ser desvinculada daquela que vê no Batismo um tema importante da perícope. O Batismo é um sacramento de salvação. Schnackenburg insiste que, para a época, sobretudo para o judaísmo, a salvação era algo que dizia respeito ao futuro. Nesse contexto, a leitura do texto era em sua época algo bastante radical, já que a salvação não dizia respeito somente ao futuro, mas também ao presente: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (v. 2). Todos os que são batizados em Cristo sabem algo sobre Deus. O mundo, enquanto uma categoria dicotomizada, representa os outros, aqueles que não conhecem Deus. Esses transgridem a lei e vivem no pecado em virtude disso.
A comunidade de crentes batizados vive, portanto, num entretempo, como diria Karl Barth, ou na perspectiva do já e ainda não, ressaltada por Bultmann. Se isso parece algo comum aos nossos olhos, para aquela comunidade saber que a vida em Cristo representava uma maneira de já experimentar a salvação, ainda que não em sua plenitude, é algo verdadeiramente alentador. É possível saber como Deus quer que vivamos, pois já recebemos dele filiação, e nisso o conhecemos em parte. Por isso, para o escritor da epístola, é importante que nos mantenhamos fiéis ao modo de viver que conhecemos em Jesus Cristo, amando o próximo (v. 10) e praticando a justiça (v. 2.29, 3.7 e 3.10). Essa é a vida daqueles que conhecem Deus. Quem preserva esse modo de viver, despertado pelo próprio Deus no Batismo pela ação do Espírito (v. 24), não terá motivos para temer quando da vinda do Senhor, a partir da qual conheceremos Deus em plenitude.
4. Interpretando os textos conjuntamente
A leitura simultânea dos textos sugeridos pode oferecer dicas muito interessantes, além de orientar no sentido de pregar o texto de 1 João em consonância com a interpretação dada pelas pessoas que sugeriram o texto para esse domingo específico.
Um aspecto que parece marcante nos três textos é o impacto causado naqueles que veem (conhecem) Deus. Pressupõe-se do texto de 1 João que os cristãos conhecem algo a respeito de Deus, ainda que não o tenham conhecido plenamente. O que se conhece de Deus é aquilo que Jesus, Deus revelado, mostrou: a prática da justiça, a pureza e a virtude de não haver pecado. Por isso os cristãos estão entre o conhecimento pleno, escatológico, e o total desconhecimento de Deus, tal como se percebe naquilo que se compreende por mundo (v. 1).
No Evangelho de Lucas 24.36b-48, Jesus aparece aos discípulos após haver ressuscitado, antes de sua ascensão. A reação é de surpresa e temor (v. 37) e ainda de descrença, pois os discípulos estavam alegres e admirados (v. 41). Sabendo do espanto dos discípulos, Jesus deu-se a tocar nas feridas, na carne e osso (v. 39 e 40) e ainda comeu com eles, tal qual costumava fazer em sua presença.
Evidentemente, a aparição de Jesus tinha uma razão. Jesus lhes “abriu o entendimento para compreender as Escrituras” (v. 45) e os chamou a pregar o arrependimento para a remissão dos pecados, desde Jerusalém até todas as nações (v. 47). E isso lhes caberia como tarefa, porque os discípulos são “testemunhas dessas cousas” (v. 48).
Já no texto de Atos dos Apóstolos 3.12-19, Pedro prega aos israelitas no Templo após a cura de um coxo. A pregação de Pedro decorre do compromisso assumido na aparição do Jesus ressurreto em Lucas 24, já que o discípulo chama atenção não para a cura do coxo, mas para o nome que “fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis” (v. 16). Pedro situa sua cura dentro daquele compromisso assumido em Lucas, ao afirmar: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (v. 19). Também aqui, ver Deus, ou ao contrário não vê-lo, apresenta implicações profundas. Após a cura, Pedro pergunta por que os israelitas fitam os olhos sobre os discípulos, como se deles fosse o poder de curar. Para Pedro, ver e reconhecer o coxo em saúde perfeita (v. 16) é o modo pelo qual os israelitas poderiam ver seus próprios pecados. Isso fica claro quando Pedro afirma que esses israelitas negaram o Santo e Justo e pediram pela liberdade de um homicida (v. 14). O discípulo, no entanto, não os condena, pois os israelitas, e suas autoridades, fizeram-no por ignorância (v. 17), ou seja, desconhecimento. Assim, a cura do coxo torna-se um evento para que os israelitas vejam o poder de Jesus, e não dos discípulos.
Dessa maneira, ver e conhecer Deus é a maneira pela qual um cristão aceita o perdão concedido por Deus. Por isso o texto de Atos aponta para a diferenciação feita em 1 João entre os que não conhecem Deus e nem mesmo podem conhecer os cristãos, pois esse conhecimento só se dá através da própria manifestação de Deus. Os cristãos batizados são, portanto, aqueles que viram Deus e o reconheceram, tal como ocorreu na aparição do Jesus ressurreto. Esses cristãos são chamados de filhos e filhas de Deus, sendo adotados no Batismo. Pelo poder do Espírito, os cristãos reconhecem a presença de Deus em sua nova vida (1Jo 3.24) e são responsáveis, portanto, por pregar o arrependimento para a remissão dos pecados (Lc 24.47 e At 3.19). Também são encorajados a viver em justiça (1Jo 3.7) e a praticar o amor ao próximo (1Jo 3.10).
5. Algumas dicas para a pregação e para o preparo do culto
Se podemos assumir que os textos apontam para esse aspecto importante da relação de Deus com seu povo, a saber, dar-se a ver e por esse intermédio deixar-se conhecer, parece relevante que no preparo do culto se leve em consideração o sentido da visão daqueles que participam do culto. Estimular os sentidos humanos é ativar uma faculdade de nossa relação de aprendizado no mundo. Se os discípulos aprenderam algo vendo e Cristo usou esse sentido para apresentar-se ao mundo, também no culto podemos abusar desse sentido.
Assim, imagens que remetam à relação de amor de uns para com os outros ou de Deus para com o mundo podem ser bastante impactantes nesse contexto. Símbolos como a cruz, representações artísticas, cores ou exercícios de visualização podem ser mais valiosos do que palavras.
Se podemos vincular a temática do culto ao Batismo, talvez possa ser interessante um exercício de rememoração do mesmo com fins de atualização do chamado de Deus para sermos seus filhos e filhas. Muitas comunidades têm exercitado a recordação do Batismo. Essa pode ser feita com um pequeno gesto durante o culto, no qual pode ser usada a pia batismal como elemento simbolicamente expressivo. Mostrar a água aos batizados e às batizadas, relembrando-os de que foi naquela água que Deus nos chamou de seus filhos e filhas, pode ser uma experiência de profundo aprendizado e vinculação da temática à vida dos batizados.
Luiz Vaz de Camões escreveu um poema bastante conhecido e profundo chamado “Amor é o fogo que arde sem se ver”. Esse poema foi musicado e teve acrescentado elementos bíblicos por Renato Russo na música “Monte Castelo”. O poema fala sobre o amor, e a música ressalta a primazia do amor como o vínculo mais importante decorrente da relação com Deus. Se da leitura dos textos sugeridos quisermos afirmar que o que se pode conhecer de Deus é que ele nos amou e que o amor é aquilo que ele espera de nós, essas duas poesias podem ser bastante ilustrativas.
Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor que
conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer,
é solitário andar por entre a gente,
é não contentar-se de contente,
é cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade,
é servir a quem vence o vencedor,
é um ter com quem nos mata, lealdade,
tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem,
agora vejo em partes,
mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor que
conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
Renato Russo
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha e se perde.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode o seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luiz Vaz de Camões
6. Recursos litúrgicos
Oração do dia:
Deus de amor, tu nos chamas amorosamente de teus filhos e filhas. Tu nos concedeste o teu conhecimento ao apresentar ao mundo teu filho Jesus. Não por menos, teu Espírito nos congrega através do santo Batismo, no qual tu nos dás nova vida. Dá que saibamos ver o teu amor manifesto. Que, ao ver-te, possamos servir-te naquilo para que tu nos chamas: na prática da justiça, no amor ao próximo, para que assim compartilhemos da tua obra de perdão. Dá que possamos ver neste culto a tua face, ainda que não possamos te ver em plenitude. Em nome do Criador, do Salvador, na unidade do Espírito vivificador. Amém.
Confissão dos pecados:
Senhor, tu te deste a ver. Tu vieste ao mundo e pudemos ver o teu amor. Ainda assim, este mundo nos embaça a visão. Insistimos em olhar para as coisas erradas. Gostamos de ver a desgraça e a tragédia. E o que vemos nos distancia de ti e nos aparta dos outros. Somos os cegos do castelo. Nós te pedimos perdão por não ver o mundo conforme teu conhecimento. Afastamo-nos de ti e já não mais sabemos nem quem somos. Pedimos-te humildemente que mostres de novo, como sempre fazes, tua misericórdia e teu amor. Abre nossos olhos, dá-nos o entendimento para ver tua obra salvadora no mundo. Chama-nos de teus filhos e filhas, para que te vejamos mais uma vez. Perdoa-nos!
Anúncio da graça:
Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos e filhas de Deus! O Senhor da graça nos perdoa e vem a nós mostrar suas escaras, para que tenhamos entendimento e, como suas testemunhas, vivamos em seu amor. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Bibliografia
SCHNACKENBURG, Rudolf. Cartas de San Juan. Versión, introducción y comentario. Barcelona: Herder, 1980.
HÜFFMEIER, Wilhelm. Auxílio Homilético sobre 1 João 3.1-3. Proclamar Libertação, v. VII. São Leopoldo: Editora Sinodal, 1981. p. 21-29.
FLANAGAN, Neal M. El Evangelio y las cartas de San Juan. Collegeville, Minnesota: The Liturgical Press, 1996.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).