CULTO PARA FEVEREIRO 2015 – QUARESMA (I)
Departamento de Música e Liturgia do Sínodo da Amazônia
Leituras Bíblicas: Marcos 1.9-15;
Pregação: 1 Pedro 3. 18-22
P. Timóteo Seixas dos Santos – Cacoal – RO
LITURGIA DE ABERTURA
ACOLHIDA
Jesus respondeu ao tentador: Está escrito: Não só de Pão viverá o ser humano, mas de toda a Palavra que procede da boca de Deus. Mateus 4.4. Com essas Palavras de Jesus, saúdo a todos/as!
Temos visitantes entre nós? Alguém que vêm de longe ou de perto, mas que nos visita no culto de hoje? Se houver algum visitante, peço que fique de pé e apresente-se à comunidade!
Sejam todos bem vindos/bem vindas ao Culto de hoje!
CANTO DE ENTRADA
Cantemos o Hino 58 Entre Nós Está – O Nosso Encontro
SAUDAÇÃO
Aqui nos reunimos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!
CANTOS DE INVOCAÇÃO
47 – Entre Nós está – Espírito, Verdade
CONFISSÃO DE PECADOS
Convido aqueles e aquelas que puderem para se colocar EM PÉ:
Confessemos nossos pecados ao Senhor através do Salmo 25. 1-11
(sugestão: ler o texto todos juntos em voz alta).
ANÚNCIO DO PERDÃO
Se você confessou os seus pecados arrependendo-se verdadeiramente, creia no perdão concedido por Deus, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!
KYRIE
Olhemos para o mundo que nos rodeia. Clamemos a Deus em vista das dores provocadas por nós, quando há competição em vez de cooperação. Lembremos diante de Deus todas as situações de carência, depressão e sofrimento ao nosso redor e no mundo inteiro. Clamemos a Deus pelas vidas ameaçadas por todo tipo de violência e injustiça, cantando todos juntos:
Tem Senhor Piedade.
GLÓRIA IN EXCELSIS
Louvemos a Deus por nos conceder o perdão dos pecados e por nos auxiliar em tempos difíceis cantando todos juntos:
Glória a Deus nas alturas:
ORAÇÃO DO DIA
A Ti, Pai querido, Senhor Todo Poderoso, que sofreste ao entregar Teu Filho Jesus Cristo à morte de Cruz, fazendo assim o bem em favor do ser humano, clamamos que através do Teu Espírito Santo venhas transformar a vida de cada um de nós, que toda a Palavra proferida neste culto seja para a plena edificação da fé e da vida de cada um de nós aqui reunidos. É o que te pedimos, em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e único Salvador. Amém!
Por gentileza, a comunidade queira se assentar.
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Marcos 1.9-15;
2ª Leitura Bíblica: 1 Pedro 3. 18-22
CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
39 – Entre Nós Está – Em Jesus amigo Temos
PREGAÇÃO
1º Domingo na Quaresma – 1. Pedro 3:18-22
Que a Graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o Amor de Deus o Pai e a Comunhão do Espírito Santo, sejam com cada um de nós, ao ouvirmos a Sua Palavra. Amém!
Prezados irmãs e irmãos em Cristo. Eu quero convidá-los a, inicialmente, darmos um pequeno passeio no tempo e na geografia. Vamos voltar 1900 anos no tempo e demos uma voltinha pela Ásia Menor, no cantinho oriental do Mediterrâneo. Existiam muitas cidades prósperas, cidades autônomas, com comércio florescente e uma desenvolvida cultura. Coexistia uma mistura estranha de forças. Politicamente os romanos estavam mandando, culturalmente eram os gregos. E aí estavam os judeus, com sua língua e sua cultura e, acima de tudo, uma religião rigorosamente monoteísta. Os gregos tinham muitas divindades e semideuses, os romanos concorriam com eles. Nas guerras e revoluções da época os vencedores substituíam as divindades existentes pelas próprias. Na sociedade havia os ricos que esbanjavam dinheiro, havia os pobres, havia escravos, estes quase sempre do povo adversário e, obviamente, em todos os lugares viviam estrangeiros. Para dentro dessa realidade – que aqui só podemos rabiscar – acontece o anúncio do senhorio de Jesus Cristo, a rigor, um escândalo. É muita coragem anunciar, naquele mundo de heróis, semideuses e centenas de divindades, um Deus fracote. Sim, fracote, porque sofre, é preso, desprezado e finalmente crucificado. Mas os cristãos são ainda mais atrevidos ao afirmarem que este Jesus de Nazaré vem do tronco de Jessé, como o anunciara, muitos séculos antes, o profeta Isaías, e que Deus o ressuscitara. O apóstolo Paulo, em uma de suas cartas, descreve assim o efeito que o anúncio do senhorio de Jesus causa: Escândalo para os judeus, loucura para os gentios.
Acompanhemos, em nosso passeio imaginário, uma ou outra pequena comunidade cristã: Os cristãos eram desprezados, em relação a eles havia certa desconfiança, em alguns lugares pequenas perseguições (lembremos que o próprio apóstolo Paulo tinha perseguido cristãos). Internamente existiam muitas perguntas: como se comportar naquele mundo, como responder às perguntas que lhes eram feitas sobre a vivência da fé, será que o dia final viria logo, o que aconteceria com os que viveram antes de Cristo e não tiveram oportunidade de ouvir o evangelho. Questões muito existenciais de casamento e família, por exemplo, do casamento entre cristãos e não cristãos, dúvidas sobre a compra de alimentos no mercado público por causa de sua procedência, assuntos de ajuda solidária entre comunidades. A lista é maior, mas nem todos estes assuntos têm resposta na carta de Pedro. Elas aparecem em outras cartas que temos no Novo Testamento.
O endereço da carta de Pedro é o povo de Deus que vive espalhado nas províncias do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1.1). É uma espécie de carta pastoral, aberta. Aliás, o que hoje se faz pela internet, naquela época era feito por cópias à mão que eram levadas de lugar a lugar. Graças a isso nós temos até hoje milhares de cópias e fragmentos de textos bíblicos. O fio condutor da carta de Pedro é a afirmação de que sofrimento e morte de Jesus colocam as pessoas em uma nova relação com Deus e entre si, por causa do perdão que é concedido. Trata-se de uma relação de comunhão e paz que ajuda a também suportar sofrimentos. Quando vocês forem insultados, os que falarem mal da boa conduta de vocês como seguidores de Cristo ficarão envergonhados (v. 16b). Qualquer sofrimento humano é incomparável com o sofrimento de Cristo, o que se descreve de diversas maneiras. Ele é um sofrimento abrangente, inclusivo, tão inclusivo que o próprio sofredor vai pregar no mundo dos mortos e de seres espirituais. O sofrimento vicário do Cristo alcança até os piores dos piores pecadores, aqueles que fizeram com que Deus pensasse em destruir a sua criação lá no tempo de Noé.
Sem dúvida todos passarão pelo julgamento no juízo final – também nós! – mas os critérios estarão determinados pela morte e o sofrimento do Cristo que aconteceu de uma vez por todas. Está aqui a novidade total do evangelho: Não mais é preciso oferecer sacrifícios de qualquer ordem, ou seja, para Deus, ninguém tem maior credibilidade, ou maior garantia de salvação por ficar subindo de joelhos grandes escadarias, ou surrar o próprio corpo, também não é mais preciso fazer boas obras para conquistar o amor de Deus, doar alimentos e roupas ou ajudar alguém não vai garantir méritos com Deus, fazemos isso por gratidão a Deus e não pra garantir méritos! Em sua trajetória de sofrimento, Cristo Jesus assumiu tudo isso e nos libertou para uma vida em comunhão com Deus, com as pessoas e a criação. Mas o evangelho não para por aí: Deus ressuscitou aquele sofredor e crucificado e o fez igual a si mesmo. Aliás, é isso que confessamos com as palavras do Credo Apostólico e do menos conhecido Credo Niceno. E para selar a ação salvífica de Deus por nós, nós recebemos o batismo com água em nome do Deus trino. A mesma água que no dilúvio significou destruição, agora, por causa de Cristo, significa salvação e vida nova.
No final desse nosso passeio, tentemos imaginar o grande impacto que a mensagem e a vivência dos cristãos causa. Num mundo onde se cultua o mais forte, num mundo cheio de divindades e com tipos de culto de toda ordem, alguns inclusive com sacrifício de gente, aparece um grupinho de pessoas que afirma tudo isso ser desnecessário, que a relação com Deus dispensa sacrifícios e que esta libertação faz as pessoas viverem de outro jeito, onde também o fraco tem vez e lugar, onde comunidades ajudam comunidades, onde famintos são saciados e viúvas são ajudadas para sobreviver. Para tomar emprestado uma expressão de Asterix em relação aos romanos, aos olhos do povo esses cristãos tinham que ser loucos!
De volta do nosso passeio virtual à nossa própria realidade, ao mundo em que nós vivemos e do qual nós fazemos parte, talvez tenhamos uma sensação de alívio. Ser cristão hoje é mais simples do que naqueles tempos. Será mesmo? Ou será que nós hoje deixamos de ser loucos? Será que o que eram divindades públicas no passado hoje não vivem mascaradas entre nós?
Olhemos duas esferas de nossa realidade, esferas que se perpassam e se influenciam uma à outra. Comecemos com a religião: Já é difícil catalogar todos os tipos de religiosidade que anda por aí, também entre os cristãos. Religião – assim muitas pessoas pensam – é um instrumento de bem-estar, de paz. Confunde-se relações ecumênicas e inter-religiosas boas, honestas e sinceras, com nivelamento, com um vale-tudo. Religião, para muitas pessoas, só é boa se promete prosperidade, ou se falar da cura sem aceitar que a doença e a morte são realidade de sofrimento. O sofrimento solidário é passado para instituições específicas. É meio loucura afirmar que o sofrimento é uma dimensão da fé e que ele pode se espelhar no sofrimento infinitamente maior do Cristo. É preciso coragem para dizer que aquele Jesus sofrido, martirizado e morto como bandido, é o Cristo, é o Filho de Deus, que está à direita de Deus.
É difícil dizer que tudo isso aconteceu para salvar a humanidade, quando se diz por aí que o ser humano tem a força em si mesmo, tanto que muitas histórias de conversão são mascaradas de histórias de fé, mas na realidade desejam mostrar heróis. É preciso teimar na loucura de dizer que, por causa do Cristo, ninguém precisa ser herói e que a partir do Cristo há lugar para os fracos, para os doentes, para os velhos, para os desesperados e que se pode sofrer solidariamente com e por eles. É preciso dizer e repetir que o batismo é um presente soberano de Deus e não um prêmio que nós conquistamos, e que este batismo é o laço que congrega a todos, fortes e fracos, raças, línguas e nações sem nenhuma acepção.
Demos ainda uma olhada na esfera social, secular. Hoje a palavra de ordem no mundo é CRESCIMENTO, gastança, lucro. Isso se aplica em nível de países e em nível individual. Hoje o mundo treme porque a Grécia e mais alguns países estão mal e se festeja que o Brasil tem um PIB (Produto Interno Bruto) semelhante ao da Inglaterra! Para manter esse índice são feitos cortes no orçamento, justamente naqueles itens considerados não produtivos: Educação (criança não produz), saúde (doente não produz) aposentados (velho não produz). O sucesso de Natal e Páscoa está nos números de vendas e somos induzidos a comprar cada vez mais um monte de coisas inúteis. O que será que aconteceria se os cristãos do mundo se unissem e não entrassem no jogo da gastança?
Tenho absoluta certeza de que neste mundo de lucro e competição, os cristãos precisam colocar sinais em favor dos mais fracos, mostrando à sociedade que se pode viver de outra forma e teimando, como loucos de Cristo, para que a sociedade seja inclusiva de verdade e não só no papel. É preciso cobrar dos governantes em todos os níveis o lugar, o espaço de vida digna também e justamente para os mais fracos. A antipatia que isso vai gerar pode até levar ao sofrimento, mas ele será incomparavelmente menor do que o sofrimento das pequenas comunidades cristãs de quase dois mil anos atrás. Mas nós precisamos dizer para que viemos e porque fazemos o que fazemos. Não, não queremos e nem precisamos conquistar o amor de Deus e o seu perdão; isso nós já ganhamos em Cristo. Somos livres para ver o que ajuda na dignificação do ser humano e da criação e tentar combater, em palavras e ações, aquilo que desrespeita os fracos e os excluídos do progresso e do crescimento.
O senhorio de Cristo não vale apenas dentro dos limites da igreja. O senhorio de Cristo abrange todos os seres humanos, vivos e mortos, e toda a criação. Cabe aos cristãos testemunhá-lo com coragem e alegria. Amém!
(Extraído de: http://www.predigten.uni-goettingen.de/predigt.php?id=3377&kennung=20120226pt)
HINO
36 Entre nós Está – O Exemplo de Cristo
CONFISSÃO DE FÉ
Convido aqueles e aquelas que puderem para se colocar EM PÉ:
Confessemos nossa Fé no único Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, através das palavras do Credo Apostólico: Creio em Deus Pai, Todo Poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu Filho Unigênito, nosso Senhor, o qual foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao mundo dos mortos, ressuscitou no terceiro dia, subiu aos céus, e está sentado a direita de Deus Pai, Todo Poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja cristã, a comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.
Por gentileza, a comunidade queira se assentar.
CANTO PÓS-CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
152 Entre Nós Está – Uma Semana de trabalho
ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Convido aqueles e aquelas que puderem para se colocar EM PÉ:
Deus de bondade, em meio às trevas do mundo, tua luz brilhou, Jesus nasceu e seu poder nos foi revelado. Onde houve e onde há desânimo, desespero, tristeza, dor, lágrima, tua presença revigora e indica caminhos possíveis. A cada dia podemos enxergar tua luz e caminhar por trilhos de esperança, apoio, paz. Sim, Deus do amor, nós te louvamos e adoramos, pois a Escritura nos dá testemunho de que tu és a verdade de que necessitamos para fortalecer nossa fé e nossa esperança. Enquanto comunidade Cristã intercedemos pelas pessoas a quem a dor e as preocupação impedem de ter vida plena, vida em abundancia, que sintam a tua presença e companhia na dia a dia. Intercedemos pelas pessoas que governam nosso país, estado e cidade, que governem de tal forma que a esperança de vida possa prevalecer. Intercedemos pelas pessoas que perderam a confiança em ti ou que se sentem fracas na fé, para que reaprendam a confiar e sintam tua presença. Intercedemos por tua Igreja, seus membros, ministros/as e líderes, para que consigam redescobrir a mensagem de esperança contida nos Evangelhos, de forma que pelo seu testemunho o mundo creia, as pessoas transformem atitudes para promover a convivência fraterna e uma sociedade com paz e dignidade de vida.
Agradecemos também por todos os aniversariantes:
1. Aniversariantes
E ainda pedimos pelas pessoas doentes:
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PAI NOSSO
Acompanha-nos, Deus de amor, agora, quando retornaremos aos nossos lares, ilumina todos os nossos passos. Deixamos diante de ti todos nossos pedidos e agradecimentos quando oramos em conjunto a oração que Teu filho Jesus Cristo nos ensinou: Pai nosso que estas no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos os nossos devedores. E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Os irmãos e irmãs podem tomar os seus lugares.
LITURGIA DE DESPEDIDA
AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ – destinada para …
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BÊNÇÃO
Convido aqueles e aquelas que puderem para se colocar EM PÉ:
Como gesto de humildade, elevemos nossas mãos abertas ao alto para, assim, acolher a bênção de Deus, que nos anima e fortalece a continuarmos a caminhada da vida, a partir da revelação do amor de Deus:
Que o Senhor Deus te abençoe e te guarde,
que o Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti
e tenha misericórdia de ti.
Que o Senhor Deus, sobre ti,
levante o Seu rosto
e te dê a Sua Paz!
Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, Amém!
ENVIO
Vamos todos na Paz do Senhor, servindo a Ele com alegria.
CANTO FINAL
167 – Entre nós Está – Senhor Tu tens sido