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LCI 611 – Ó que mil línguas eu tivesse

1. Ó que mil línguas eu tivesse e bocas mil para cantar,
que Deus alento e dom me desse, não cessaria de exaltar
em hinos o seu grande amor e o que me fez o bom Senhor!

2. Ó que esta minha voz soasse até o sol com seu fulgor,
e que meu sangue jubilasse, enquanto sinto seu ardor,
que fosse o alento gratidão e cada pulso uma canção!

3. Quem bênçãos sobre mim derrama? Só tu, Senhor,
benigno Deus!
És tu, meu Pai, que tanto me ama, guardando-me
nos transes meus!
Suportas minha transgressão,
paciente, dás-me teu perdão.

4. Senti em toda a minha vida quão milagroso é teu guiar.
Sim, mesmo sendo adversa a lida, sempre me guias, sem errar.
Pois na maior tribulação, Senhor, me dás consolação.

5. Como não hei de jubiloso cantar o teu divino amor?
Por que no mundo tenebroso eu temeria morte e dor?
Se vier o céu a desabar, nem mesmo então triste hei de estar.

6. Quero exaltar tua bondade, enquanto a língua se mover,
louvando a tua caridade, enquanto o coração bater;
sim, quando a boca se calar, hei de exaltar-te, a suspirar.

7. Aceita com benignidade meu hino humilde, ó Pai e Deus;
concede-me, por piedade, que, junto com os anjos teus,
no céu eu possa a ti cantar mil aleluias sem cessar.

 

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