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Prédica: Apocalipse 5.1-14
Autor: Gottfried Brakemeier
Data Litúrgica: 1° Domingo de Advento
Data da Pregação: 29/11/1981
Proclamar Libertação – Volume: VII


I — Preliminares

Textos apocalípticos não gozam propriamente de prestigio na nossa Igreja. São de difícil acesso, e o transcendentalismo que lhes é peculiar, parece estar em conflito com a cosmovisão moderna. Em compensação, seitas e outros grupos religiosos exploram a área abandonada, substituindo interpretação por especulação. Que é o apocalipsismo? Profecia literal do futuro do planeta Terra? Ou produto abstruso da fantasia religiosa? A prédica sobre textos como estes não poderá contornar a problemática. Em muitos dos nossos membros existe uma forte expectativa por saber como o Livro do Apocalipse e textos congêneres devem ser compreendidos.

Contudo, será o Primeiro Domingo de Advento a oportunidade adequada para pregar justamente sobre este texto? Advento significa chegada. Deus, em seu Filho Jesus Cristo, chega a este mundo. Ele vem! Eis o assunto central da época do Advento e do Natal. Seu sinal é a luz das velas. Onde o texto de Ap 5 articula este tema? A pergunta é reforçada pela observação de que todas as meditações sobre este texto, por nós consultadas, diziam respeito ao Domingo Oculi, não ao Primeiro Domingo de Advento. Não podemos declarar-nos partidários dos que dizem ser possível pregar sobre qualquer texto em qualquer ocasião. No entanto, a dificuldade de relacionar um texto apocalíptico com o Advento talvez se deva à necessidade de recuperação que sentimos com referência à mensagem apocalíptica em geral. A exegese deverá mostrá-lo. De qualquer maneira, a prédica não poderá ignorar a ocasião, ou seja, o Primeiro Domingo de Advento.

Finalmente, a prédica deverá fazer jus à situação dos ouvintes. Esta, logicamente, terá caracteres específicos de lugar para lugar e de pessoa para pessoa. Ainda assim, o mundo não é tão diferente em si. Ele apresenta aspectos comuns. É o Brasil de 1981 em que o Advento deverá ser anunciado — o Brasil em sua situação difícil. Inflação, violência, migração, desnível social, insegurança pessoal e desorientação geral – eis apenas algumas das realidades, sob as quais sofremos e se sofre. Que significa ai o Advento? Apesar de lembrarmos nessa oportunidade que Jesus veio, há dois mil anos, Advento é mais do que comemoração e saudade. E, apesar de proclamarmos nessa oportuni-dade que Jesus virá no fim dos tempos para julgar os vivos e os mortos, Advento é mais do que um vaticínio e um anseio. Jesus vem, hoje! De que forma? Onde o vemos chegando? Nós, como pessoas e cristãos não deveríamos ser diferentes, se Jesus realmente tivesse chegado, respectivamente se viesse a nós? E o nosso mundo, não deveria ele ser diferente, se o Advento realmente acontecesse? No confronto entre situação e mensagem está em jogo a credibilidade da prédica (e do pregador). Se a mensagem do Advento é verdade, por que o mundo não é melhor?


II – O texto

Também o autor do Livro do Apocalipse escreve numa situação difícil, sim, incomparavelmente mais difícil do que a nossa, hoje. É a época do Imperador Domiciano (81 -96 d.C.), feroz perseguidor dos cristãos, representante de um estado idolátrico, exigindo adoração religiosa a sua pessoa e desrespeitando os direitos dos cidadãos. Existe amplo consenso entre os especialistas no sentido de este livro ter sido escrito no auge das perseguições, por volta dos anos 90 a 95 d.C.; e isto, na ilha de Palmos (Ásia Menor), por um cristão de nome João (1.1,4,9; 22.8), dificilmente idêntico com o discípulo João ou o autor do quarto evangelho. Podemos dizer que se tratava de um profeta cristão, fortale¬cendo comunidades minoritárias numa situação de extrema ameaça. Porque um punhado de gente se negaria a dobrar os joelhos perante o ufanismo de César e continuaria confessando ser Cristo (e não César) o Senhor? Algumas comunidades já apresentam sintomas de cansaço. A situação difícil ameaça sufocar a fé.

A maneira de João reagir a este perigo é singular em todo o Novo Testamento. Ele não escreve cartas, à semelhança do apóstolo Paulo num escreve um evangelho ou uma história da primeira cristandade, a semelhança de Lucas, mas relata uma grande visão. Primeiro, enxerga. coisas que são (1.19), ou seja, a situação das comunidades tal qual se espelha nas cartas às sete igrejas da Ásia Menor, cartas estas que o autor envia por incumbência divina (2.1-3.22). A seguir, enxerga as coisas que hão de acontecer (1.19) e que são descritas nos caps. 4 a 22. Portanto, o tema é o decurso da história. Para onde ela vai? Ela tem um sentido? Mas com estas perguntas já entramos no nosso texto. Vejamos.

Vi na mão direita daquele que estava sentado no trono um livro escrito por dentro e por fora. de todo selado com sete selos. (5.1) É a continuação da visão do cap.4, referente ao trono de Deus e ao culto que, no céu, está sendo prestado ao supremo Senhor. Como em Is 6.1 ss, por exemplo, assim também aqui Deus não é descrito diretamente (cf. 4.3). Ele é indescritível; não é acessível a olhos humanos nem mesmo em visões e revelações. O que João enxerga nitidamente e aquele livro na mão direita de Deus, no qual a partir de agora se concentra a atenção. Aliás, não se deve perguntar como o vidente pôde perceber que o livro estava escrito por dentro e por tora nem como lhe estavam aplicados os selos. Tudo isto não interessa. Claro e o seguinte: este livro contém as coisas que hão de acontecer e que serão reveladas na medida em que, um após outro, serão abertos os selos (6.1ss).

Entretanto, não existe quem seja digno de abrir os selos (5.2s). A pergunta do anjo — Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos? — fica sem resposta. É importante observar que o anjo busca por alguém que seja capaz não só de interpretar os acontecimentos futuros, mas também de conduzi-los a seu alvo. Isto se torna evidente a partir do cap.6. O Livro do Apocalipse não está interessado, em primeiro lugar, em desvendar os mistérios do futuro, mas em saber e proclamar quem dirige os acontecimentos, quem tem poder na história, quem a leva para o fim determinado por Deus — algo nem sempre observado na exegese.

Percebendo não haver, em todo o cosmo (v.3), ninguém digno de desatar os selos do livro, o vidente rompe em lágrimas (v.4). A tristeza lhe sobrevêm face à falta de perspectivas para o ser humano. A história continuará sendo o livro selado sem abrir esperanças e justificar a fé na vitória última de Deus. No entanto, ele é consolado por um dos anciãos (cf, 4,4) que pertencem à corte celestial, sabedores dos mistérios divinos e servidores de Deus em adoração e louvor. Diz o ancião: Não chores: eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos. (v.5) Essas palavras naturalmente se referem a Jesus Cristo, introduzido como vencedor da história e, por isto, também poderoso para levar a história ao termo proposto por Deus.

Mas, em vez de um leão, o autor vê um Cordeiro (vv.6s), parado de pé entre os anciãos e os quatro seres viventes (cf. 4.6ss) — também estes pertencentes à corte de Deus. Este Cordeiro, que ainda traz a marca da ferida mortal no pescoço, agora tem poder — do que são sinal os sete chifres em sua cabeça. Enquanto isso, os sete olhos são os sete espíritos de Deus, o que é uma outra expressão para a plenitude e a totalidade do Espírito Santo dado às comunidades (cf. 1.4). A referência a Jesus Cristo agora se torna explícita, embora o nome não seja mencionado. Cordeiro é designação cristológica frequente na comunidade primitiva (cf. Jo 1.29,36; 19.36; I Co 5.7; 1 Pd 1.18s). O Cristo morto e ressuscitado, pois, derrotado e vencedor, este abre os mistérios do futuro, como Senhor da história e mandatário de Deus. Ele vem e recebe da mão de Deus o livro para desatar-lhe os selos. Em sua linguagem própria, o vidente João reafirma deste modo a confissão KYRIOS IESOUS (cf. Mt 28.18: Fp 2.9ss: 1Tm 3.16; etc.).

O que segue é culto, adoração do Cordeiro, liturgia (vv. 8-14). Primeiramente adoram os quatro seres viventes e os 24 anciãos, cantando um cântico novo (vv.8-10). Eles trazem diante do Cordeiro, além disto, as orações dos santos, isto é, dos cristãos na terra. Essas orações já fazem parte do novo culto — quase poder-se-ia dizer, da nova história. Esta, com o louvor ao Cordeiro, na verdade, já iniciou. Mesmo que, na terra, César mate e maltrate, mesmo que aí poderes diabólicos governem, a nova história já teve inicio com a glorificação do Cordeiro no céu. Mais ainda, ela teve início com aquele povo que o Cordeiro resgatou para Deus mediante o seu sangue (v.9). Embora sejam perseguidos e lutem nesta terra, os crentes têm a promessa de também chegarem a reinar (v.10). Nos vv.11s todos os anjos se juntam ao coro dos anciãos, enaltecendo a dignidade do Cordeiro. E o louvor desemboca no culto de toda a criação (vv.13s) que forma o desfecho desta impressionante demonstração de reverência ao Criador e Redentor do mundo.

Resumindo o conteúdo central deste capitulo, podemos dizer: a história humana, por mais obscura que pareça, tem o Cordeiro Jesus Cristo por Senhor e a adoração reverente a Deus e seu Enviado por alvo.

III — Meditação

O que esperamos do futuro? Essa é a pergunta fundamentai ventilada pelo nosso texto (bem como pelo Livro do Apocalipse em seu todo) Aliás, é necessário colocar a pergunta em termos mais objetivos, pois não está em jogo o que individualmente esperamos. Não se trata de discutir opiniões particulares nem de apurar o que as pessoas acham. Está em jogo o que devemos e podemos esperar do futuro. Qual é o fim da história?

A resposta é difícil. As palavras de Is 60.2 se aplicam também aqui: Porque eis que trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos… O que diante de nós está, amanhã ou em dez anos, ninguém o sabe, é como um livro com sete selos. E, se não estou muito equivocado, reina hoje grande medo do futuro, inclusive entre os jovens. Naturalmente, existem pequenas expectativas: uma meta por alcançar, um acontecimento extraordinário por vir — isto faz parte da vida e dos sonhos a respeito da mesma. Não faltam também as grandes expectativas: extermínio de doenças pelo avanço da medicina, superação da crise energética por novas tecnologias, sim, a criação de uma nova sociedade com novas estruturas, mais justas e fraternais. Não raro, porém, essas expectativas são contrariadas pelo comportamento irracional do ser humano ou então pelo simples peso dos fatos. Temos medo de doenças terríveis, medo de secas, de roubos, da violência, da pobreza, temos medo de um planeta devastado, poluído, superpovoado, medo de uma guerra nuclear — a morte parece ser o nosso futuro.

Porque eis que trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti aparece resplandecente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti. Aqui nós temos o Advento. Nos termos do nosso texto: o Cordei-ro é digno de tomar o livro selado. Ele traz luz às trevas que encobrem o nosso futuro, ele leva este futuro a um fim glorioso. Como o faz?

Evidentemente não, assumindo a chefia civil ou militar no nosso globo. Jesus, Senhor da história — isto não significa que ele seja o co¬mandante secreto dos acontecimentos, usando as pessoas e os povos apenas como peças num jogo sob muitos aspectos cruel e sem graça. Não! A história é feita por homens e por muitos outros fatores (condições climáticas, geográficas, etc.), alguns dos quais irracionais e até diabólicos (o vicio do poder, por exemplo). O Livro do Apocalipse sabe destes poderes infernais, encarnados na pessoa de César e no sistema imperial da época. Também hoje poderes semelhantes atuam na história, fazendo-a aparecer como grande incógnita, jogo de casualidades, campo de batalha dos poderosos, de interesses e de forças, sequência de caprichos de um destino insondável.

Mas Jesus toma este livro e lhe abre os selos. Quem o faz? Não um general, mas um Cordeiro que foi morto pela história e, todavia, a venceu. Digamo-lo mais uma vez: não se trata de simplesmente interpretar a história, ou seja, de dizer por que isto e aquilo acontece e se as chances futuras são positivas ou negativas (como fazem as cartomantes). Jesus é o que venceu e vence na história e a história. Em sua fraqueza ele venceu o poderoso Pilatos, em sua obediência a Deus ele venceu o vicio do poder (cf. Mt 4.8ss), em seu amor ele venceu o pecado, com sua fé ele venceu a morte e o inferno. Esta vitória de Jesus dá um aspecto radicalmente novo à história e ao nosso futuro. A pergunta não é por aquele que melhor sabe predizer os acontecimentos, mas por quem vence, supera, por quem leva a vitória última. A resposta do nosso texto não deixa dúvidas: a vitória é do Cordeiro. Aconteça o que acontecer, por mais ufano que seja César, por mais opressor que seja o sistema — o juízo de Deus não tardará. Da mesma forma, porém, vale o seguinte: por mais resignados que estejamos, por maior que seja a culpa, por mais amendrontadora que seja a morte — o Cordeiro vencerá, assim como já venceu no Calvário.

Esta é a luz que desponta no Advento. E a reação da comunida¬de deveria ser o louvor e a adoração, a exemplo do que nos relatam os vv. 8 -14 do nosso texto. E compromisso, sim, privilégio da comunidade imitar, respectivamente, ensaiar já aqui na terra o culto celestial. Este culto é o inicio de uma nova história dentro da velha, é reflexo da luz do Advento, testemunho da vitória do Cordeiro. É muito importante este culto em louvor e adoração, pois sem ele ainda não acreditamos real¬mente na vitória de Jesus, talvez obcecados pela possibilidade da nossa própria vitória. Louvor e gratidão a Deus é um dos testes da nossa fé.

O outro teste, porém, não é menos importante. Dele não é falado em termos expressos neste texto. Mesmo assim, está presente como pano de fundo (cf. 2.1ss), a saber, a aprovação prática desta fé em nossa vida. Consiste em agarrar a mão de Jesus Cristo e enfrentar corajosamente as trevas do futuro na certeza de que ele nos faz participantes de sua vitória. Consiste em antecipar um pouco de céu aqui na terra, viver em novidade de vida sem curvar os joelhos diante dos poderes que de nós requerem idolatria. Consiste em combater o medo do futuro, tão difundido entre as pessoas, eliminando, dentro dos nossos limites, o que o faz tão temível. O que deveria mudar neste mundo para as pessoas poderem enfrentar o futuro sem medo? Vale a pena refletir sobre isto.

IV — Quanto à prédica

Assim como o texto não pretende interpretar a história, mas municiar aquele que a vence, assim também a prédica não deveria simplesmente interpretar o texto (esta é a tarefa da exegese), mas sim proclamar (!) o advento do Senhor vitorioso. Isto poderá acontecer em forma de uma homilia. O pregador poderá recontar o texto (respectivamente a visão de João), parafraseando-o e atualizando-o. É claro que a ênfase deverá estar nos vv.6s, no anúncio daquele que foi morto e reviveu O livro dos sete selos (símbolo do manto de escuridão sobre a história futura), o choro do vidente, a apresentação do Cordeiro e o culto ,10 mesmo poderão constituir-se no elemento condutor da prédica. Seguindo-o poderão ser tratadas tanto as perguntas de hoje quanto as respostas do Evangelho.

Ou, então, o pregador optará por uma prédica temática. Neste caso, poderá iniciar com a pergunta que deu início a nossa meditação: O que, afinal de contas, esperamos e podemos esperar do futuro? É uma pergunta angustiante, se procurarmos dar respostas concretas. Aliás, um alenta: também numa prédica temática o texto não deveria ser perdido de vista, valendo a mesma coisa para a ocasião especial, o
Advento. Quem vem no Advento? Ora, aquele que, tendo vencido, liberta do medo diante do futuro.

V — Subsídios litúrgicos

1. Confissão de pecados: Senhor, confessamos-te os nossos pecados. Temos desprezado o teu Advento neste mundo e aumentado as trevas em vez de termos espalhado a luz. Não amamos como deveríamos amar, não confiamos como deveríamos confiar, não testemunhamos como deveríamos testemunhar. A nossa fraqueza e a nossa culpa, porém, nos oprimem. Hoje, no Advento, tu vens novamente a nós. E, confiando em tua graça, rogamos queiras fazer de nós pessoas diferentes que agem mais de acordo com a tua vontade e crêem mais firme nas tuas promessas. Queiras fazer de nós uma comunidade que seja bem mais o sal da terra e a luz do mundo do que o tem sido no decurso do ano eclesiástico que passou. Dá-nos um novo inicio. Tem piedade de nós. Senhor!

2. Oração de coleta: Senhor! Nós te agradecemos por não nos deixares sozinhos no mundo. Tu concedes a tua presença, manifestas a tua palavra, tu tens uma esperança para o mundo, tu vens como luz às nossas trevas. Dá que saibamos traduzir a tua luz em ações concretas no nosso dia a dia, em favor do nosso semelhante e em beneficio da nossa sociedade. Abre os nossos olhos para as necessidades dos outros, dá-nos mãos capazes de fazer o bem e uma boca que anuncie as tuas maravilhas e a tua vontade. Amém.

3. Assuntos para intercessão: pela paz e pela justiça no Brasil e no mundo: por todos os que sofrem: moribundos e doentes, famintos e subnutridos, abandonados e solitários, pessoas em migração e sem pátria, injustiçados e perseguidos, desesperados e viciados, presos, desempregados, desanimados, etc.: por todos os que têm responsabilidades: políticos, operários, professores, pais. etc.: pela Igreja de Deus em todo o mundo e pela IECLB (a nossa Igreja) em especial: para que seja fiel à sua missão, para que a palavra de Deus seja pregada e vivida, etc.

VI — Bibliografia

– BORNKAMM, G. Das Gottesgericht in der Geschichte. In: Studien zu Antike und Christentum — Gesammelte Aufsätze. Vol.2. München, 1959.
– GOPPELT, L. — HILDMANN, G. Die Zukunft des Gekommenen. In: Calwer Predigthilfen. Vol.10. Stuttgart, 1971.
– KRAFT, H. Die Offenbarung des Johannes. In: Handbuch zum Neuen Testament. Vol.16a. Tübingen, 1974.
– EUNINGER, E. — DIENST, K. Meditação sobre Apocalipse 5.1-14. In: Predigtstudien. Vol.6/1. Stuttgart, 1971.
– LOHSE, E. Die Offenbarung des Johannes. In: Das Neue Testament Deutsch. Vol.11. 9ed. Göttingen, 1966.
– TRAUB, H. Meditação sobre Apocalipse 5.1-14. In: Hören und Fragen. Vol.6. Neukirchen, 1971
– VOIGT G. Meditação sobre Apocalipse 5.1-14. In: —. Die neue Kreatur. 3a ed. Göttingen, 1977.


Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia