Prédica: Tiago 5.7-10
Leituras: Isaías 35.1-10 e Mateus 11.2-11
Autor: Werner Fuchs
Data Litúrgica: 3º Domingo de Advento
Data da Pregação: 13/12/1992
Proclamar Libertação – Volume: XVIII
Tema: Advento
1. Advento
Na primeira semana a gente se certifica de que há um movimento do céu para a terra. Deus desce. Não está mais lá em cima. Aí a dúvida tem que ser descartada: a novidade vem Está na hora de acordar (Romanos 13.11-14).
Na segunda semana lembramos que a espera da novidade não é só festa. A novidade que virá também trará julgamento. Na troca do velho pelo novo tem que ter juiz. É porque uns vão poder erguer a cabeça e outros vão ter que encolher (Salmo 80 Almeida). Nesta situação não podem faltar o consolo, a esperança e a paciência (Roma nos 15.4-13).
Na terceira semana deve-se esclarecer como atuar na situação em que estamos: temos a certeza que o novo virá, mas não conhecemos o nosso futuro. É um tesouro que está escondido em nossas mãos (Salmo 85 — Almeida), temos que simultaneamente cuidar dele e distribuí-lo.
Na quarta semana podemos finalmente dar asas à alegria da vitória, pois já 'há na mesa algumas flores para a festa que vem depois'. A novidade que virá pode ser vis ta como 'o poderoso rei da glória' (Salmo 24 — Almeida) e o arrependimento pode sei transformado em louvor (Filipenses 4.4-7).
É, o Natal tem que ser preparado, senão o Fantástico come a novidade. E a sua presa fica por conta do golpe que vem depois. (Leonídio Gaede, in: Semente de Esperança 1991, p. 350.)
A experiência mostra que há compreensão na comunidade para a problemática de Advento. Não apenas que ele já não é mais um tempo especial, em que tradicionalmente não se promoviam bailes na sociedade. Nem por causa da falta de programações na igreja nesta época que possam interessar à juventude. Mas as pessoas sentem claramente a dificuldade de lidar com uma novidade e notícia alegre que já é conhecida e que parece ser ineficaz. Como preparar uma surpresa da qual já se sabe o que é, e que se repete cada ano e cada dia: Natal, uma criança nascida em condições miseráveis? Como anunciar uma notícia que não é mais novidade, mas que nem por isso quer acontecer de fato: paz a todas as pessoas, a quem Deus quer bem? Como esperar ansiosamente, com os pés no chão, pelo Rei da paz e pelo reino de justiça? Basta ter ressentimento diante da corrupção, frustração diante dos descaminhos humanos, ou constatar mãos frouxas e joelhos vacilantes (Is 35.3)? O Advento, que é tempo de preparação, precisa de um roteiro para a caminhada espiritual no concreto da vida, uma orientação para o como atuar. A esperança, que é abertura para a surpresa, precisa ouvir sempre de novo o que veio depois: que o juiz e restaurador que esperamos é o que pessoalmente sofre toda injustiça. Que o Natal somente é alegria por causa da cruz, por causa da morte que, debaixo de evidências contrárias, é vitória e vida. (Neste sentido, cf. 5. Apêndice, a lenda da caminhada do quarto rei mago).
De onde advêm para nós hoje sinais de esperança? Onde se constatam resistência e restauração da vida e do tecido comunitário? Não é justamente de lá onde a vida está sendo ameaçada? Onde alguém tem um prato de comida somente para hoje, mas é capaz de reparti-lo com outra pessoa faminta, ali há mais esperança que na atitude de benevolência de igrejas e grupos mais abastados (cf. Mc 12.41ss.). Quando pessoas lutam por saídas onde todos parecem estar sem forças e de mãos amarradas, aí aparece, como por uma janela, a transcendência, a possibilidade da vinda do Senhor.
2. Desafios do texto
Quanto à carta de Tiago, remeto às observações em Friedrich, p. 262, e Fuchs, pp. 154s., onde também se encontram outras referências bibliográficas. Para o nosso trecho, Tg 5.7-10, é importante verificar os demais blocos em que a mesma unidade temática é tratada: 1.12 e 2.5. Descobrimos que as palavras de perseverança e promessa encontram-se todas(!) em contextos de crítica e condenação aos ricos: 1.9-11; 2.6-13; 5.1-6. O pois (v. 7) estabelece a ligação inegável, e faz da condenação profética dos ricos e ímpios opressores a base da paciência dos irmãos pobres (Moo, p. 167). Tiago simultaneamente denuncia as injustiças e anuncia o seu fim (Tamez, p. 63). Com suas palavras de ânimo não se dirige ao povo em geral, mas sim aos pobres, aos que sofrem injustiça e marginalização, aos que se encontram na dispersão(l.l).
Nos três blocos referidos, é importante, para a pregação, atentar para o significado dos termos gregos hypomone e makrothymia e dos verbos deles derivados. Hypomone (1.3s.,12; 5.11; cf. Rm 15.4) é uma dimensão do agir, significando a paciência militante daquele que luta com fé por uma obra completa (1.4), por saídas reais da aflição. Makrothymia (= ânimo longo, 5.7s.,10,11) refere-se à esperança escatológica, que não deixa desesperar, que suporta a aflição em amor a Deus e com coração forte (v. 8), que fica alerta até receber a coroa da vida (1.12), até a vinda do Senhor (5.7). Nenhum dos dois conceitos propõe um esperar passivo. O caráter dinâmico de ambos evidencia-se, sobretudo em 5.11, quando são usados praticamente como sinônimos.
Parece ser real a crise provocada pela demora da vinda do Senhor (cf. o problema teológico da tensão entre o já e o ainda não, entre cruz/ressurreição e parúsia). Tiago aponta para a necessidade de se lutar pacientemente contra a falsa resignação (que seria prova de desamor, e que permite que a amargura dos oprimidos se volte contra eles mesmos, v. 9; 4.11s.; cf. Coelho F°, p. 134), bem como contra o imediatismo e o falso entusiasmo (que seria descrédito no agir de Deus e nas pessoas tais como são). Ele afirma que a história terá um capítulo final, e a paciência dura, e produz frutos preciosos, até lá. Os movimentos messiânicos no passado e os movimentos populares na historia recente testemunham com clareza a relação entre agir humano e agir de Deus, entre busca e promessa, entre conquista e dádiva, uma clareza que tanto faz falta entre intelectuais e integrantes da classe média. Por exemplo, diz o cântico Libertação (Cancioneiro da PPL, p. 10): E pouco a pouco o tempo vai passando, a gente espera a libertação (a ser realizada por Jesus!). Se a gente luta, ela vem chegando. Se a gente para, ela não chega não. Algo semelhante percebe-se em Tiago, quando ele reforça a afirmação da proximidade da vinda do Senhor (v. 8) e juiz (v. 9) através de exemplos da prática do dia-a-dia, de personagens que atuam enquanto esperam.
O primeiro exemplo é o lavrador (v. 7). Espera pacientemente pela colheita. (Os confirmandos do interior sempre riam quando perguntados se adiantava puxai o pé de milho para que crescesse mais depressa.) Nem por isso ele fica de braços cruzados, mas combate o inço e a praga na plantação. Contudo, por depender da meteorologia, à primeira vista a situação do agricultor é diferente do artesão ou do fabricante, que depende somente da sua capacidade e da técnica para produzir, transformando a matéria-prima. Para o camponês são vitais as chuvas, as primeiras e últimas (cf. Dt 11.14), que acontecem no começo do outono e no fim da primavera. Hoje em dia, porém, a crescente mobilização ecológica vem provando que o mundo tecnificado está num impasse e que ele também depende do equilíbrio da natureza para alcançar e manter a qualidade de vida, e até para que a humanidade possa subsistir.
O segundo modelo no sofrimento e na paciência (makrothymia) são os profetas, que falaram em nome do Senhor (v. 10). O termo grego, que Almeida traduz por sofrimento, kakopathia, refere-se a suportar as perseguições (cf. Mt 5.12; Hb 11), a realizar atos de coragem que (segundo Moo, p. 169) eram um dos elementos da literatura intertestamentária (cf. Macabeus). Martin (p. 186) considera os dois termos juntos, como hendiadis, traduzindo como paciência em meio à ad-versidade. A referência ao falar em nome do Senhor sugere que o sofrimento dos profetas acontecia por motivos religiosos, por obediência a Deus. A ausência de uma lista de mártires mostra que Tiago quer destacar a importância da persistência para todos os cristãos (Martin, p. 193).
O terceiro exemplo (v. 11) é também o ponto alto da sequência, assinalado pela expressão temos por benditos (por Deus). Dentre os que permanecem firmes até o fim é destacado Jó. A paciência de Jó é até ditado popular. Menos conhecido é que Jó não apenas esperava que sua sorte mudasse, argumentando com seus amigos e com Deus. Jó era mais do que uma pessoa reta, não merecedora de tanto sofrimento, do qual finalmente foi livrado por Deus. Jó era atuante em favor do próximo. Ele livrava os pobres que clamavam, e também o órfão que não tinha quem o socorresse (Jó 29.12) e se fazia de olhos para o cego e de pés para o co¬xo (Jó 29.15). Porém seu agir não era paternalista. Partia de uma identificação sincera e de uma solidariedade profunda, pois chorava sobre aquele que atravessava dias difíceis, e a sua alma angustiava-se pelo necessitado (Jó 30.25)! Por saber sofrer com o outro, Deus foi compassivo e misericordioso com ele. Assim será com os irmãos (v. 7).
3. Sugestões para o culto e a prédica
A partir da experiência positiva com grupos de até 40 pessoas, sugiro que, na chegada, se amarrem juntos os pulsos de cada participante, inclusive do oficiante. A saudação no início do culto deve referir-se a esta situação das mãos amarradas, que somente permite alguns movimentos, como segurar o hinário ou a Bíblia. Durante a liturgia, a confissão de pecados, o anúncio do perdão (talvez trechos de Is 35.1-11) e a oração de recolhimento deve tematizar essa experiência. Na leitura de Mt 11.2ss. os ouvintes certamente se colocarão existencialmente no lugar de João Batista no cárcere, e a resposta de Jesus soará como convite à libertação. Contudo, os pulsos serão desatados, num gesto de solidariedade recíproca dos presentes, somente após a pregação. Seguem-se um abraço comunitário e a oração final, de solidariedade com os que atravessam dias difíceis.
Nesta situação, a prédica deve permitir momentos de diálogo e, por isso, prever mais tempo.
Roteiro:
l — Inicia-se com a reflexão sobre aquilo que os presentes estão experimentando: mãos amarradas: frente a problemas de família, de saúde, no orçamento, na política, etc. Será que não se pode fazer nada? Esperança de soltar as mãos rapidamente, até o fim do culto? Esperança é isso? Passividade? A situação de Advento, preparar a vinda do Senhor, como?
2 — Em segundo lugar, perguntar por exemplos de perseverança, no cotidiano, no trabalho, no esporte, no sofrimento, na fé. Certamente lá onde a vida está sendo mais pisada, há os mais belos e fortes sinais de resistência e solidariedade: entre os que atravessam dias difíceis, entre os pobres.
3 — Os três exemplos em Tiago ensinam como agir e ao mesmo tempo manter a esperança no agir de Deus: aparentemente de mãos amarradas, mas cheias de atividade, e perante Deus de mãos vazias. (Cf. 5. Apêndice, A lenda do quarto rei: que fazemos com os nossos diamantes e com nossas mãos vazias? — A narração da lenda durante a prédica talvez ocupe muito tempo. É melhor inseri-la em uma programação especial de Advento e, nesta pregação, apenas referir-se a ela).
4 — O agir de Cristo, solidário, mesmo que tenha que assumir o sofrimento de outros. Cada participante, mesmo amarrado, consegue desatar os pulsos da pessoa ao lado (fazer isso neste momento) e, como compromisso de aprender e praticar a solidariedade, leva a fita daquela atada ao pulso direito.
4. Bibliografia
COELHO F°, I. G. Tiago. Nosso Contemporâneo, JUERP, Rio de Janeiro, 1987.
FRIEDRICH, N. P. Meditação sobre Tg 2.1-13. In: Proclamar Libertação. S. Leopoldo, 1987, vol 13, pp. 262-6.
FUCHS, W. Meditação sobre Tg 1.12-18. In: Proclamar Libertação. S. Leopoldo, 1989. vol XV, pp. 154-9.
MARTIN, R. P. James. In: Word Bíblica! Commentary. Vol 48, WACO, Texas, 1988.
MOO, D. J. Tiago. Introdução e Comentário. S. Paulo, Vida Nova/Mundo Cristão, 1990.
SCHLATTER, A. Der Brief des Jakobus. Stuttgart, 1956. TAMEZ. E. A Carta de Tiago. S. Paulo, 1985.
5. Apêndice
Lenda do Quarto Rei (Segundo uma antiga tradição russa)
Vocês sabiam que não eram três, mas sim quatro reis que partiram do Oriente para adorar o rei da humanidade? É isso que nos conta uma antiga lenda da Rússia. Eles vinham viajando por quatro caminhos diferentes, e cada um trazia o que existia de mais precioso em seu país: um levava ouro reluzente, outro incenso cheiroso, o terceiro mirra excelente. O quarto era o mais jovem e trazia três diamantes de valor incalculável. A estrela misteriosa seguia à sua frente, e sem descanso eles a seguiam.
Em nenhum deles ardia tão forte o desejo de ver a Deus como no rei mais jovem. Ao final ele cavalgava todo compenetrado em seus sonhos. Mas de repente ouviu um choro, um soluçar tão triste que foi arrancado dos sonhos. Na poeira viu deitada uma criança que sangrava de cinco feridas. (Cinco? Não eram cinco as chagas de Jesus?) Uma criança tão estranha, delicada e sem ajuda. Com grande compaixão ele a ergueu cuidadosamente até o seu cavalo. Na vila ninguém conhecia a criança. Mas o jovem rei afeiçoou-se tanto a ela que a entregou aos cuidados de uma boa senhora. De sua algibeira retirou um dos diamantes e o doou à criança, para que tivesse um futuro assegurado. Mas então tinha que seguir viagem, para alcançar os companheiros e a estrela que tinha perdido de vista. E que alegria, um dia reencontrou a estrela e seguiu-a apressadamente.
A estrela conduziu-o por uma cidade. Um cortejo fúnebre vinha ao seu encontro. Atrás do esquife seguia uma mulher com seus filhos. Uma expressão inconsolável marcava o rosto dela, e as crianças agarravam-se desesperadamente à mãe. O rei desceu do cavalo, porque reconhecia que não apenas a tristeza pelo falecimento causava tanta dor. Soube que o pai estava sendo levado à sepultura, e de lá a mãe e os filhos seriam vendidos como escravos, porque ninguém queria assumir as suas dívidas. Então o rei tirou a segunda pedra preciosa da algibeira. Sobre a palma de sua mão o sol a fazia brilhar e reluzir. Ela era destinada ao rei recém-nascido. Mas com um rápido movimento o rei a colocou na mão da viúva: Paguem as suas dívidas, e com a sobra construam um novo lar! disse ele, subiu no cavalo e voltou a andar atrás da estrela.
Atravessou um país estranho. Havia guerra ali; dor, miséria e sangue cobria a terra e os corações. Numa aldeia os agricultores tinham sido ajuntados para morrer de uma morte cruel. Nos casebres choravam mulheres e crianças. O jovem rei ficou aterrorizado. Restava-lhe apenas um diamante: será que deveria chegar de mãos vazias diante do rei da humanidade? Mas esta desgraça era tão terrível que ele, com mãos trêmulas, entregou seu último diamante para resgatar as pessoas e a al-deia da destruição, do abuso e da morte.
Cansado e triste seguiu seu caminho. A estrela tinha se apagado. Por muito tempo procurou em vão. Uma profunda tristeza abateu-se sobre ele. Será que tinha sido infiel à sua vocação? O medo de nunca mais poder encontrar a Deus corroía a sua alma. Para onde ia seu rumo? Peregrinou por anos e anos. Por fim andou a pé, pois tinha doado também seu cavalo.
Certo dia, no porto de uma grande cidade, ele chegou no justo momento em que um pai estava sendo arrancado da esposa e dos filhos infelizes para ser levado como escravo a um navio de condenados, uma galé. O jovem rei intercedeu por aquele homem. Contudo, como nada adiantasse, ele próprio ofereceu a sua liberdade e desceu no lugar do outro como escravo à galé.
Não era difícil demais o que ele estava assumindo? Seu orgulho se revoltava, porque agora ele se encontrava entre malfeitores. As batidas surdas ecoavam pelo navio, marcando o ritmo das remadas. Acorrentado ao banco dos condenados, em caso de tempestade ou luta, ele com certeza morreria. Tinha agido de forma absurda? Nessa hora perigosa, em que seu espírito se rebelava e seu coração se endurecia, a estrela, sua estrela, que ele talvez jamais tornaria a ver no céu, voltou a brilhar dentro de sua alma. E essa luz o preencheu com uma tranquila certeza de que, apesar de tudo, estava no caminho certo. Consolado tomou o remo. Esqueceu-se de contar os anos. Mas seu coração não conhecia amargura, porque a estrela continuava a brilhar para ele. Seu rosto irradiava amável bondade. Há tempo as pessoas tinham notado aquele escravo tão diferente. E aconteceu o que ele jamais tinha esperado: deram-lhe a liberdade. Numa praia estranha desceu do navio. Um pescador o hospedou durante a noite.
Naquela noite ele sonhou da sua estrela. Uma voz chamava: Apressa-te! Na mesma hora ele se pôs a caminho. E — que milagre — quando caminhava na escuridão, eis que a estrela reluziu diante dele. Seu brilho era vermelho como o pôr-do-sol.
Apressou-se e chegou às portas de uma grande cidade. Nas ruas havia um alvoroço barulhento. Grupos de pessoas agitadas eram dispersados à força. E muitos sa¬íam para fora dos muros. Aquela multidão o arrastou, ele nem sabia como. Um medo profundo angustiava seu peito. Subiu um pequeno morro. Em cima, entre céu e terra, erguiam-se três troncos. Que era aquilo?
A estrela que devia conduzi-lo ao rei da humanidade parou sobre o tronco do meio, reluziu mais uma vez — parecia que a estrela dava um grito — e se apagou. Foi aí que o olhar do homem no tronco o atingiu. Toda a dor, todo o sofrimento do mundo ardia naqueles olhos, mas também transpirava de sua pessoa toda a bondade, todo o amor e uma misericórdia infinita. As palmas de suas mãos, perfuradas por pregos, estavam retorcidas. Parecia quê raios de luz saíam dessas mãos.
Subitamente o rei teve a certeza: Este é o rei da humanidade, é Deus, o Salvador do mundo, pelo qual eu me consumi em saudade! Ele caiu de joelhos debaixo da cruz. O que ele tinha a oferecer? Estendeu suas mãos vazias ao Senhor. Então três gotas rubras de sangue caíram em suas mãos. Elas tinham um brilho mais forte que qualquer diamante.
Um grito ecoou pelos ares. O Senhor inclinou a cabeça e expirou. Aos pés da cruz o rei jazia morto. Suas mãos seguravam as gotas de sangue. Até ao morrer contemplava o Senhor na cruz.
Se você quiser utilizar as sugestões dos subsídios litúrgicos para o culto natalino, é bom lê-las com certa antecedência.
Proclamar Libertação 18
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia