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LCI 439 – Semente de libertação

1. Semente caiu neste solo,
selou seu destino,
o Verbo se fez nosso irmão.
Chegou cá na terra, no colo
de um vento divino,
mostrou o que é doação.

Semente que morre, que brota, então:
da uva ao vinho, do trigo ao pão,
e destes à fé e à esperança
na festa da ressurreição.
Semente que morre e brota do chão:
da uva e do trigo se faz vinho e pão,
e destes o amor se alimenta
na festa da libertação.

2. A planta cresceu
e das flores nasceram os frutos:
o amor entre nós semeou.
Mas não escapou dos horrores
de homens tão brutos,
e a planta em silêncio tombou.

3. Terceira manhã gloriosa:
brotou novamente
a planta em divina ação.
E hoje, já bem mais vistosa,
a frágil semente
ainda é seu forte refrão.

 

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> Edson Ponick