Prédica: Êxodo 13.20-22
Leituras: Romanos 8.31-39 e Lucas 12.35-40
Autor: Günter Wehrmann
Data Litúrgica: Silvestre
Data da Pregação: 31/12/1999
Proclamar Libertação – Volume: XXV
Tema: Silvestre
1. Ponderações sobre o evento
O evento se caracteriza por elementos bem próprios e distintos:
1.1. O final de cada ano lembra-nos da transitoriedade e efemeridade de tudo que existe. Esse sentimento ainda é intensificado pela transição de um milénio. Já que os meios de comunicação de massa badalaram tanto esse assunto, não mais importa que o novo milénio comece apenas no dia 01.01.2001. Estamos diante de uma situação limítrofe, uma situação de passagem. Todas as pessoas, de uma ou de outra forma, sentem necessidade de ritualizar essa passagem. Os jeitos de fazê-lo, obviamente, diferem conforme tradição, cultura, religião e nível sócio-econômico. Seria muito interessante observar o que mais acontece, além do foguetório. Aliás, será que ele constitui somente um espetáculo pirotécnico bonito, ou ainda tem a função de espantar os maus espíritos? Determinadas comidas (como lentilha) são apenas gostosas, ou também devem ajudar a trazer a sorte? O beber e comer são apenas maneiras de celebrar o convívio com parentes e amigos, ou também podem tornar-se uma tentativa de anestesiar-se diante de tantos medos, dúvidas e sentimentos de culpa que assaltam a consciência? Esses exemplos talvez já sirvam para ficarmos com a antena ligada para os chamados costumes.
l .2. Sem dúvida há pessoas que procuram a comunhão com Deus em sua comunidade. À luz da Palavra e em torno da Mesa do Senhor querem agradecer por tudo que Deus, em sua graça, lhes concedeu e permitiu realizar; querem pedir perdão por tudo que ficaram devendo a Deus e ao próximo na família, comunidade e sociedade; querem fortalecer-se na fé que atua pelo amor. Essas pessoas por certo serão a maioria dos participantes do culto, independentemente do horário.
1.3. Mas sobre o horário vale a pena refletir. Talvez seja bom ponderar determinadas necessidades, tais como: tempo para celebrar com janta em família; tempo para fazer o serviço de tratar os animais; o horário das 18 h poderia atender a tais necessidades. Mas para outros seria muito triste e pesado ficar em casa, pensando no luto e na solidão; para tais pessoas poderia ser muito significativo poder celebrar a passagem no convívio da comunidade; o horário de culto poderia ser às 21 h, com posterior janta compartilhada e encerrando com breve celebração à meia-noite. Considerando ainda o fato de muitas pessoas irem dormir apenas depois da meia-noite, é de se perguntar se é responsável marcar culto para a manhã do dia 1°. Certamente seria bem mais humano marcar para horários entre 17 e 19 h.
l .4. O último dia do ano é denominado em memória da data da morte do papa Silvestre (314-325). Ele viveu no tempo do imperador Constantino. A arte dos ícones apresenta o papa Silvestre com um livro na mão. Diz a lenda Aurora que ele, logo após a sua eleição para o papado, escreveu num livro os nomes de todas as viúvas e todos os pobres e supria as suas necessidades. Desde o século XIX, as igrejas evangélico-luteranas realizam cultos na noite do último dia do ano (cf. F. K. Sagert, p. 42s.)
1.5. A IECLB irmanou-se ao tema da Campanha da Fraternidade: Dignida¬de Humana e Paz e ao lema: Novo Milénio sem Exclusões. Entidades ecumênicas como o CMI, a FLM, o CLAI e o CONIC propagam o ano 2000 como Ano de Jubileu. Atualizando Lv 25, reivindicam o perdão total, ou parcial, das dívidas externas. Sonham com uma nova ordem econômica mundial. Até quando vamos ter que ver a reforma agrária andando a passo de tartaruga, o número de desempregados aumentando, o número de pessoas portadoras de AIDS, de deficiência crescendo? Até quando…? No Natal comemorou-se o 2000° aniversário de Jesus! E daí…? Tudo isso empresta ao evento um significado muito mais amplo do que um só culto pode abraçar e expressar. Embora seja inevitável uma corajosa delimitação dos aspectos a serem enfocados, parece-me salutar perceber como o evento anda grávido de significado.
2. Ponderações sobre os textos
É estranho que o Lecionário Trienal ABC, chamado, questionavelmente, de Lecionário Ecumênico ABC (PL XV, p. 318), desconsidere o evento. Se verifiquei bem, também Proclamar Libertação o contemplou apenas nos volumes III, VI e VIII, que ainda obedeciam à Ordem das Séries de Perícopes (PL XIV, p. 411), que sugere para a Série IV os textos mencionados acima.
Os textos indicados lembram o caminhar do povo sob a orientação e a guarda de Deus. Em sua misericórdia, ele o chama de volta — do caminho perverso para o caminhar nos meus caminhos (Is 55.6-11). Êxodo 13.20-22 ilustra bem o fato de que Deus guia e acompanha o seu povo na caminhada pelo deserto. O Salmo 121 diz ao peregrino, ansioso por ajuda, que o onipotente Deus não cochila, mas que o guarda, 24 horas por dia, durante o seu caminhar entre a saída e a entrada. E Rm 8.31-39 lembra o amor de Deus, revelado na vinda, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo; dele nada e ninguém nos pode separar. Essa esperança nos quer estimular a sermos vigilantes na caminhada em direção à volta de Cristo (Lc 12.35-40).
3. O texto em seu contexto
3.1. O contexto
Segundo a composição do redator, antecede à nossa perícope o seguinte: finalmente o faraó viu-se obrigado a deixar o povo hebreu sair. A saída assemelhava-se mais a uma fuga do que a uma vitória. Já que os primogênitos hebreus foram poupados, nada mais significativo do que consagrá-los ao Libertador. Estranho parece, à lógica humana, o fato de fugitivos caminharem em direção ao deserto em vez de seguirem o caminho mais curto. Mas os olhos de Deus realmente enxergam mais longe! E isso que a fé, em retrospectiva, percebe. O caminho que aos nossos olhos parece ser o mais difícil muitas vezes se revela como o caminho de Deus!
Segue ao nosso texto a reação do faraó, que parte para a perseguição dos escravos hebreus fugitivos. Mas Deus vai à frente do seu povo; mesmo onde, segundo a lógica humana, não parece haver jeito, Deus abre caminho e sustenta o seu povo, embora este não o mereça. É esse o Deus Libertador! Dentro desse contexto evangélico está inserida a pequena perícope de prédica.
3.2. Ponderações exegéticas sobre o texto
A tradução de Almeida parece aceitável em termos gerais. Contudo, eu faria as seguintes alterações: com a tradução Pastoral sugiro observar o tempo do imperfeito e ler no v. 21 ia na frente deles e, no v. 22, não se afastava do povo; isso expressa melhor o significado hebraico de uma ação inacabada, perpétua e duradoura (cf. Voigt, p. 69).
V. 20: Eles estavam acampados na divisa entre a terra fértil das várzeas do Nilo — a palavra Etã talvez signifique fortaleza ou muralha, o que seria uma alusão à terra cultivada egípcia — e o início do deserto. Para partir tinham que levantar o acampamento (esse é o significado de sucot ou sucofe); largar a relativa segurança do conhecido e arriscar-se para um futuro desconhecido e ameaçador; desprendimento de fato; quando parte de manhã, o povo não sabe onde poderá dormir de noite — vida peregrina — vida de cigano? O risco do deserto consiste em falta de água e alimento, em calor infernal de dia e frio terrível de noite, em dificuldade de orientação e rumo. Mas esse povo é oriundo de Abraão, que partiu por causa das promessas de Deus (descendência, terra, ser bênção para as nações), li o povo que, por culpa própria e alheia, caiu na escravidão. Deus, contudo, ouviu o clamor dele e, através da liderança organizatória de Moisés, o libertou e agora o colocou a caminho, rumo à terra prometida. Um caminho, à vista humana, muito absurdo por causa do desvio; aos olhos da lê, porém, um caminho sob a condução divina, visto que poupa do imediato confronto com o poder adverso dos filisteus (vv. 17s.).
V. 21: Neste caminho, arriscado, desconhecido, inseguro e perigoso, o povo não está abandonado. Deus — que o libertou da escravidão para a liberdade, da morte para a vida — não se esquece dele. Javé, o Senhor, ia na frente deles. Não atrás, escondendo-se, mas à frente ele ia e está indo (observe-se o imperfeito como ação não-concluída e a construção da frase nominal que expres¬sa uma característica), abrindo caminho. Numa coluna de nuvem para lhes indicar o caminho de dia; para protegê-los do sol abrasador. A nuvem é símbolo da presença oculta de Deus; se não fosse oculta, quem a suportaria? Isso lembra Moisés, que precisou proteger-se da glória de Deus (Ex 33.20-23). A coluna de fogo vai à sua frente para iluminar o caminho de noite e, por que não, aquecer durante o frio noturno, a fim de que pudessem caminhar dia e noite. Fogo sempre é símbolo da presença de Deus que fala e faz falar (Êx 3.2ss.; At 2.3) e faz superar o medo. Fogo e nuvem de fumaça lembram a revelação de Deus no Sinai. Em, com e sob esses elementos naturais, sinais da presença oculta de Deus, acontece a caminhada. Então, o Deus que liberta da escravidão, que se revela na lei e que caminha à frente de seu povo, é o mesmo. A figura do caminhar dia e noite torna-se um grande desafio para o povo que, recentemente, trocou a existência nômade pela vida em casa de material, organizada em vilas e cidades, na terra prometida, no início do reinado sob Saul e Davi. Será que o autor (javista?) está querendo insinuar que a vida do verdadeiro povo de Deus não pode ser vivida desse jeito novo, mas sim somente como vida nômade no deserto? Ou o que significa o estar a caminho em contexto diferente? Isso há de nos preocupar, com vistas à prédica.
V. 22: Nunca se afastava (retirava, apartava) do povo a coluna de… Novamente se enfatiza a ação duradoura pelo imperfeito e pelo nunca. Deus é fiel, dia e noite — lembre o SI 121.3b: Não dormitará aquele que te guarda. Ele guarda e guia dia e noite, faz plantão dia e noite, 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. Isso o salmista assegura para o peregrino (e para a Igreja) a caminho. Vale lembrar que o Salmo 121, desde os primórdios, faz parte da bênção para quem inicia viagem.
4. Meditando sob, ao redor e para além do texto
Qual foi a intenção do autor ao escrever esse texto, justamente numa época de recente instalação na terra prometida e no início do reinado? Isso dá o que pensar! Certamente ele não quis glorificar a existência dos sem-terra nem priorizar a vida nômade; se fosse isso, ele seria um verdadeiro estraga-prazeres e, além disso, estaria menosprezando ou ignorando a promessa dada a Abraão (Gn 12.1-3).
Mas em que será que consiste o elemento crítico desse falar em caminhar pelo deserto? Penso que está no fato de propriedade implicar o perigo de dependência, apropriação indevida, acomodação, perda da função social da terra — perigos que realmente se instalaram. Justamente as histórias sobre o maná, as codornizes e a água (Gn 16 e 17) ilustram a vontade de Deus: ele mesmo cuida para que todos tenham o pão de cada dia; querendo acumulá-lo, ele não somente estraga, mas outros ficam sem. O autor quer estimular para a confiança neste Deus que se manifestou como justo e fiel ao sustentar e conduzir o seu povo para a terra prometida. Ele quer libertar para uma relação social com a terra. O povo (obviamente também o rei) deve tê-la como se não a tivesse, pois ao Senhor pertence a terra e tudo que nela se contém (S124.1 —será que aqui já falam os sem-terra?).
Lembramos que essa terra foi perdida algumas vezes por culpa humana, própria e alheia. Morar nela nunca foi algo definitivo, mas passageiro e transitório. Assim como Abraão peregrinava, como estrangeiro, na terra prometida, Cristo veio ao que era seu e, mesmo assim, não tinha onde nascer, nem onde morar (cf. Jo 1.11), nem onde ser sepultado (Jo 19.38ss.); ele percorria toda a Galiléia ensinando, pregando e curando, a fim de fazer irromper sinais concretos do Reino eterno. De lá, da casa do Pai, ele veio, e para lá retornaria a fim de nos preparar lugar (Jo 14.2). E logo diz: Voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também (Jo 14.3). O caminho da Igreja, portanto, não pode ser outro. Por isso diz a cristandade primitiva: Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir (Hb 13.14). Não uma cidade marginalizadora e exploradora, mas uma cidade onde todos tenham moradia e vida digna. A cristandade perseguida testemunha: Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça (2 Pe 3.13).
A Igreja que Cristo, no poder do Espírito Santo, criou, através do testemu¬nho dos apóstolos, está a caminho entre Pentecostes e a Segunda Vinda de Cristo. Esse caminhar é motivado pelo Eterno e para ele aponta e conduz; está norteado, inspirado e sustentado por este mesmo Deus que se manifestou fiel e justo, ao longo da história. Até hoje ele ia à frente do seu povo. Por isso estamos aqui: Até aqui nos trouxe Deus, canta a comunidade (Hinos do povo de Deus [HPD] 233.1-2). Como ele vai deixar de abrir caminho hoje e amanhã? Ele se comprometeu com o seu povo dizendo: Até à vossa velhice eu serei o mesmo, e até às cãs vos carregarei (Is 46.4); eu estou convosco até à consumação dos séculos (Mt 28.20c). Por causa dessas promessas e das manifestações de fide¬lidade que Deus nos proporcionou, a comunidade canta: Confessarei até morrer: por Cristo, ó Deus, me hás de valer! Somente em ti confio! (HPD 233.3).
Seguindo a esse Deus, que vai à nossa frente, vão surgir sinais concretos do Eterno em nosso meio. Pela vivência de vida em comunhão e partilha, onde se dá atenção especial a pequenos, fracos, deficientes, doentes, idosos e a todo tipo de pessoas necessitadas, Deus se manifesta como aquele que abre caminho para a nova vida, em meio a um mundo marcado por tanta carência, doença, injustiça e morte. Esse mundo Deus quer alcançar com a sua bênção, através de sua Igreja. Diz o Ressurreto aos seus: Assim como o Pai me enviou, eu vos envio (…) recebei o Espírito Santo (Jo 20.21 s.).
A celebração da Santa Ceia, que não deveria faltar no culto de fim de ano, nos irmana e nos envolve com o mistério do Corpo de Cristo; supera a solidão; liberta de todo e qualquer fardo que possa atrapalhar o caminhar; fortalece-nos para carregar a própria cruz e a de outros; tudo isso na perspectiva do banquete eterno, do qual agora já celebramos um antegozo, ou um aperitivo, como diria Rubem Alves.
5. Pistas para a prédica
Já que o texto é narrativo, recomendo o estilo de uma narração interpretativa e atualizada.
— Ao iniciar, parece-me recomendável considerar o evento, resistindo, porém, à tentação de querer enfocar todos os aspectos imagináveis. Talvez um aspecto do nível individual, que se amplia para um aspecto coletivo, possa ser útil para conduzir à situação do povo de Deus que é liberto da escravidão do Egito e caminha em direção à liberdade/terra prometida.
— Mas o caminho vai pelo deserto (adversidade, sofrimento).
— Deus, porém, vai à frente de seu povo, dia e noite. Convém aproveitar a simbologia, que é mais eloquente do que o falar abstrato.
— O nosso caminhar quer ser um sinal em que o mundo possa perceber e experimentar que Deus é fiel.
— Convém exemplificar, de maneira concreta, como a nova vida que Deus possibilita pode ganhar forma.
— A fim de nos libertar de todos os fardos e nos animar, irmanar, fortificar e enviar para a caminhada no novo ano e novo milênio, Cristo nos convida à sua mesa e se doa a nós.
Recurso visual poderia ser a foto de um caminho que serviria como ilus¬tração na parte inicial, uma foto como, p. ex., em: Somos Confirmados — livro do confirmando, São Leopoldo : Sinodal, 1990, vol. l, p. 9 [reproduzida na próxima página, não obstante a qualidade deficiente], ou uma ampulheta (relógio de areia).
6. Subsídios litúrgicos
Voto bíblico como intróito: Is 55.8-9 (já alude ao tema do culto: povo de Deus a caminho).
Confissão de pecados: Bondoso e misericordioso Deus, ao findar mais um ano, e mais um século, e mais um milênio, achegamo-nos à tua presença. O fato de podermos estar aqui é graça, pela qual te louvamos e agradecemos. Tu nos guardaste e guiaste ao longo do caminho percorrido. Louvado sejas! À luz da tua presença, porém, reconhecemos que muitas vezes nos desviamos do teu caminho. Fomos perseguindo os nossos próprios interesses: quando não dedicamos tempo para nossas filhas e filhos e parceiros de vida; quando não repartimos o pão de cada dia com os que dele necessitavam; quando não defendemos a pessoa injustiçada; quando não perdoamos a quem nos ofendeu. Escuta-nos quando, em silêncio, abrimos o nosso coração diante de ti… Senhor, diante de ti somos um livro aberto. T nos conheces melhor do que nós a nós mesmos. Sabes o quanto ficamos devendo a ti e ao próximo. Perdoa-nos por causa de Jesus Cristo e escuta-nos quando cantamos: Senhor, tem piedade! (Taizé 3 x).
Palavra de absolvição: O nosso Deus é rico em perdoar aqueles que, arrependidos, se voltam para ele (cf. Is 55.7c), por causa de Jesus Cristo que diz: léus pecados estão perdoados (Mt 9.2). Vai, e não peques mais! (Jo 8.11s). Por isso entoemos o coro dos anjos de Natal, cantando: Glória, glória, glória a Deus nas alturas… (Taizé).
Oração do dia: Louvado sejas, bondoso e misericordioso Deus! Pois tu nos tratas como bom Pai e boa Mãe. A tua longanimidade nos carregou até aqui. Novamente nos aceitas como filhas e filhos teus. Aquieta-nos agora, para que possamos ouvir a tua palavra que redimensiona o nosso caminhar. Vem tu mesmo a nós, na Santa Ceia. Irmana-nos contigo e uns com os outros, para que possamos caminhai, novo ano e novo milênio adentro, como povo teu, para tua honra e glória, para a bênção de muitos e para nossa própria alegria e esperança, até o fim bem-aventurado, por causa de Jesus Cristo, que contigo e o Espírito Santo vive e reina eternamente. Amém.
Leituras bíblicas: Rm 8.31-39; Lc 12.35-40.
Aspectos para a oração de intercessão: Agradecer: por experiências de proteção em nível familiar e comunitário; por todos os que colaboraram e serviram, com seu tempo, dons e talentos em comunidade/paróquia, sínodo e igreja, e pedir que Deus lhes renove ânimo e alegria para servir. Interceder: por doentes, enlutados, pessoas deficientes, presas à cama ou cadeia; pela paz entre pessoas e povos de diferentes raças, culturas e religiões; por terra para os que dela necessitam a fim de morar, plantar e colher; pelos governantes para que se lembrem do seu mandato divino de promover justiça e paz…
Aspectos da oração eucarística: Adorar a Deus: que vai à frente de seu povo, abrindo caminho em meio ao deserto; que alimenta o seu povo com pão do céu; que carrega, com longanimidade, o povo, apesar de pouca fé ou mesmo rebeldia; que faz o seu povo lembrar o alvo do caminho. Pedir: que nos faça experimentar um antegozo do chegar à terra prometida, à casa do Pai; que, assim renovados e fortalecidos, saibamos caminhar, repartindo o pão da vida com os que nos cercam na família, comunidade e sociedade.
Hinos: HPD 233; 35; 37;141; 122.
O cânone a seguir, de Gerd Kötter, combina bem com o evento.
Ich will mit dir sein
Kanon à 3 Stimmen
Ich will mit dir sein, ich will mit dir sein, wo
im-mer du hin zie-hen wirst; Frie-de sei mit dir.
Quero estar contigo
Cânone a 3 vozes Tradução: Marcos Kreutzer
Eu quero estar, eu quero estar contigo
onde quer que vás. Tenhas muita paz!
Bibliografia
FREY, Helmut. Das Buch der Heimsuchung und des Auszugs. In: Die Botschaft des Alten Testaments. Stuttgart, 1957. Band 5, p. 154-58.
MOMMER, Peter. Altjahrsabend: Exodus 13,20-22. In: Gottesdienstpraxis. Gütersloh, 1993. Serie A, IV, Band 4, p. 27-30.
SAGERT, Friedrich Karl. Altjahrsabend — 2. Mose 13,20-22. In: Meditative Zugänge zu Gottesdienst und Predigt. 1993. Predigtreihe IV, l, p. 42-46.
STUCKRAD-BARRE, Jobst von. Altjahrsabend (2. Mose 13,20-22. In: Gottesdienstpraxis. Giitersloh, 1993. Serie A, IV, Band l, p. 63-69.
THIMME, Hans. Altjahrsabend — Ex. 13,20-22. In: Neue Calwer Predigthilfen. Stuttgart, 1981. VIERTER JAHRGANG A, P. 78-85.
VOIGT, Gottfried. Altjahrsabend— 2. Mose 13.20-22. In: ID. Die himmlische Berufung :Homiletische Auslegung der Predigttexte: Neue Folge: Reihe IV. Göttingen, 1981. P. 69-75
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia