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Prédica: Deuteronômio 4.32-34,39-40
Leituras: Mateus 28.16-20 e II Coríntios 13.11-14
Autor: Nilton Giese
Data Litúrgica: 1º Domingo após Pentecostes (Trindade)
Data da Pregação: 26/05/2002
Proclamar Libertação – Volume: XXVII
Tema: Pentecostes

Senhor, inclina o meu coração para ti, para que eu encontre paz. Não estou a procura de nenhuma paz preguiçosa. Almejo paz para agir, paz para pensar com lucidez, paz para escrever com clareza, paz para falar do caminho que leva a ti. Senhor, inclina o meu coração para ti. Em nome de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Salvador. Amém.

1. Texto e contexto

O texto que encabeça a pregação para este domingo é Dt 4.32-34.39-40. Nele Moisés exorta o povo à obediência. As exortações nesse texto serão melhor compreendidas se forem situadas no lugar do seu pronunciamento, isto é: “na terra de Moab”, no além-Jordão. Trata-se do discurso de despedida de Moisés aos israelitas, no momento em que se preparavam para entrar na terra de Canaã. Ou seja: no momento em que se realizavam as promessas de Deus (Êx 3.8). Esse momento é importante porque, entre os ouvintes processa-se uma perigosa ruptura com as tradições de fé. Os jovens não precisam mais passar por tudo aquilo que os antigos experimentaram (Dt 11.2). Há um abismo visível entre a geração imediatamente beneficiada pela revelação de Javé e a geração seguinte. As exortações alertam a segunda geração sobre a tendência da autoglorificação. Israel não pode atribuir à sua virtude o que foi possível unicamente pela graça de Javé. Diante da exortação ao reconhecimento de como Javé tem conduzido o seu povo, podemos ver como o pregador deuteronomista apelava para o sentimento e o quanto ele se dirigia ao coração dos ouvintes. O poder não devia ser motivo de disputa. O poder pertence a Javé. A revisão histórica coloca tudo no seu devido lugar. O reconhecimento e a gratidão pela ação e presença de Javé não podem sem ignorados. Por isso, o pregador fala da ação de Javé pelo seu povo, um grupo de escravos, tirados da escravidão. Javé olha pelos errantes, pelos escravos, pelos mais fracos, e fez uma aliança com eles. Javé cumpre as suas promessas, pois o povo está agora prestes a entrar na terra que sob juramento Javé prometeu aos pais de Israel. Competia agora à nova geração, na continuidade da tradição, tornar-se Israel através do caminho seguido pelo Deuteronômio, de não esquecer que Javé olha pelos mais fracos e de tornar a vontade de Javé tão compreensível e tão pessoal quanto possível.

Se essa memória histórica precisava ser seguidamente destacada, é porque o povo facilmente se esquecia da ação de Javé. Aliás, este é o verdadeiro pecado: “não deixar Deus ser Deus”. Essa foi a causa da idolatria, o pecado dos reis de Israel e de Judá, o motivo maior do castigo e do exílio. Por isso, a exortação à obediência (vv. 39-40). A observância dos estatutos e dos mandamentos produz a bênção e possibilita a comunhão para o Deuteronômio.

Esse apelo também podemos sentir na segunda Carta de Paulo aos Coríntios. A comunidade era constituída de uma grande maioria de pessoas pobres e de um grupinho de pessoas em melhor situação (1Co 11.22). E, para essa comunidade, o apóstolo tem um modelo evangelizador: ler, interpretar e anunciar o Evangelho na ótica da fraqueza (2 Co 12.9-10). Corinto, no entanto, era uma comunidade que se afastou dos ensinamentos fundamentais semeados pelo apóstolo por ocasião de sua fundação. Conseqüentemente, seus membros vivem agora numa situação de contendas, invejas, iras, porfias, intrigas, orgulho e tumultos (2 Co 12.20). Diante disso, Paulo convida a comunidade para um exame autocrítico. Impelidos pela fanática adesão pessoal de uns a Paulo e de outros a Pedro ou a Apolo, haviam posto em perigo a unidade da Igreja. Paulo refere-se à sua primeira Carta aos Coríntios como “carta com lágrimas” (2 Co 2.4). Mas, ao que parece, o perigo de divisão na Igreja é superado de forma que Paulo termina a sua segunda carta com palavras que expressam carinho e apontam para o alvo da vida comunitária cristã: “aperfeiçoai-vos (colocar no lugar em que já estava), consolai-vos (que façam algo por si mesmos) e sede do mesmo parecer, vivei em paz” (2 Co 13.11). Saudar-se com o ósculo santo era um beijo cerimonial no rosto. Era um gesto litúrgico, originário da tradição judaica (cf 1 Sm 10.1), tinha seu lugar no encontro da comunidade e na celebração da Eucaristia. O ósculo santo (hoje: gesto da paz) seria a demonstração pública da disposição da comunidade para reverter o quadro de intrigas nela reinante e preservar a xáris, a agápe e a koinonía (v. 13). Essa prática se tornara habitual entre os cristãos (1 Co 16.20; 1 Pe 5.14). Paulo deixa bem claro que a experiência renovada da graça, do amor de Deus e da comunhão do Espírito Santo implica uma disposição de comunhão mútua dos membros da comunidade.

Comunidade cristã deve viver em comunhão. Não dá para ficar apenas consumindo o amor de Deus, sem vivenciá-lo através do perdão, da compreensão, da prática da justiça, da solidariedade, da necessidade de exortação. Se Jesus precisa dizer que ele tem autoridade para enviar, fazer discípulos e batizar e que ele estará sempre com os enviados (Mt 28.18-20), então é porque os cristãos não queriam ir, tinham medo de ir. O evangelho de Mateus foi escrito por volta do ano 80 d.C. Nessa época, estava muito presente a perseguição de Nero. A comunidade de Mateus, constituída por judeu-cristãos, achava que Jesus só veio para os judeus. Portanto, o texto de Mt 28.18-20 toca em duas coisas: que Jesus tem toda autoridade e não o imperador e que a vinda de Jesus foi para o mundo todo e não apenas para os judeus. A ordem de Jesus é clara: “Ide e fazei discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (vv. 19-20). Fazer discípulos, aumentar os seguidores significa fortalecer o Reino de Deus. Segundo At 2.38, com o batismo se recebe o Espírito Santo. E junto com o batismo está o ensino daquilo que Jesus ordenou. Guardar esse ensino significa colocar em prática o que se aprendeu de Jesus: amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei (Jo 13.34-35), ser sal, luz e fermento no mundo (Mt 5.13-16), evangelizar os pobres, proclamar libertação aos cativos, restauração da vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor (Lc 4.18-21) e, sobretudo, confiança no Deus que “amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Constatamos, assim, que os textos deste domingo foram proclamados para grupos e comunidades com conflitos internos, que precisavam encontrar um consenso mínimo. No entanto, em Dt, 2Co e Mt está evidente o envio para o futuro. A fé não se resume ao consumo pessoal, mas à vivência da paz, da justiça e da igualdade em comunidade. A fé em Cristo não nos afasta da comunidade e de sua tradição, mas nos envia para dentro dela e para os desafios no mundo. A fé em Cristo nos faz olhar para o passado, para a manifestação de Deus-Pai, Filho e Espírito Santo em outras épocas. Isso também nos serve de exortação para que não joguemos confissões, orações e rituais surgidos no passado pela janela. Não dá para dizer que o Credo Apostólico, a liturgia tradicional do culto na IECLB, as vestes litúrgicas e a forma de celebrar os sacramentos não servem mais para os desafios missionários nos dias de hoje. O que certamente nos falta é a consciência histórica e teológica do tempo e das razões teológicas que exigiram esses rituais e confissões. Não é nossa tarefa eliminar, mas atualizar.

Conflitos são naturais em todos os grupos humanos. Assim foi na história do povo de Israel e na história da Igreja cristã. Também hoje o podemos perceber na IECLB e nas suas comunidades. O que a Palavra de Deus nos quer ensinar é que de muitas maneiras Deus se tem revelado em Jesus Cristo através da história da Igreja. Que nós e as comunidades só percebemos a continuidade dessa revelação quando nos colocamos a serviço da defesa dos sinais do Reino de Deus (vida, igualdade, justiça, paz, perdão…). Quem serve ao Reino de Deus não terá tempo para ficar brigando, nem para se entrincheirar em posições sectárias. Deus abençoa uma comunidade quando ela se coloca a serviço dos elementos do Reino. A uma comunidade que se dispõe dessa maneira ao seu Senhor não faltará a bênção de Deus, que se revela em criatividade e discernimento para entender o que fazer diante dos desafios para tornar a fé visível em seu meio, para “articular e concretizar, para dentro de nosso contexto, a fé em Cristo que atua pelo amor” (Carta pastoral, op. cit., p. 2).

2. Um dos grandes conflitos na história da Igreja: a doutrina da Trindade

O Novo Testamento não traz nada a respeito da doutrina da Trindade. Ele se preocupa mais com a proclamação do Reino de Deus que irrompeu na e com a pessoa de Jesus Cristo e menos com a formulação de determinadas doutrinas. Mas, então, por que razões a Igreja se viu forçada a expressar a sua fé em Deus, em Jesus Cristo e no Espírito Santo?

Os cristãos não criam somente em Deus, como os judeus, mas também em Jesus Cristo. Para a comunidade primitiva, Jesus é o Messias (Jo 1.1-18), Cristo é a imagem de Deus (2 Co 4.4; Cl 1.15), que já existia antes da criação do mundo (Fp 2.5-11; Rm 8.32, 2 Co 8.9). Ainda que as afirmações sobre o Espírito Santo não sejam tão claras como as que se referem a Jesus, sabe-se, no entanto, que o Espírito Santo falara por intermédio dos profetas e que descera por ocasião do batismo de Jesus, fortalecendo-o para a sua ação. O Evangelho de João é quem se refere constantemente ao Espírito Santo. Jesus promete o Paracleto (Jo 14.16; 15.26) . O Paracleto é chamado de “Espírito da Verdade” (Jo 14.17) ou “Espírito Santo” (Jo 14.26). Jesus se manifesta em sua Igreja através do Espírito Santo (Rm 8.9). Por isso, aparecem fórmulas triádicas na Igreja: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós” (2 Co 13.13). Dessa forma, cada vez mais se acentua na Igreja que os cristãos crêem em “um” e não em três deuses. A ordem do batismo (Mt 28.19) destaca que este deve ser feito “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Não se trata de três pessoas distintas, mas de um que inclui também o Espírito Santo. Mas até chegar a essa doutrina houve muita confusão em torno da Trindade.

Com a penetração da Igreja no mundo grego, a expressão da fé cristã tinha que ser compreensível aos gregos. E aí conceitos metafísicos que se concentravam na ontologia tomaram lugar na maneira de falar da Bíblia. O pensamento grego difere do pensamento bíblico pelo fato de que no pensamento bíblico a verdade de Deus se revelou na história, enquanto que para o pensamento grego essa verdade se revela no metafísico, a partir de um pluralismo de deuses. Para defender o monoteísmo, a fé cristã teve de se perguntar: como se relacionam o Pai e o Filho entre si? Essa pergunta gerou diversas correntes (linhas) teológicas na comunidade cristã, a tal ponto que a unidade da Igreja esteve em risco. Por exemplo, a corrente chamada modalismo dinamista defendia que em Jesus estava atuando somente uma força divina, que só mais tarde Jesus foi adotado como Filho de Deus. Outra corrente, chamada de monarquismo modalista, defendia que Deus é uma única pessoa e que Jesus e o Espírito Santo se constituem em maneiras de aparição do único Deus. O problema é que os primeiros entendem Jesus como “semideus” , uma vez que foi adotado no batismo ou na ressurreição. Enquanto isso, os outros eliminam as diferenças entre Pai, Filho e Espírito Santo, desconsiderando os relatos dos evangelhos, onde Jesus orava a Deus-Pai. Ao lado dessas duas correntes, havia ainda outras, como o docetismo, que afirmava que Cristo tinha somente um corpo aparente enquanto esteve na terra, o qual ele abandonou antes de sua crucificação. Dessa forma, quem morreu não foi o Cristo, o Filho de Deus, mas somente o homem Jesus. Orígenes (185-254) colocou mais lenha na fogueira, afirmando que só é permitido orar a Deus-Pai, apesar de toda oração também ter que ser feita através do Filho e do Espírito Santo. Os seguidores de Ário, presbítero de Alexandria (250-336), por sua vez, rejeitavam qualquer pensamento que indicasse que Jesus fosse proveniente do Pai. Para eles, Jesus era uma criatura perfeita de Deus, mas somente isso: criatura. Ário negava a revelação de Deus em Jesus Cristo. Os conflitos foram se agudizando a tal ponto que a unidade da Igreja esteve em perigo.

Nesse tempo, o Império Romano era governado pelo imperador Constantino (306-337). Este imperador viu na Igreja uma possibilidade de controlar o povo diante das imoralidades que se haviam alastrado pelo império e conduzir as pessoas à disciplina e à ordem. Constantino entendia que a Igreja deveria preocupar-se com a proclamação da pura adoração a Deus e, acima de tudo, pedir e obter a bênção de Deus para o imperador e seu império. Desse modo, segundo Constantino, a Igreja estaria desempenhando sua tarefa na sociedade. Esse é o motivo pelo qual o imperador resolveu tomar as rédeas da discussão entre as correntes teológicas sobre a Trindade e convocou o grande Concílio a realizar-se em Nicéia (325), cidade onde se situava a residência imperial. Nesse concílio, ficou acordado que Jesus é da mesma essência que o Pai e, por isso, é igualmente divino. Ário e dois de seus amigos se recusaram a concordar com essa concepção e por isso foram excomungados. Isso, no entanto, não acabou com a controvérsia ariana. Mais de cinco décadas passaram em que os arianos procuraram ocupar as sés episcopais à medida que se tornavam vacantes. Os ortodoxos também não ficaram inativos, de forma que, em conseqüência da intervenção de Constantino, estabeleceu-se uma violenta luta pelo poder. Toda essa questão só foi melhor encaminhada e resolvida com Agostinho (354-430), em seus quinze volumes Sobre a Trindade, nos quais trabalhou ininterruptamente desde 399 até 419.
Olhando para esse passado da história da Igreja, percebemos que diante de novos desafios (a fé cristã diante do mundo grego) surgiram muitas diferenças, que quase acabaram por dividir a Igreja. Vimos também que os conflitos que não se resolvem no diálogo e no estabelecimento de consensos mínimos acabam sendo manipulados pelos que têm interesse no poder (Constantino). Grupos, linhas ou correntes teológicas fazem a Igreja amadurecer em sua confissão de fé. Mas elas precisam estar dispostas a dialogar sobre um consenso mínimo. Caso contrário, o interesse não é pelo Evangelho, mas pelo poder. Trabalhar pelo consenso mínimo é tarefa dos concílios e dos líderes da Igreja.

Na busca constante desse consenso mínimo, para nós luteranos “não basta apenas dizer que a Bíblia é a única norma, pois vemos necessidade de lê-la a partir e com vistas a Cristo (Lutero (1483-1546) a lia perguntando pelo que promove a Cristo)” (Kirchheim, P. P. Huberto. Carta Pastoral sobre a unidade na IECLB). Na mesma carta, o Pastor Presidente, no entanto, destaca que “não estamos na Alemanha de Lutero, mas no Brasil de 2001 e, por isso, há necessidade de articular e concretizar, para dentro de nosso contexto, a fé em Cristo que atua pelo amor” (p. 2). Nesse sentido, o documento IECLB quer auxiliar obreiros e obreiras e pessoas colaboradoras e líderes para que possam dar resposta sobre a nossa fé evangélica de confissão luterana, em meio ao atual pluralismo religioso. “Objetiva afirmar positivamente quem somos, como vivemos em comunidade, como realizamos culto e como servimos nesse mundo pluralista. Justamente para viabilizar a nossa convivência em comunidade, sínodo e IECLB e para melhorar os resultados de nossa ação missionária, necessitamos de um mínimo de consenso em torno dessas bases norteadoras” (p. 2 do documento).

3. Perguntas para a reflexão pessoal e comunitária

– O que Moisés não queria que o povo esquecesse?
– Que conflitos transparecem em 2 Coríntios e em Mateus?
– Os conflitos sempre existiram na história da Igreja. Veja, por exemplo, a questão em torno da Trindade. Que conflitos se manifestam hoje?
– Para Martim Lutero, o critério de discernimento em situações de conflito era: “o que promove a Cristo”. O que significa isso?
– Como eu me posiciono diante dos conflitos? O que aprendemos quando estamos numa situação de conflito?

4. Subsídios litúrgicos

Confissão de pecados: Senhor, nós sabemos que tu és o Criador de todas as coisas. Nós te agradecemos por tudo o que tu nos deste. Perdoa-nos por tantas vezes termos tão pouca confiança em tua bondade. Tu mandaste o teu Filho Jesus Cristo para nos revelar quem tu és, Senhor. Guarda-nos e ensina-nos através do Espírito Santo a conhecer-te melhor, para que consigamos seguir teus passos. Vemos muita miséria neste mundo. Mas sabemos que de nada adianta sentir o sofrimento de milhares, quando não nos prontificamos a tratar das feridas dos que sofrem. Ai de nós, Senhor, porque nos limitamos a nos queixar e a protestar contra a miséria no mundo, sem ajudar o nosso próximo a carregar o seu fardo. Por isso, precisamos de tua misericórdia. E somente por causa dela é que ousamos dizer: tem piedade de nós, Senhor.

Oração do dia: Senhor Jesus, faz o teu Espírito penetrar em nossas cabeças duras para que nos deixemos guiar por tua sabedoria e sejamos iluminados por tua luz. Dá que sempre reconheçamos que venha o que vier – tu, Senhor, tens poder. Se em nossos dias passarmos pelo escuro, sempre vamos lembrar-nos de que no mundo existe uma imensurável força de bênção, que se chama Deus. Tu, Senhor, és capaz de apontar o caminho – também quando estamos num beco sem saída. Tu, Senhor, podes transformar a escuridão num amanhã reluzente. Ensina-nos a te servir. Vem a nós, Senhor Jesus. Amém.

Símbolos (= o que une) litúrgicos sobre a Trindade:
Para falar sobre a Trindade, Patrício (389-461), padroeiro da Irlanda, usou a comparação com um trevo. Um trevo tem três folhas. Assim uma folha de trevo não é um trevo. Da mesma forma um trevo sem uma das três folhas não é um trevo completo.
Um outro recurso semelhante é a maçã, composta de casca, polpa e semente. Cada uma dessas são partes da maçã, mas não é a maçã em si.
Também o círculo composto por três peixes. O círculo está associado à divindade e à eternidade por ser uma forma, perfeita que não tem começo nem fim. O peixe é o símbolo de Jesus Cristo. Assim, cremos que a salvação da humanidade vem do Deus triúno.

5. Bibliografia

KIRCHHEIM, Huberto. Carta Pastoral sobre a unidade na IECLB. IECLB 38557/01.
RAD, Gerhard von. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo : ASTE, 1973. p. 221-232.
LOHSE, Bernhard. A fé cristã através dos tempos. São Leopoldo : Sinodal, 1981. p. 43-76.

Proclamar Libertação 27
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia