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Jovens delegados cristãos que participam do Fórum Social Mundial, reunido na cidade indiana de Mumbai de 16 a 21 de janeiro, constataram que a globalização aumenta as pressões que levam ao crescimento do comércio do sexo.

Um dia antes da abertura do Fórum, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), junto com o Conselho Nacional de Igrejas da Índia, do Movimento de Estudantes Cristãos, e da Rede Ecumênica de Estudantes e Jovens Asiáticos, organizou visita de reconhecimento a Kamathipura, uma das principais zonas de prostituição na Índia.

O secretário da Juventude do CMI, pastor Freddy Knutsen, disse que a visita teve por objetivo dar aos jovens a oportunidade de identificar os problemas reais.

Na manhã de quinta-feira, 15, cerca de 50 jovens procedentes de todas as partes do mundo atravessaram as ruas congestionadas de Kamathipura, onde circulam mais de 100 trabalhadoras e trabalhadores do sexo.

O pobre empobrece cada vez mais, quem já está mal piora, e esse é o efeito da globalização sobre os humanos, explicou o secretário geral do Movimento Estudantil Cristão da Índia, Samuel Jaykumar.

Em Kamathipura os visitantes enfrentam uma dura realidade. Indolentes em seus adornos reveladores, as trabalhadoras do sexo conformam uma imagem dramática da luta pela vida. A penosa impressão fica patente nos jovens cristãos que as visitaram, a maioria mantendo contato pela primeira vez com profissionais dessa atividade.

É realmente triste. Não posso explicar quanto me aflige ver essas mulheres como simples mercadoria, declarou Andrea Fernandes, do Brasil, admitindo que no seu país de origem a situação não é melhor.

Fonte: ALC/Notícias IECLB – (ISK)