Prédica: João 10.22-30
Leituras: Salmo 23 e Apocalipse 7.9-17
Autor: Valdemar Witter
Data Litúrgica: 4º Domingo da Páscoa
Data da Pregação: 2/5/2004
Proclamar Libertação – Volume: XXIX
Tema: Páscoa
1. Considerações preliminares
Do ponto de vista lingüístico, segundo Lohse, o evangelho de João constitui uma unidade. No entanto, o evangelho sofreu mais uma redação finalizadora. Esta redação, porém, conforme Bultmann, apenas acrescentou as afirmações do evangelho de forma melhor a concepções correntes na cristandade. Nessa ocasião foram introduzidas alusões à escatologia e aos sacramentos do Batismo e da Santa Ceia. Não é fácil definir o fundo histórico-religioso do evangelho de João. Porém, as prescrições da lei judaica são pressupostos conhecidos dos leitores – ex. 5.9s; 7.22-24. Por outro lado, há um dualismo manifesto, certamente influenciado pela doutrina da comunidade de Qumrã, que se concretiza por um marcante dualismo: os filhos da luz estão separados dos das trevas; a verdade contrapõe-se ao sacrilégio; obediência perante a lei à desobediência e ao repúdio da Torá. Em Jo 8.12, por exemplo, declara-se: “A luz do mundo sou eu. Quem me segue não anda nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida”. De acordo com o evangelho de João, filhos da luz não são os que cumprem a lei, mas os que crêem. O mesmo dualismo está presente em nossa perícope – Jesus coloca o contraponto. O dualismo no evangelho de João não é concebido em termos cosmológicos, mas éticos: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3.19s); ou “Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes…” (Jo 10.25s).
Quanto à menção da festa da dedicação, esta também era conhecida como festa das luzes. Comemorava-se a purificação do templo (164 a.C.) após sua contaminação por Antíoco Epifânio.
2. Autor e época
Pouco se pode dizer de forma conclusiva, uma vez que nem o próprio evangelho nem indicações antigas da tradição estão em condições de contribuir para aclarar a questão. Conforme Lohse (p. 195), o evangelista é um cristão de procedência judaica, cujo estilo grego é nitidamente influenciado pelo modo de pensar semita. O autor escreve para comunidades cristãs, diante das quais expõe a plenitude do testemunho de Cristo. Há fortes indícios de que já se realizou a separação entre comunidades cristãs e sinagoga (9.22; 12.42; 16.2). Como terminus post quem deve valer a época após 90 d.C. e antes de 125 d.C.
Conforme Cullmann, pode-se dizer o seguinte do autor:
1 – pertence a um ambiente teológico diferente daquele dos outros evangelistas, talvez àquele dos helenistas da Palestina ou da Síria;
2 – não faz, necessariamente, parte do grupo dos doze, que como tal não tem importância nesse evangelho, quando ele menciona outros discípulos íntimos de Jesus;
3 – não parece pertencer ao mesmo meio social que os outros discípulos de Jesus – era conhecido do sumo sacerdote, cf. 18.15-16;
4 – provavelmente é procedente de Jerusalém – historicamente ele está bem informado sobre tradições hierosolimitas.
No evangelho de João encontram-se paralelismos como sinal da forma artística da poesia semita; ex: “Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou” (12.44s); “Quem crê no Filho tem vida eterna. Quem todavia não obedecer ao Filho, não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (3.36); em nossa perícope é dito de forma mais intensa na expressão: “Eu e o Pai somos um” (10.30).
3. Meditando sobre o texto
O pastor e as ovelhas
Comparação complicada, pois ovelha é um animal dócil que apenas consegue seguir seu pastor, pois cria forte dependência.
A ovelha era um animal para oferecer em sacrifício ou então servia para Hochzeitsbraten – assado, churrasco para casamentos (Schoenborn). Como Jesus chega à idéia dessa comparação com os cristãos, seus seguidores?
No Antigo Testamento, a ovelha é vista como um animal com expressão simbólica muito forte – Sl 80.1: “Dá ouvidos, ó pastor de Israel, tu, que conduzes a José, como um rebanho”. O comparativo aqui tem a conotação de proteger/protegido e não a submissão sem sentido à voz do pastor.
Talvez a reação dos judeus a essa comparação “novamente pegaram os judeus em pedras para lhe atirar” (v. 31) tenha acontecido porque entenderam a comparação com as ovelhas como ofensa devido à sua estupidez/timidez.
O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas é afirmação motivadora. No v. 28 estão a determinação e a convicção da voz do bom pastor: “e ninguém as arrebatará da minha mão”. Também o Sl 23, leitura para este domingo, traz a confissão de fé e a promessa: “O Senhor é o meu Pastor. Nada me faltará…”
Há um quadro de Calixto muito conhecido em muitas igrejas: neste aparece um pastor carregando nos ombros uma ovelhinha. Quadros/pinturas de ovelhas/rebanho quase sempre adquirem uma conotação idílica, pedem por confiança, transmitem sensação de paz.
É necessário considerar que os v. 22-30 têm ligação direta com o texto anterior, v. 11-16, onde Jesus se identifica como o bom pastor que dá a vida por suas ovelhas.
Os v. 27-30 tematizam a segurança e a certeza a partir da fé, do crer – “As minhas ovelhas ouvem a minha voz: eu as conheço e elas me seguem” (v. 27). Elas terão a vida eterna porque participam da natureza divina. Ouvir, conhecer, seguir são fundamentos da fé. Na pregação não deveríamos enfatizar o aspecto condenatório, pois o texto traz uma mensagem de anúncio e promessa. Condenações e julgamentos já se ouvem bastante no cotidiano. O direcionamento da pregação pode apontar para o Cristo por nós. Suas ações não se voltam para ele, mas estão direcionadas ao rebanho. Como bom pastor do rebanho ele não se ausenta, mas convive com as ovelhas. O crer se torna palpável e visível onde o ouvir, o conhecer e o seguir acontecem. Ali a fé individual passa pelo relacionamento e se torna comunitária. Na dispersão do rebanho (comunidade), o ouvir, a fé se torna o elemento aglutinador.
Outra linha de reflexão poderia aprofundar a concepção do pastor não como o senhor que domina o rebanho, mas aquele que está a serviço. Daí a relação com os mais fracos, desgarrados, estar junto daqueles que precisam de ajuda. Ali está a dialética entre o servir e ser servido, entre o mestre que manda o aprendiz fazer e o que ensina fazendo junto ou a pessoa que usa a autoridade a partir da lei ou então move suas ações a partir do amor.
Outro aspecto que precisamos considerar é a contextualização histórica da comparação do pastor e das ovelhas. Naquele tempo, o pastor precisava ter o controle sobre seu rebanho. Não havia cercas, e as viagens pelas campinas e montanhas à margem do deserto eram perigosas. Esse controle, às vezes, se tornava difícil e perigoso quando ovelhas se afastavam do rebanho (desculpa de pessoas para uma escapada sempre existem). Por que então ouvir a voz do bom pastor – Jesus? Somos dependentes. Dependentes da ajuda, da graça, e por isso também ouvir a voz, o chamado, significa rumo, direção, amparo, confiança, fé. A decisão de seguir a voz do pastor exige disposição para crer. Lembramos aqui palavras do Sl 27.11: “Ensina-me o teu caminho, Senhor; conduza-me por uma vereda segura por causa dos meus inimigos”.
Cabe refletir e buscar exemplos. Onde e de que forma a condução do Bom Pastor (Jesus) é rejeitada hoje – festas religiosas; dureza de coração; auto-suficiência; pouca disposição para crer…
O Bom Pastor guia suas ovelhas, protegendo-as dos perigos. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço e elas me seguem” (v. 27). A oposição daqueles que não se deixam conduzir por Jesus toma ares de revolta. O salmista diz que mulas e cavalos não se deixam conduzir pela voz; só são dominados por freios e cabrestos (Sl 32.9). Ovelhas aprendem a seguir a voz de seu pastor. Confiam e sabem que ele dá segurança. Aqui está uma diferença fundamental – Jesus anuncia, chama e espera o seguimento, mas não coloca cabresto para exigir obediência na marra. Certamente poderemos aqui traçar paralelos para a vida familiar e comunitária – onde está presente a “ditadura dos freios e cabrestos” e onde prevalece o diálogo da fé a partir do anúncio e do ouvir a palavra que chama e convida? Podemos concretizar exemplos contextualizados em que não mais se ouve a voz do diálogo e do perdão, a voz da reconciliação ou do seguimento em amor. De outro lado, exemplos de seguimento livre a partir da fé que indica o caminho. Neste sentido, também os cristãos são animados a não se deixar intimidar, como Jesus não se intimidou. Cristãos e cristãs não se deixam intimidar nem prender por enganadores astuciosos. Ouvir a voz da graça e confiar nela, nisto está o reconhecimento da salvação em Jesus. Essa fé, por sua vez, também nos liberta para o agir profético da igreja em meio ao caminho hostil do rebanho com a espreita de ladrões e lobos querendo apropriar-se do rebanho. As ações pacifistas desse rebanho (comunidade) não podem ser confundidas com passividade da comunidade. As figuras da ovelha e do rebanho contêm o elemento subversivo do status quo, e este não pode ser deixado de lado – a sociedade obedecia às leis do império e às ordens judaicas do templo. Neste contexto, o rebanho ouve a voz de seu pastor.
Outro aspecto importante do texto indicado para pregação neste domingo é a completa identidade de Jesus com o Pai: “Eu e o Pai somos um” (v. 30).
Um Deus humano e um homem divino
Como entender a divindade desse Jesus, judeu de Nazaré, da desprezada Galiléia (onde metade da população era pagã), juridicamente filho do carpinteiro José e de Maria, cujas irmãs e irmãos são conhecidos como Tiago, José, Judas e Simão (Mc 6.3; Mt 13.56)? Como entender que esse homem concreto, com sua história individual, seja ao mesmo tempo Deus? Que grandeza, soberania e profundidade não deveria ele ter revelado e vivido para poder ser chamado de Deus? O que quer dizer a união de ambos – Deus e homem – num ser histórico e irmão – nosso Jesus de Nazaré? Estamos aqui diante de questões de um dado central da fé que situa o cristianismo num nível à parte no conjunto geral das religiões. No momento em que o cristianismo afirma que um homem é simultaneamente Deus, ele está só no mundo. Esta era a situação e a dúvida dos inquiridores de Jesus. Precisamos dizê-lo: isso é um escândalo para os judeus e para todas as pessoas religiosas e piedosas ontem e hoje que veneram e adoram um Deus transcendente, totalmente outro, para além desse mundo inobjetivável, infinito, eterno, incompreensível.
Aqui há uma diferença fundamental entre os cristãos de hoje e os judeus contemporâneos de Jesus. O que seja Deus como experiência no judaísmo, no paganismo e nas religiões do mundo nós cristãos encontramos vivido e concretizado num homem, Jesus de Nazaré, em sua vida, em suas palavras e comportamentos, em sua morte e ressurreição. O que seja o homem em sua radicalidade e verdadeira humanidade nós cristãos o aprendemos meditando a vida humana de Jesus Cristo. Não é, portanto, da análise abstrata do que sejam Deus e homem que nós entendemos quem é Jesus Homem-Deus. Mas foi convivendo, vendo, imitando e “decifrando” Jesus que viemos a conhecer essa “unidade dualista”. Deus, que em e por Jesus se revela, é humano. E o homem, que em e por Jesus emerge, é divino. Segundo Leonardo Boff, nisto reside o específico da experiência cristã de Deus e do homem, que é diferente da experiência do judaísmo e do paganismo. Por isso, ao falarmos de Jesus Cristo, devemos pensar sempre, conjunta e simultaneamente, na humanidade de Deus, isto é, no Deus que se tornou gente, no verbo que se fez carne.
A pergunta sobre Jesus-Deus, ou seja, o grau de divindade de Jesus permaneceu em discussões na Igreja primitiva até o Concílio de Nicéia em 325. Neste Concílio houve uma discussão acirrada por um “i” – omooúsios (igual) ou omoioúsios (semelhante) a Deus. Esse concílio ecumênico dirimiu a polêmica ensinando de forma solene e irreformável que “Jesus é Filho de Deus, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, nascido, não feito, da mesma substância do Pai, pelo qual tudo foi feito, o que há no céu e o que há na terra”. Portanto, a fé cristã não estabelece hierarquia ou grau de divindade na relação Pai – Filho; Deus – Jesus Cristo. Jesus diz: “Eu e o Pai somos um”.
Podemos anunciar que este Jesus, que é Deus, teve uma vida terrena orientada e vivida para os outros. Ele era absolutamente aberto a todos, não discriminava ninguém e abraçava todos em seu amor ilimitado, especialmente os desqualificados religiosa e socialmente (Mc 2.15-17); o amor que pregou aos inimigos (Mt 5.43), ele o viveu pessoalmente, perdoando os que o levantaram na cruz (Lc 23.34-46). Este Jesus que era liberal, de certa forma, diante da lei era rigoroso nas exigências do amor. Este Jesus que afirma “se alguém vem a mim, eu não o mandarei embora” (Jo 6.37) é o mesmo que exige fé e mudança de atitude, “mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas” (Jo 10.26). Ao mesmo tempo anuncia um novo caminho: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou vida eterna: jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.17-28).
Deus encarnado em Jesus se torna humano. Por isso o Natal é a festa da secularização: Deus não temeu a matéria, a ambigüidade e a pequenez da condição humana. Foi exatamente nessa humanidade e não apesar dela que Deus se revelou. Nisso está o alento para se reerguer, não importam as causas do desalento. Qualquer situação humana é suficientemente boa para mergulhar em si mesmo, madurar, encontrar Deus e a partir dele encontrar forças renovadas para ouvir a voz e seguir o pastor do rebanho. Um seguir não de submissão pacífica, mas um seguimento de confiança e certeza de que a vida, dádiva divina, vale a pena ser vivida. Pela encarnação “Eu e o Pai somos um”, Deus assumiu totalmente nossa condição humana precária com suas angústias e esperanças, com suas limitações e suas ansiedades, na sua finitude crendo e apostando no infinito.
4. Pensando na prédica
A metáfora do pastor/rebanho/ovelha é usada mais vezes por Jesus. Uma vez é usada já no início do capítulo 10.1-5. No entanto, a parábola do pastor é uma parábola enigmática. Não podemos pensar que simplesmente com essas imagens se poderia interpretar e esclarecer a relação entre Jesus e os seus. Essa figura usada precisa de interpretação, esclarecimentos e concretização.
Uma segunda dificuldade que encontramos com a imagem pastor é que em nosso contexto não existe mais o pastor que cuida de seu rebanho. O que existe é o retrato sentimental que encontramos em várias casas e igrejas e que tem como base a parábola da ovelha perdida. A prédica deveria tornar claro que esse pastor descrito em Jo 10 nos quer proteger contra toda e qualquer tentação de cair em ideologias escravizadoras do ser humano. Cristo nos quer abrir os olhos para os líderes perigosos que se nos oferecem. Neste sentido, a pregação não deveria deixar de abordar aspectos políticos e ideológicos do ouvir a voz, conhecer e seguir Jesus (v. 27). A perspectiva, no entanto, é a visão do Reino de Deus no sentido da vida eterna (v. 28).
Ouvindo a voz de Cristo que diz quem é o verdadeiro Senhor, surge a fé. Quem ouve e tem a confiança de seguir e crer participa da união com Deus pelo fato de este pastor Senhor e Deus serem um só.
Na fé não se pode distinguir entre Pai e Filho. Por esta razão, todos os que pertencem ao Filho não podem ser arrancados da mão do Pai. Para os judeus, tal afirmação significava agora mudança radical de atitudes e mudanças em seus conceitos religiosos. Por isso ficaram furiosos. Os versículos seguintes contam a reação deles e a tentativa de matar Jesus.
Essa perícope, a meu ver, é a descrição da verdadeira Igreja. Em especial o v. 27 contém esse fundamento, a sua força, o seu objetivo e sua verdadeira comunhão. O fundamento: minhas ovelhas ouvem a minha voz; a força: eu as conheço; o objetivo: elas me seguem; a comunhão eterna: ninguém as pode arrancar da minha mão. De antemão todas as pessoas pertencem a este Senhor – Pai-Filho, mas nem todos ouvem a sua voz, o seu chamado. Onde esta voz é ouvida e o seguimento acontece, ali também pode surgir crise. Será que a quase-estagnação da Igreja cristã atualmente é falta de ouvir essa voz que chama e por isso a falta de fé – “mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas” (v. 26).
Esse Cristo com sua palavra vai à nossa frente pelos séculos e nos conduz pelas situações mais diversas da vida e da história. Quem ouviu esse chamado e quem continua escutando o seu chamado para decisões sempre novas em sua vida pode confiar na promessa de que não perderá a comunhão com Deus. “Que Deus é maior do que tudo e todos não é uma frase dogmática, mas quer ser experimentado cada dia em nossa existência cristã” (Günter Horder em: Hören und Fragen).
Obediência a Deus pode significar riscos para o seguimento do chamado, porque tal decisão pode significar confronto com os influentes e poderosos. Porém quem arrisca está guardado na mão, que é mais forte e mais protetora do que todas as mãos ameaçadoras deste mundo. A esses é prometida a vida eterna (v. 28).
5. Subsídios litúrgicos
Intróito – Jesus Cristo diz: Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas (Jo 10.11).
Confissão de pecados – Senhor, chegamos diante de ti em humildade para confessar que, muitas vezes, não ouvimos teu chamado. Deixamo-nos levar por caminhos incertos, que o mundo apresenta como alternativa. Muitas vezes, temos dificuldades de testemunhar que tu és o Filho de Deus e que através de ti temos vida nova. Perdoa os nossos medos e incertezas e derrama sobre nós o teu poder para que sejamos pessoas firmes no testemunho e vivência da fé.
Oração de coleta – Em teu nome, Senhor, nós nos reunimos. Neste culto queremos testemunhar e reafirmar nossa fé. Seguidamente tu nos congregas qual pastor que reúne seu rebanho. Envia-nos o teu Santo Espírito para que ele nos ilumine e nos mantenha unidos. Aquiete-nos agora para ouvir tua palavra e crer mais em ti, ó Trino Deus. Amém.
Intercessão – Agradecimento pelo senhorio de Jesus Cristo sobre o seu rebanho. Interceder pela Igreja no sentido de não temer represálias em conseqüência de sua ação libertadora. Pedir para que ele aumente em nós a fé. Interceder pelas pessoas que sofrem perseguição por causa do testemunho de sua fé. Pelas pessoas marginalizadas que não se sentem integradas no rebanho. Pelos presbitérios e líderes. Pelos doentes e enlutados para que se sintam amparados e confortados pelo poder da fé. Pelas crianças, adolescentes e jovens para que creiam no bom pastor e que as múltiplas ofertas do mundo não os induzam a incertezas. Pedir pelos povos do mundo todo para que o Trino Deus seja Senhor e que a paz se estabeleça.
Bibliografia
CULLMANN, Oscar. A Formação do Novo Testamento. São Leopoldo: Sinodal, 1970.
GROSS, Eduardo. A Concepção de Fé de Juan Luis Segundo. São Leopoldo: Sinodal-IEPG, 2000.
LOHSE, Eduard. Introdução ao Novo Testamento. São Leopoldo: Sinodal, 1972.
NEUHAUS, Dietrich. Christus Psychopompos. In: Text Spuren: Band 7, Claussen & Bosse, 1992. p. 78-81.
SCHOENBORN, Ulrich. Johannes 10.11-16;27-30. In: Hören und Fragen: Band 1, Neukirchener Verlag. Breklummer Druckerei, 1978. p. 191-198.
Proclamar Libertação 29
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia