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“Cheguei com muita esperança, com muita expectativa, vendo este seminário como uma oportunidade de entender o contexto latino-americano”, declarou a teóloga indiana Priscilla Singh, secretária executiva da Secretaria da Mulher para Igreja e Sociedade da Federação Luterana Mundial (FLM), em Genebra, Suíça. Ela participou integralmente do Seminário de Mulheres Luteranas do Cone-Sul, realizado em São Leopoldo (RS) de 18 a 21 de maio, cabendo-lhe dar a palestra de abertura, sob o tema “A plenitude de vida no ser mulher – uma reflexão bíblica e teológica”. 

“Sabia que havia muito bom trabalho no contexto do Cone-Sul e eu queria ver como se pode unir forças”, disse Priscilla. “Também vim com muito entusiasmo e muitas idéias, e queria conhecer os rostos dessas mulheres e os seus dons, para poder contar com seu apoio para o meu trabalho”, acrescentou. 

Perguntada sobre como vê o fato de ainda não haver unanimidade no desejo de se criar uma Secretaria da Mulher na IECLB, defendida há anos pela FLM e uma questão também debatida no Seminário, Priscilla declarou convicta: “Senti a mão de Deus atuando. Estamos todos nas mãos de Deus e ele está operando. Senti a unidade do Espírito na raiz do trabalho das mulheres, na IECLB e no Cone-Sul”.

O que mais marcou a secretária da FLM no seminário em São Leopoldo foram “a criatividade, os cultos, as meditações, os recursos litúrgicos e o respeito mútuo entre as mulheres”. Priscilla entende que pode compartilhar a experiência com as outras regiões da Federação da América Latina e gostaria muito de levar “esta energia aqui encontrada” para o seu continente natal, a Ásia.

Quais, enfim, as questões mais difíceis que envolvem o trabalho de Priscilla Singh na Secretaria da Mulher na FLM? “O mais difícil é abrir as estruturas das igrejas”, responde a pastora indiana. “Às vezes, a comunicação é difícil, porque as estruturas se fecham, restringindo o contato a uma ou duas pessoas somente. E elas acabam sendo sempre as mesmas a representarem as suas igrejas”, aponta.

Priscilla Singh é graduada em Teologia, com licenciatura em Estudos da Mulher e mestrado em Educação, atua a cinco anos e meio na sede da FLM em Genebra. Sucedendo no cargo a teóloga africana Musimbi Kanioro, Priscilla concorreu com mais de 100 candidatas, sendo a escolhida entre as três finalistas. Priscilla tem 52 anos, é casada e mãe de um casal de gêmeos de 25 anos.

Fonte: Notícias IECLB (ISK)