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O Seminário Nacional de PPHM é uma das etapas pelas quais os candidatos ao ministério ordenado devem passar durante a prática. A segunda edição deste ano aconteceu no início de novembro, em Panambi, RS. O seminário é mais um momento do processo de formação, no qual os candidatos têm a oportunidade compartilhar experiências e de receber orientações práticas de uma equipe multidisciplinar.

Um dos aspectos marcantes do seminário em Panambi foi o diálogo e o respeito à diversidade, como afirma Jaqueline Michel Piazza: “A certeza de que quando estamos abertos ao diálogo por maior que sejam os desafios ou diferenças. Deus vai a frente e orienta-nos, motiva-nos, impulsiona-nos a servir em amor e graça. Assim conseqüentemente conseguiremos o respeito e apoio da comunidade para o desenvolvimento saudável deste período precioso em nossas vidas.”

Outro aspecto positivo do Seminário, destacado por Nádia Mara dal Castel de Oliveira, é a oportunidade de desmistificar o processo de designação e envio: “Também tivemos a oportunidade de quebrar preconceitos no convívio com pessoas envolvidas no Conselho de designação e envio: elas não são pessoas que estão sempre nos vigiando, marcando, pegando no pé, selecionando. Estão simplesmente fazendo um trabalho sério, comprometido e coerente com a realidade. A IECLB possui sim critérios para designação e envio. Isto ficou muito claro. Só não entende quem não quis ouvir. Sem falar que o Seminário proporciona aprofundamento de temas já conhecidos, mas trabalhados de forma atualizada. Pessoalmente, senti que o seminário quer clarear nossa caminhada dentro de uma Igreja que busca preservar sua identidade, confessionalidade.

O Seminário Nacional de PPHM também é o foro onde os candidatos e candidatas podem expor suas dificuldades e desafios do dia-a-dia, sem qualquer receio, o que algumas vezes não acontece na comunidade, quando o PPHM é visto por muitas pessoas como um obreiro ordenado, como relata Marcos Henrique Fries: “Há pessoas que entendem este período como parte de um processo de formação. Outras, porém, já me chamam e tratam de pastor. Às vezes isto é bastante complicado, pois, apesar de ser tratado como um obreiro ordenado, não tenho liberdade de tomar decisões sozinho. O PPHM circula no limite entre a formação para o ministério e o exercício do mesmo. No seminário não precisávamos ser ou parecer obreiros. Podíamos ser nós mesmos. Tínhamos a liberdade para chorar e liberar as nossas angústias e preocupações com o período prático.”

Segundo o candidato Adair Leomar Dockhorn “O Seminário serve de alavanca e motivação para aqueles que estão passando por algumas turbulências no PPHM. No meu caso, de motivação para dar continuidade ao trabalho que já vem sendo realizado. Que bom que a IECLB tem está preocupação em possibilitar o PPHM antes de assumir o primeiro campo de trabalho.” Dokhorn também destacou que o seminário foi marcante para sua vida, colocando o desafio de buscar a coerência entre o discurso e a ação, buscando a unidade em meio a diversidade cultural e teológica.

Para Marceli Fritz um dos importantes aspectos desta edição do seminário foi o incentivo a reflexão sobre “ a importância de cuidar de mim para cuidar dos outros”. Marceli também destacou a perspectiva de viver uma espiritualidade diferente, a partir da prática da “oração do coração: Tenho aprendido aqui o quanto não só pregar, mas viver o amor faz a diferença e deveria ser a meta número 1” de cada cristão!”

O que cada participante “levará na bagagem” deste Seminário? Daniel da Costa resume tudo em poucas palavras: “O respeito às diferentes opiniões. A principal recompensa é a convivência, aceitação e respeito entre pessoas de diferentes linhas teológicas e oriundas de todos os centros de formação da IECLB. Esta fraternidade será de grande valia para uma futura convivência pacífica no trabalho, principalmente no que se refere ao Ministério Compartilhado.”