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Foram mais de seis meses de preparação e centenas de pessoas envolvidas: e, a partir da decisão de realizar o encontro, muitas mãos estiveram juntas, preparando todos os detalhes. 

Mais de 2 mil pessoas foram no parque Centenário, em São Sebastião do Caí, RS, para a celebração do V Dia da Igreja do Sínodo Nordeste Gaúcho. Desde cedo, caravanas chegavam das mais diversas localidades, e iam preenchendo com cadeiras todos os espaços do ginásio, colocando faixas identificando as paróquias de origem, os grupos presentes. Diante deste belo cenário, foi com alegria e gratidão que o pastor sinodal e primeiro vice-presidente de nossa Igreja, Homero Severo Pinto, saudou os presentes iniciando o culto do V Dia da Igreja, que contou com a participação de todos os obreiros e obreiras do Sínodo Nordeste Gaúcho.

Um grupo de jovens fez uma pequena encenação, dramatizando a leitura da epístola de Atos, 9.15-20, quando Ananias impõe as mãos sobre Saulo, para que este recupere as vistas e fique cheio do Espírito Santo. Depois foi feita a leitura de Marcos 10.35-45 e o pastor presidente de nossa Igreja, Walter Altmann, fez a pregação, falando do Dia de Ascensão do Senhor, celebrado no último dia 25 e a época de Pentecostes, tida com nascimento da igreja cristã, uma vez que a partir do Espírito Santo assumimos o compromisso de testemunhar o evangelho até os confins da terra, sendo igreja missionária. E nesta caminhada Altmann destacou que muitas coisas bonitas acontecem, são vivenciadas e testemunhadas. Como exemplo o líder falou da música Kyrie Eleison, cantada momento antes pelo grande coral. Composta por um dos obreiros de nossa igreja, o pastor Rodolfo Gaede, hoje ela é cantada em diversos países, ultrapassando fronteiras e oferecendo testemunho.

Altmann também lembrou a Comunidade de São Luis do Maranhão que é uma expressão de como a palavra ultrapassa fronteiras, reunindo pessoas amadas por Deus. “Deus ama a todas as pessoas e as reúne. A partir daí é preciso se apoiar mutuamente, valorizar os dons que Deus nos deu. Mãos juntas transformam vidas” – afirmou. Assim, ele falou de outro tipo de poder que têm os cristãos: a união e o serviço. Servir sem pensar em vantagem, para todos que necessitam, com está em Marcos 10.45 – Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos.

“Não precisamos e muitas vezes não recebemos o aplauso do mundo”, afirmou Altmann, destacando a importância do persistência em servir e testemunhar o amor de Deus. “A palavra não volta vazia, o cristão segue dando seu testemunho. E assim a igreja vai crescendo. É preciso amar muito, amar e olhar além fronteiras…”

Momento significativo foi também a liturgia da eucaristia, quando além de ofertas individuais, cada comunidade levou ao altar sua contribuição para a Sede Sinodal que está sendo adquirida, enquanto todos os obreiros e obreiras do Sínodo traziam os elementos da Ceia.

Após o culto, ainda na parte da manhã, o público se dividiu para prestigiar as palestra do Pastor Carlos Eduardo Bock, com o tema “mãos na família – dedos entrelaçados ou apontados?”; e da professora Hildeburg Bühler, “nosso corpo pede cuidado”; além das oficinas para jovens, atividades diaconais e o Culto Infantil.

Na parte da tarde, após uma animada apresentação de cada uma das paróquias presentes, foram oferecidas mais opções de atividades e também compartilhadas expressões culturais da região e resultados dos trabalhos, mostrando toda a força transformadora das mãos que se unem não apenas em oração, mas em ação, e assim, transformam vidas.

O grupo musical Integração, da Comunidade de São Sebastião do Caí, e um grande coral formado por integrantes de diversas comunidades fizeram com que a música fosse outro elemento significativo do V Dia da Igreja, colocando ainda mais sonoridade no testemunho de amor a Deus.

Outro momento significativo foi entrega dos Certificados de Habilitação aos obreiros e obreiras ordenadas do sínodo, feita pelos integrantes do Conselho Sinodal; e a palavra do presidente sinodal, Egon Schwarz, agradecendo para participação e empenho de cada um e cada uma na caminhada do sínodo. O próximo Dia da Igreja do Sínodo Nordeste Gaúcho acontece dentro de dois anos, em local a ser definido.