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Entre as várias pautas tratadas na reunião do Conselho da Igreja da IECLB, nos dias 26 e 27 de julho, em São Leopoldo (RS), um dos assuntos discutidos foi o Manifesto dos Obreiros e Obreiras do Sínodo Centro-Sul-Catarinense, que solicitou um posicionamento da Presidência no que se refere à questão da homossexualidade.

Com a tarefa de apresentar o manifesto aos conselheiros, o Pastor Presidente Walter Altmann ponderou que o assunto homossexualidade tem sido debatido na sociedade e no interior de igrejas ao redor do mundo, muitas vezes com grande tensão e conflitos.

“Manifestações são legítimas e bem-vindas, e o assunto merece atenção, estudo e diálogo”, confirmou o Pastor Presidente. “No entanto, é de fundamental importância que se considere os posicionamentos já existentes na IECLB”, ressaltou Altmann. Entre estes, a Carta Pastoral da Presidência (1999), elaborada na gestão do Pastor Presidente Huberto Kirchheim, e um documento do próprio Conselho da Igreja, órgão máximo da IECLB, intitulado Posicionamento do Conselho da Igreja referente ao Ministério Eclesiástico e Homossexualidade (2001), resultante de um amplo processo de discussão e debate em todos os âmbitos da IECLB.

Altmann também entregou aos conselheiros uma cópia do documento Família, Matrimônio e Sexualidade Humana, da Federação Luterana Mundial (FLM), aprovado em março deste ano. O documento, encaminhado para todas as igrejas-membro da FLM, contém orientações para um diálogo sobre os referidos assuntos, tanto dentro das igrejas quanto entre igrejas e sociedade. “O documento está sendo distribuído para todos obreiros e obreiras da IECLB e também já agendamos uma discussão sobre o mesmo, a ser realizada na próxima reunião da Presidência e Pastora/es Sinodais”, disse Altmann..

“É essencial que o diálogo interno sobre o assunto homossexualidade seja conduzido objetiva e respeitosamente, abstraindo-se de emocionalidades e agressividades”, ressaltou o Pastor Presidente. “Ao tratar deste tema, assim como de tantos outros, é preciso buscar o discernimento bíblico-teológico, o cuidado pastoral e o espírito de comunhão fraterna.”