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Ao falar durante a época de Quaresma, que se dirige para a principal esperança dos cristãos que é a ressurreição de Cristo, o moderador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e pastor presidente da IECLB, Walter Altmann, falou ao Comitê Central do CMI no dia 13 de fevereiro, endereçando um renovado pedido pela “unidade visível” na igreja. O Comitê central está realizando a sua reunião anual, de 13 a 20 de fevereiro, em Genebra, na Suíça. (Clique aqui para ver fotos)

Altmann também apresentou um desafio para os membros do Comitê Central, a partir de uma variedade de questões críticas que o movimento ecumênico precisa enfrentar para chegar a alcançar esse objetivo. A unidade em Cristo, disse Altmann, é um presente de Deus. Receber tal presente e responder a ele através da “koinonia” de irmãos e irmãs em uma só igreja é o objetivo principal do CMI.

Nos últimos 60 anos, desde a criação do CMI, o mundo mudou significativamente, mas o trabalho ecumênico na direção da unidade continua o mesmo. “Esse tem sido nosso chamado através dos anos e continuará a ser nosso chamado nos anos que virão”, disse o moderador.

Altmann baseou suas palavras na história, lembrando diversas seções da Constitução do CMI, que foi originalmente criada em 1948 na sua primeira assembléia geral. Altmann confirmou que os princípios continuam sendo fundamentais para o movimento ecumênico na atualidade. Ele também destacou algumas frases-chave de assembléias anteriores, realizadas ao longo das últimas seis décadas, de eventos ecumênicos anteriores, que prenunciavam a criação do CMI, assim como de contribuições das tradições ortodoxa e católico-romana.

Em 2008, durante a celebração do 60º ano de existência do CMI , Altmann disse que a “questão principal é muito mais olhar para fora e não tanto para dentro, perguntando o quão bem o CMI serviu e continua servindo o movimento ecumênico (mais amplo)”.

Altmann nomeou algumas dos “inúmeros questionamentos” relacionados ao ecumenismo, entre as quais a de que existem muitas regras e muitas afirmações para pouca ação; se as igrejas realmente estão dispostas a cruzar fronteiras; e se a voz profética do movimento ecumênico “enfraqueceu muito e perdeu sua paixão.”

”Ao olhar para a nossa história, podemos, com um espírito de arrependimento, reconhecer que, mesmo a despeito de avanços claros e inegáveis da jornada do ecumenismo, falhamos sempre e sempre de novo quando não somos capazes de discernir com maior clareza o caminho pelo qual o Espírito Santo nos leva”, disse. “Mas não devemos desistir. Seria uma traição a nossa vocação.”
Altmann exortou por uma abordagem “holística”, assim como nos primeiros tempos da igreja cristã, revelados em Atos 2:42. “Essa igreja”, disse, “buscou verdadeiramente a fé autêntica na comunhão enquanto perseverava através de problemas e desafios”.

O movimento ecumênico precisa muito de pessoas perseverantes”, concluiu Altmann. “Vamos orar para que o Espírito Santo conceda-nos perseverança e vontade de seguir adiante.”

P. Dr. Walter Altmann é o pastor presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) desde 2002, e foi eleito moderador do CMI durante a realização da 9a Assembléia Geral do CMI em Porto Alegre (RS), em 2006. Esta é a segunda reunião do Comitê Central em que Altmann atua como moderador. (Fonte: Serviço de Comunicação do CMI)