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Em culto solene e festivo, realizado no domingo 29 de junho, um grupo de 34 membros da Paróquia de Indaial, foi comissionado e enviado para o exercício do Ministério da Visitação. O comissionamento e envio se deu mediante a proclamação do Evangelho, oração e imposição de mãos.

O grupo de visitadores participou de encontros preparatórios realizados no transcorrer dos meses de abril, maio, junho e julho, sob a coordenação do P. Guilherme Th. Fredrich. O tema da visitação foi abordado sob diversas ênfases, sempre aos sábados, das 14 às 17 horas: a) A IMPORTÂNCIA DA VISITAÇÃO; b) COMO FAZER UMA VISITA? ; c) OS GRUPOS ESPECÍFICOS NA VISITAÇÃO; d) Ajuda na visita a doentes – auxílios práticos; e) Relatos e troca de experiências das visitações realizadas durante o primeiro mês do “mutirão da visitação”.

O Seminário de Visitação foi resultado da constatação de que cada vez mais as pessoas vivem sozinhas, isoladas, com poucos contatos umas com as outras. O tempo que dispunham para terem contato umas com as outras, para se visitarem, para conversarem entre si sobre seus problemas foi sendo substituído pelo trabalho ou, quando sobra algum tempinho, pela passividade diante de um aparelho de televisão. Assim, mais e mais pessoas apelam para “remédios” para resolver suas preocupações e dificuldades (sociedade medicamentosa).

Momento da bênção de comissionamento e envio pelos pastores da Paróquia

Ao lado disto, a participação de muitos, na vida comunitária, se restringe a eventos especiais como Páscoa, Natal, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Sepultamento. É grande o número de pessoas da comunidade que ficam passivas e se limitam a pagar a sua contribuição, achando que assim “compram o direito de se deixar atender” pelo obreiro/a (pastor/a).

Por outro lado, muitas pessoas não procuram mais a sua igreja porque estão desempregadas ou se encontram com dificuldades financeiras que as impedem de pagar a contribuição. Outras se afastam da comunidade quando algo não vai bem em suas vidas. Parece que elas acham que devem colocar suas vidas em ordem primeiro e depois procurar sua Igreja.

Ou seja, quanto mais precisam do apoio da Igreja, mais se afastam dela. Assim, uma pergunta se tornou cada vez mais importante: Como podemos nos fazer presentes na vida das pessoas e chegar mais perto delas quando enfrentam situações difíceis como doença, morte, luto, velhice, pobreza, problemas matrimoniais, alcoolismo, deficiência….???

No seminário de planejamento da Paróquia chegou-se a conclusão de que a Igreja não pode ficar esperando que essas pessoas a procurem nestas horas. Ela precisa achar uma maneira de se aproximar. Uma comunidade viva é uma comunidade na qual as pessoas se conhecem, se importam uma com as outras, buscam o contato, o relacionamento e o apoio mútuo.

Foto geral do grupo de visitadores/as

Jesus não centralizou sua ação no templo, mas ele buscava a ovelha perdida (Lucas 15. 3-7 e João 10). Seu ministério revela uma igreja itinerante. Em outras palavras: não podemos ficar esperando que as pessoas nos procurem na Igreja (templo). Assim, entendeu-se que a visitação é um elemento estratégico e missionário eficiente.

Uma coisa é certa; pessoas deixam a nossa igreja quando se sentem deixadas a sós em suas situações de crise. Por outro lado, onde se criam grupos de ajuda, onde os laços de comunhão levam consolo, ali também os laços de fidelidade dos membros para com sua comunidade aumentam. Ou seja, Cristo está ali onde dois ou três se reunirem em seu nome para dialogarem e se consolarem mutuamente em tristeza e sofrimento e onde tentam levar as cargas uns dos outros (Gálatas 6.2 e 2ª.Co 1.4). A visitação é uma das formas em que essa solidariedade cristã se manifesta.