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Leitura Bíblica Básica: Mateus 25.14-30
Outras Leituras:
Autor: P. Elton Pothin
e-mail:
Origem: CEJ – Paróquia Martin Luther
Cidade: Joinville – SC
Data da pregação: 16/11/2008
Data Litúrgica: Penúltimo Domingo do Ano Eclesiástico

Prédica:
Prezada Comunidade aqui reunida,

Mais uma vez nos encontramos com Jesus contando histórias. Através de uma simples história, de uma fato da vida, de algo que acontecia muito na sua época – guardar tesouros em vasos de barro – Jesus quer ensinar sobre os valores do Reino, sobre a fragilidade do ser humano, sobre a vida de fé de cada um.

O homem que se ausentou do país é o próprio Jesus. Ele foi para junto de Deus – “está sentado à direita de Deus Pai, Todo-poderoso” – como dizemos no Credo Apostólico. E confiou aos seus servos – aos seus discípulos, seguidores – a nós, portanto, O TESOURO DO Evangelho, da Boa Notícia da Salvação, que são os talentos da parábola (mostrar Bíblia). Um talento são 20 kg de ouro. É muito grande o valor da Boa Notícia da Salvação – é preciosa.

E Jesus confia este grande tesouro para nós, seres humanos. Nós somos poucos confiáveis. Nós somos instáveis, pecadores, fracos na fé. E o apóstolo Paulo já vê isto quando escreve em 2 Coríntios 4.7: “temos, porém, este tesouro em vasos de barro.” Um vaso de barro se quebra fácil (mostrar vaso e deixar cair).

Mas justamente a estes seres humanos frágeis/instáveis/fracos na fé Jesus confia o seu tesouro, o tesouro do Evangelho. A mim, a você, a os todos ele confia este tesouro.

E o que eu vou fazer com ele? Ora, o texto mostra com clareza: cada um deve multiplicar este tesouro, de tal forma que cada vez mais pessoas venham a crer – de tal forma que este tesouro encha a terra. Isto é o que nos diz Jesus em Atos dos Apóstolos 1.8: “E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia e Samaria e até os confins da terra.”

E cada um recebeu “segundo a sua própria capacidade”, nos diz o v. 15. Ou, como ouvimos no início do culto, de 1 Pedro 4.10: “Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o seu próprio dom para o bem dos outros.” Deus não pede de nós mais do que podemos fazer. E, de acordo com o que nos foi confiado, nos será também cobrado: “mas aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e aquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”, diz Lucas 12.48. MAS ESTE DETALHE NÃO É IMPORTANTE NA PARÁBOLA. O IMPORTANTE E O QUE A PARÁBOLA QUER DIZER É QUE O EVANGELHO DEVE SER MULTIPLICADO, PASSADO ADIANTE E QUE ESTA TAREFA É DE CADA UM DE NÓS – do pastor, dos presbíteros, dos que conhecem mais ou menos sobre este Evangelho. O que não podemos é enterrar este Evangelho.

Daí vem o passo seguinte e vocês vão me perguntar: como eu vou fazer isso? Devo sair rua afora e falar de Jesus a todos do jeito que eu sei? Claro que não é bem assim, mesmo porque daí se obtêm mais REJEIÇÃO do que ACEITAÇÃO do Evangelho por parte das pessoas.

Aqui, nós, cristãos, precisamos saber transmitir o Evangelho de tal forma que ele faça a diferença e seja percebido pelas pessoas como algo MUITO BOM.

1. HOJE, o que mais se observa nas pessoas é a sua CONDUTA. Não se observa tanto se esta pessoa conhece a Bíblia de cor, se ela vai numa igreja, mas se tem uma conduta amiga, íntegra, honesta, humilde, de confiabillidade. Não adianta dizer-se cristão e ser arrogante e soberbo – assim eram os escribas e fariseus que Jesus combatia. Multiplicar a Boa Notícia da Salvação começa por você.
2. Multiplicar a Boa Notícia da Salvação continua na sua família – com seus filhos, pais, irmãos…
3. Multiplicar a Boa Notícia da Salvação continua no seu local de trabalho: A. Conta-se que, certa vez, Um sapateiro convertido perguntou a Lutero o que deveria fazer para servir bem a Deus. Talvez esperasse o conselho de fechar seu negócio e tornar-se pregador do evangelho. Lutero respondeu: Faça um bom sapato e venda por um preço justo. Ele serviria a Deus sendo um profissional competente e honesto. B. Uma enfermeira fazia curativos em muitas feridas de um paciente. Alguém, impressionado, disse-lhe: Nem por um milhão eu faria um trabalho desses. Ela respondeu-lhe: Eu também não, mas faço tudo por amor a Jesus, como se estivesse cuidando dele. Ele me amou, cuidou da minha dor, das minhas feridas. Estou retribuindo esse amor.
4. Multiplicar a Boa Notícia da Salvação continua na Igreja – participando dela nos cultos, nos grupos de estudo, ajudando com minha contribuição financeira, contribuindo com os meus dons – nos grupos, no presbitério, na música, ajudando nas festas…

Para concluir, lembro novamente palavras de 1 Pedro 4.10: “Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o seu próprio dom para o bem dos outros.” HONREMOS o tesouro do Evangelho que Deus/Jesus deu a todos nós, multiplicando este tesouro.