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Uma data pouco lembrada em meio a tantas outras importantes nesta época do ano é o Dia Internacional da Tolerância, comemorado no dia 16 de novembro. Se existe esse dia é porque as pessoas ainda precisam ser lembradas de que nem sempre são detentoras da razão, da verdade e nem mesmo superioras as outras no que concerne a raça, credo, etnia, sexualidade, política ou nível social. Ainda que muitos pensem o contrário, ter uma condição social e econômica mais favorável não faz de ninguém melhor do que ninguém, ainda que isso incida em mais responsabilidade. Entretanto o caráter, a honestidade e outras virtudes não se compram.

Vivemos em um mundo onde a intolerância ceifa vida após vida. Basta olhar o noticiário. Exemplos de xenofobia não faltam e mesmo muitos daqueles que se dizem extremamente tolerantes, abertos para as mais diversas realidades e culturas, vivenciam momentos em que a radicalidade de opiniões os afastam das outras pessoas. Claro que não podemos simplesmente concordar com tudo o que acontece em nossa sociedade. É certo que os exageros, aquilo que prejudica a vida, que rouba a dignidade das pessoas precisa ser analisado e, com muito cuidado, retrabalhado. Sempre são necessários critérios respeitosos. Ser tolerante não quer dizer que podemos simplesmente fechar os olhos e permitir que o caos tome conta do mundo ou que iremos concordar com tudo o que acontece. Por outro lado, mostra vontade de conhecer e compreender o ser humano em suas mais diversas facetas e isso sem pré-julgamentos.

Como cristãos somos chamados a amarmos o nosso próximo assim como a nós mesmos e a termos olhos de compaixão e misericórdia para com as pessoas, a não passarmos de largo onde feridas são abertas na sociedade; a nos posicionarmos diante das mais diversas situações. Ser tolerante, buscar compreender as pessoas, não é “ficar em cima do muro” sem posição alguma; muito antes é um ato de coragem, de respeito pela criação de Deus que, a partir dos ensinamentos bíblicos, fez o ser humano a sua imagem e semelhança e fez isso sem dizer em nenhum momento qual era a cor, raça, orientação política ou nacionalidade do ser humano.

Antes de agredir alguém com palavras, com gestos ou com atitudes violentas, por ser ou pensar diferente de você lembre-se que ele também é filho/a de Deus, amado/a e criado/a por Deus e que nada, nem ninguém te autoriza a agir de modo intolerante. Todos nós somos diferentes e não existe pessoa normal, uma vez que cada pessoa é única. Você e eu somos únicos, portanto também diferentes. Aja com amor, seja um pouco mais tolerante com quem está a tua volta.