Você já esteve preso numa prisão? Você tem irmãos ou irmãs, pais ou parentes e amigos que estiveram ou ainda estão na prisão? Você quer falar sobre isso? Gostaria de compartilhar suas angústias, dúvidas e sugestões com alguém em quem você pode ter a confiança de que sua informação permanece privada e confidencial? Gostaria de compartilhar suas idéias pessoais. Entre em contato com o Pastor Wolfgang Lauer através dos endereços abaixo:
Coordenador da Assistência Pastoral nas Prisões de São Paulo:
Pastor Wolfgang Lauer – wolflauer@ymail.com
Rua Verbo Divino, 392 – Santo Amaro- 04719.001 São Paulo, SP
O Sínodo Sudeste – IECLB propõe as Comunidades, Grupos, ou lideranças das Paróquias encontros para diálogo com o Coordenador da Assistência Pastoral nas Prisões de São Paulo, Pastor Wolfgang Lauer. A visita às prisões, a realidade dos presos e dos carcereiros estão incluídas na mensagem do Evangelho. A nossa participação nos sinais do Reino de Deus inclui a diaconia, que se estende até a realidade dos presos e das prisões.
Como surgiu a Assistência Pastoral em São Paulo: Em 2009 o Pastor Wolfgang Lauer, pastor voluntário da Paróquia Santo Amaro, passou a visitar presos e prisões do sistema carcerário do Estado de São Paulo. Assumiu essa tarefa pastoral e diaconal de forma voluntária, com o apoio da Paróquia de Santo Amaro e do Sínodo Sudeste – IECLB.
Com o tempo, as visitas e atividades com prisioneiros, em parceria com outras organizações religiosas, que prestam serviços semelhantes, passaram a exigir uma melhor organização, sistematização do trabalho e credenciamento para entrada nas prisões.
Com a determinação do Pastor Wolfgang Lauer em fortalecer essa atividade pastoral e diaconal, apontando para a necessidade de definir coordenação e encaminhar pedido de credenciamento para prestar assistência religiosa e diaconal nas prisões do Estado de São Paulo, o sínodo Sudeste preparou projeto e solicitou reconhecimento e registro na Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo. O Pastor Wolfgang Lauer foi indicado pelo Pastor Sinodal para coordenar o projeto e, desta feita, recebeu credencial oficial para ter acesso as prisões do Estado de São Paulo.
Hoje o Pastor Lauer reúne informações, aprendizado e experiências singulares nesta área pastoral e diaconal. Com a sua vocação e presteza o Sínodo Sudeste já pode oferecer para as comunidades e lideranças da Igreja a oportunidade de diálogo e interação com as atividades de Assistência Pastoral e Diaconal em prisões.
Qual o específico da Assistência Pastoral e Diaconal nas Prisões? Oferecer aos prisioneiros a oportunidade de conversar e falar sobre suas experiências e preocupações. Nesse diálogo incluir o testemunho do amor e da vontade de Deus, tomando como base os conteúdos da fé revelados na Palavra de Deus.
Assistir os prisioneiros no processo de autoconstrução – física, mental, psicológica e educacional. Cooperar com o estabelecimento de relacionamentos sociais dentro da prisão. E facilitar a reintegração dos prisioneiros após sua soltura.
Destaca-se também a realização de serviços religiosos, oferta de estudos da Bíblia, partilha de experiências e reflexões sobre temas religiosos. Além disso, os prisioneiros são assistidos com a compra de itens de necessidade pessoal, que eles não podem acessar estando na prisão.As atividades pastorais e diaconais objetivam o desenvolvimento pessoal sob as condições de detenção, e o equipamento dos prisioneiros com os meios psicológicos e espirituais para suportar condições adversas, bem como assistir na sua reintegração em suas redes familiares e comunidades de origem ou quaisquer outras.
A outra dimensão desse projeto é a de permanecer atendo as possibilidades de interagir com os carcereiros, e oferecer oportunidade de diálogo, acompanhamento e assistência pastoral. Centenas de homens e mulheres trabalham nas prisões e sofrem os impactos da realidade de violência, sofrimento, doença e pressão psicológica.
Alguns dados: São Paulo abriga um terço da população penitenciária brasileira (cerca de 160.000 pessoas) e conta com 72 unidades prisionais espalhadas pelo estado, operando em média com 61% de superlotação. São Paulo conta com 4 penitenciárias femininas, que prende 4.400 mulheres, boa parte delas estrangeiras. Carandiru, penitenciária feminina localizada na Capital, abriga 783 mulheres. Itaí é uma penitenciária mista localizada no interior de São Paulo, contando com 1.170 detentos. Em ambos os casos, uma boa parte das pessoas fala pouco. Boa parte deles perdeu contato com familiares e amigos, não recebem visitas de familiares, são precariamente assistidos por defensores públicos, têm acesso restrito a serviços médicos, psicológicos e psiquiátricos, e convivem num ambiente violento.