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1. Introdução

1.1 – Grande expectativa marcou a chegada dos 32 representantes da Igreja Evangélica Luterana do Brasil – IELB e dos 34 representantes da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB a Rodeio 12. O motivo da sensação de pisar terreno estranho era justificada, uma vez que era a primeira vez que as duas maiores igrejas luteranas brasileiras chegavam tão perto uma da outra, para a I Conferência Nacional Interluterana, nos dias 29 de outubro a 1º de novembro de 1998. Boa parte dos integrantes de ambas as denominações já tiveram oportunidade de convívio durante a viagem, no mesmo ônibus, desde Porto Alegre, o que já contribuiu para uma intensa aproximação pessoal.

1.2 – O clima propício que reinou desde os primeiros momentos, deve-se especialmente a uma caminhada de mais de trinta anos de pessoas de ambas as igrejas em busca desta aproximação intensa que agora se concretiza. Somos gratos a Deus pelas experiências positivas vivenciadas em várias localidades, que motivam e sustentam a necessidade de unidade entre as igrejas. O tema geral expressava o desejo de aproximação e cooperação: “Unidade e Missão das Igrejas Luteranas no Brasil”. O objetivo geral do encontro foi o de encaminhar a implantação do Convênio de Cooperação entre a IELB e a IECLB, já aprovado no passado pelos órgãos competentes das duas igrejas. Os objetivos específicos foram “ampliar a aproximação entre IELB e IECLB, promover a busca de condições para alcançar comunhão de púlpito e altar entre ambas as igrejas, perguntar pela missão e pelo compromisso das duas igrejas no Brasil, investigar os estímulos que emanam da base comum de cooperação, e traduzir tais estímulos em propostas de ação a serem desenvolvidas nas congregações e nos diferentes níveis de ambas as igrejas”.

1.3 – A celebração de abertura da conferência dava um primeiro passo decisivo. “Reconhecemos que, no passado, tivemos dificuldades para nos aceitar como irmãos e irmãs da mesma família luterana”, confessava a comunidade reunida. Através do hino de Lutero “só tua graça poderá salvar-nos dos pecados”, a confissão de culpa dava o tom do início de um novo tempo sem meias palavras.

1.4 – A mensagem, com a pergunta “Cadê a Igreja? Onde está o povo cristão?”, desafiou os participantes à reflexão sobre a identidade luterana, a situação e a missão. Com base nos escritos de Lutero, falou-se sobre os sete sinais de reconhecimento, que foram sendo trazidos em forma de símbolos para o altar. A mensagem concluiu com a prece de que “Deus Criador, nosso Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo abençoem a nós, da IECLB e da IELB, em nossa tentativa de dar resposta por nossa identidade como povo cristão”.

2. As palestras

2.1 – Para proferir as palestras de fundo, foram convidados o pastor Dr. Gottfried Brakemeier, da IECLB, atual professor da cadeira de Sistemática, com ênfase em ecumenismo, da Escola Superior de Teologia (EST), de São Leopoldo (RS), e o pastor Dr. Nestor Luís Beck, pró-reitor acadêmico da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, da IELB.

2.2 – Em sua apresentação, o Dr. Brakemeier foi logo deixando claro que “missão cristã, para ter credibilidade, exige unidade”. Lembrando fatos históricos que moldaram as duas igrejas, apontou para o Brasil de hoje com os desafios que representa para a missão luterana. Dentro desse contexto, analisou a relevância da confessionalidade luterana. Ao longo de sua exposição, afirmou por diversas vezes que “a comunidade luterana recebeu um talento para com ele trabalhar”, e que não deveria enterrá-lo.

2.3 – Nesse sentido, apontou para a necessidade de juntar forças, porque “mesmo juntas, as duas igrejas não passam de uma irrisória minoria religiosa no país”. “Precisamos garantir a unidade e partir para a ação”, desafiou. Lembrou o legado da Reforma, que “consiste numa causa a ser abraçada com a mesma paixão pelo Evangelho como a vemos em Lutero e seus co-militantes”. Descreveu esta causa comprometedora de toda a igreja que se pretende luterana, em quatro tópicos: a divindade de Deus, a gratuidade da salvação, a realidade da cruz na ação do amor e a régia liberdade cristã. Brakemeier ressaltou que todos esses tópicos confluem na mensagem da justificação por graça e fé.

2.4 – Ao final de sua exposição, o Dr. Brakemeier afirmou que “apesar de existir a necessidade de trabalhar diferenças, a primeira meta deveria ser a cooperação alicerçada em acordos bilaterais, tendo como objetivo primário a comunhão de púlpito e de altar”. Dentro desse objetivo, deve-se pressupor “a disposição para a parceria”. Para tanto, é imprescindível o conhecimento mútuo, a erradicação do preconceito, através do encontro, da reflexão e da oração conjunta. Finalmente, é necessária a programação conjunta de atividades, visando a eficiência das mesmas e o ensejo de crescimento da comunidade luterana.

2.5 – O Dr. Beck, em sua exposição, que intitulou “Unidade e Missão da Igreja Luterana aqui e agora”, chamou a atenção de que a igreja dita luterana “pretende ser nada mais e nada menos que a própria igreja cristã”, que confessamos una, santa, católica e apostólica. O que se espera desta igreja luterana em terras brasileiras, no limiar do terceiro milênio, é que “reflita sobre a própria unidade e missão no seio da sociedade do século 21 e passe a realizá-la eficazmente”. Isso ela faz ao “compreender a situação e o momento em que estamos, ao entender quem somos e para que fomos inseridos na igreja, e ao elaborar formas de ação que sejam consistentes com a vocação a que fomos chamados”.

2.6 – “Não podemos contentar-nos com o que já somos. Precisamos tornar-nos aquilo que somos chamados a ser, herdeiros do Reino dos céus”, ele desafiou. Toda a sua palestra primou por uma análise franca do passado comum das duas igrejas, com a exigência de uma nova interpretação do que se passou. “Compreendo de forma nova o passado, poderemos superar entraves e passar a interagir de forma distinta como membros e representantes das organizações a que estamos ligados”, vislumbrou. “Se formos honestos, não deixaremos de reconhecer que as relações mútuas estão perturbadas pela recordação de histórias que nos contaram, de injustiças e violência que uns teriam praticado contra os outros. Essas lembranças estão cravadas na memória coletiva e elas continua perturbando o nosso relacionamento de geração após geração”.

2.7 – Segundo ele, “os historiadores precisam liderar as igrejas no esforço de reinterpretar o passado na perspectiva de um futuro distinto do que tem sido, e os teólogos precisam redescobrir, juntamente com os fiéis, o fundamento para a concórdia e a cooperação”. Em sua conclusão, ele disse que “está bem claro o que nos une. É preciso descobrir formas de conviver com o que nos separa. As igrejas precisam descobrir formas de modificar posições doutrinárias, mantendo-se, entretanto, fiéis aos fundamentos”.

2.8 – Atuaram como reatores às palestras, o pastor Dr. Rudi Zimmer, da IELB, que atua na Sociedade Bíblica do Brasil, e o pastor Dr. Martin Norberto Dreher, da IECLB, professor de História da UNISINOS. Ambos expressaram concordância com as propostas dos palestrantes e ampliaram, com contribuições específicas, as reflexões dos mesmos.

2.9 – Todas as contribuições motivaram um vivo interesse dos participantes e contribuíram de maneira significativa para criar um clima favorável para uma aproximação e para o trabalho de compartilhar e de refletir a caminhada conjunta. As palestras prepararam o solo para lançar as sementes do diálogo e da reflexão.

3. “Encaminhamento do Convênio” – Trabalho em grupos

3.1 – O primeiro momento do trabalho em grupos foi uma reação às palestras, com base nas seguintes perguntas: Qual é nossa contribuição luterana específica no cenário religioso brasileiro, e como avaliar as nossas diferenças e como priorizar os temas sobre os quais precisamos dialogar? Quais são os obstáculos que dificultam a aproximação? Como vamos proceder para afastá-los? Quais são as ações que podemos planejar e executar para fortalecer a unidade?

3.2 – Essas perguntas inauguraram uma reflexão de aprofundamento. Uma das conclusões foi a necessidade de conhecermos melhor a história um do outro, para desmascarar versões folclóricas e distorcidas do passado e promover uma catarse positiva que nos ajude a superar traumas. Temos uma contribuição a dar no campo da teologia no cenário brasileiro com a mensagem clara, doce e libertadora da graça revelada em Jesus Cristo. Nossa literatura teológica serve como ponto referencial para outras igrejas, mas precisamos trabalhar de forma mais efetiva a nossa comunicação. A conscientização deve também chegar às comunidades, para que preconceitos sejam eliminados e a aproximação ali se concretize.

3.3 – O segundo momento do trabalho em grupos baseou-se em oito áreas destacadas pelo Convênio de Cooperação, assinado pelas duas igrejas. A saber: Comunicação, Formação Teológica, Escolas Confessionais, Culto/Liturgia/Música, Missão e Evangelização, Responsabilidade Pública, Serviço Social e Diaconia e Prática Comunitária. Esse trabalho em grupos e o seu debate em plenário resultou nas sugestões a seguir relacionadas.

3.4 – Comunicação

3.4.1 – Criar a Assessoria de Imprensa Interluterana, que divulgue as duas igrejas.

3.4.2 – As duas igrejas são solicitadas a buscar estabelecer uma política comum de comunicação, que trace a coluna dorsal do que a IECLB e a IELB pretendem atingir com uma caminhada comum de comunicação. O fórum para o debate desta política comum poderia ser o já existente, Regional Brasil de Luteranos Unidos em Comunicação (LUC), onde representantes das duas igrejas se reúnem periodicamente.

3.4.3 – As duas igrejas são solicitadas a promover posicionamentos oficiais em conjunto pela defesa da vida humana, diante de situações de flagrante injustiça ou em outras ocasiões que exijam um pronunciamento do pensamento luterano.

3.4.4 – As igrejas são solicitadas a fazer maior uso dos espaços já existentes e que estão a serviço da comunicação. De modo especial, destacamos a Agência Latino-americana de Comunicação (ALC), LUC, CIL e outros.

3.4.5 – As duas igrejas são solicitadas a considerar Comunicação como investimento e, portanto, não cortar verbas deste item, mas dar-lhe prioridade, aumentando o percentual de verbas destinadas a este setor.

3.4.6 – Criar uma comissão interluterana para planejar ações concretas em conjunto, exemplificando: Criar um slogan que identifique as duas igrejas e marque a identidade luterana na mídia, e que seja insistentemente divulgado; programar inserções de 30 segundos na TV em nível nacional no Dia da Reforma de 1999, a exemplo do que foi promovido no Vale do Itajaí no dia 31 de outubro de 1998, que pagou oito inserções na TV durante o Dia da Reforma; abrir espaço nos jornais de cada igreja para notícias da igreja irmã.

3.5 – Formação Teológica

3.5.1 – Promover encontros regulares entre os professores das diversas instituições de formação teológica das duas igrejas. Entre os pontos da agenda estão: relacionar temas teológicos a serem estudados; promover encontros de estudantes; refletir sobre a possibilidade de disciplinas do curso de graduação em conjunto; estender convite à IELB para integrar o IEPG (Instituto Ecumênico de Pós-graduação).

3.5.2 – Promover encontros regionais de obreiros/as para reflexão sobre questões teológicas prioritárias: Sacramentos e Ministério.

3.5.3 – Promover encontros de lideranças das comunidades das duas igrejas, objetivando a sua capacitação continuada.

3.5.4 – Oferecer aos formandos das Faculdades de Teologia informações sobre as atividades de cooperação das duas igrejas.

3.5.5 – Incluir nos currículos das faculdades de teologia uma disciplina de Comunicação.

3.6 – Escola Confessional

3.6.1 – Considerando que as escolas desempenham um papel muito importante na sociedade pelo seu modelo de educação e pela qualidade de seu trabalho; que o trabalho educacional é parte integrante da missão das igrejas; que o teológico dá sentido ao fazer pedagógico das escolas, conclui-se que:

3.6.2 – As igrejas são solicitadas a promover encontros de diálogo entre as áreas responsáveis a promover encontros de diálogo entre as áreas responsáveis pela educação: Associação Nacional de Escolas Luteranas – ANEL (IELB) e Departamento de Educação (IECLB), para viabilizar frentes de trabalho como: abertura de diálogo entre as equipes diretivas e pedagógicas, objetivando a troca de experiências e dando subsídios aos profissionais para atender aos novos desafios do nosso tempo (por exemplo, implantação da nova Lei de Diretrizes e Bases do Ensino brasileiro – LDB); criar banco de recursos humanos; propiciar o intercâmbio pela participação dos professores em encontros/seminários e palestras; intercâmbio do trabalho de pastorado escolar; encontros entre professores do Ensino Religioso; encontros de alunos em nível desportivo e cultural.

3.6.3 – Efetivar um trabalho conjunto na área da pesquisa e produção de literatura e material pedagógico.

3.6.4 – Promover a reflexão sobre a atuação das duas igrejas na área do ensino superior.

3.7 – Culto, Liturgia, Música

3.7.1 – As duas igrejas são solicitadas a promover o anúncio regular, nos seus meios de comunicação internos, dos cursos e eventos na área de formação cúltico-litúrgica, além dos materiais que cada uma tem a oferecer.

3.7.2 – Promover, em 1999, um seminário de culto e liturgia em conjunto.

3.7.3 – Estudar a viabilidade de co-edição de material de subsídio litúrgico-homilético com base nas perícopes da série trienal.

3.7.4 – Promover, em 1999, um encontro das comissões de culto e liturgia com a tarefa de formular uma liturgia alternativa comum (texto e música).

3.7.5 – Editar um cancioneiro alternativo comum, com novas composições (letra e música), envolvendo os responsáveis pelas áreas de música nos centros de formação.

3.8 – Missão e Evangelização

3.8.1 – Criar uma Comissão Interluterana de Missão e Evangelização para repartir pesquisas e experiências missionárias no Brasil e no exterior; promover conferências missionárias; buscar estratégias missionárias apropriadas; elaborar e implementar critérios comuns na transferência de membros das duas igrejas.

3.8.2 – Incentivar um trabalho de parceria, sem proselitismo, mas em amizade, respeito e amor cristão, na área de Diaconia e Serviço Social; em programas de mordomia cristã e evangelização, conscientizando sobre a oferta movida pela graça de Deus e treinando e despertando o sacerdócio universal dos cristãos para uma ação missionária constante e efetiva.

3.8.3 – Incentivar trabalho missionário em conjunto, especialmente em novos campos, observadas as situações locais, em que é necessário um maior diálogo fraterno.

3.8.4 – Libertar as consciências de pastores e obreiros que praticam gestos de aproximação ecumênica não regulamentadas por sua igreja.

3.9 – Responsabilidade Pública

3.9.1 – Considerando que o conceito de que seja “responsabilidade pública” ainda carece de aprofundamento em face da herança histórica de uma visão dualista igreja X estado ou coisas espirituais X terrenas; a dificuldade em fazer notícias e ocupar espaços de responsabilidade pública em todos os setores da vida humana; por outro lado, a participação em movimentos ecumênicos (Conic, Coneres); que, embora a igreja tenha a obrigação de manifestar-se com clareza, deve cuidar para não deixar espaço para dúvida e confusão; a igreja deve ser a consciência da nação.

3.9.2 – Atribuir às presidências das duas igrejas a análise constante do contexto sócio-econômico e político brasileiro e latino-americano.

3.9.3 – Atribuir às direções das duas igrejas a interpretação dos sentimentos, posições e anseios dos membros antes de um posicionamento oficial conjunto.

3.9.4 – Promover a busca de articulação e posicionamento conjunto diante de desafios específicos de nossa época no intuito de fazer valer a vontade do Deus criador a serviço da vida, da justiça e do bem comum (conv. Coop. IX.3).

3.9.5 – Incentivar comunidades e seus membros para que sejam ocupados os espaços de responsabilidade pública que se abrem, marcando presença luterana na sociedade e promovendo a cidadania responsável.

3.10 – Prática Comunitária

3.10.1 – Considerando as possibilidades, mas também as dificuldades encontradas quanto à cooperação na área da prática comunitária.

3.10.2 – As direções de nossas igrejas são solicitadas a realizar, no prazo de um ano, um estudo sobre a Santa Ceia, objetivando a assinatura de um Termo de Convênio de Comunhão de Altar, envolvendo:

a) as comissões teológicas;

b) a Comissão Interluterana de Diálogo;

c) grupos bilaterais nas comunidades.

3.10.3 – As direções das igrejas são solicitadas a encaminhar às paróquias e comunidades/congregações recomendação conjunta no sentido de acolher membros da igreja irmã como hóspedes nos cultos e celebrações eucarísticas, observadas as situações locais, especialmente aquelas em que é necessário maior diálogo e acolhimento fraterno.

3.10.4 – As direções das igrejas são solicitadas a criar um grupo de trabalho interluterano que realize estudos e produza material para aprofundar o diálogo entre obreiros e membros de comunidades sobre questões teológicas, tais como: Batismo e Confirmação; Ministério (inclusive feminino) e sacerdócio geral; Morte e ressurreição (imortalidade da alma); Fundamentação teológica das ofertas (contribuição financeira) – teologia da mordomia cristã.

3.10.5 – As direções das igrejas são solicitadas a encaminhar recomendação conjunta às comunidades, paróquias, distritos/sínodos no sentido de realizar seminários e encontros em conjunto de lideranças, obreiros/as, objetivando convívio mais íntimo e formação.

3.10.6 – As igrejas são solicitadas a estabelecer temas comuns (anuais) para impulsionar a missão, envolvendo as bases numa caminhada conjunta que promova comunhão fraternal, estudos e posicionamentos.

3.10.7 – As igrejas são solicitadas a promover encontros comuns de jovens.

3.11 – Serviço Social e Diaconia

3.11.1 – As presidências das duas igrejas são solicitadas a criar, ainda em 1998, uma comissão Interluterana de serviço social e diaconia, com o objetivo de conscientizar as bases sobre razões, motivos, necessidades e vantagens de um trabalho social em conjunto e promover troca de experiências nos serviços diaconais e sociais de ambas as igrejas.

3.11.2 – Incentivar ações e projetos em parceria para intercâmbio e serviços.

3.11.3 – Realizar fóruns, seminários, encontros e cursos.

3.11.4 – Estabelecer diretrizes para convênios de cooperação específica, evitando a duplicação de esforços.

3.11.5 – Encarregar os órgãos específicos de cada igreja para ações e projetos específicos.

4. Experiência de comunhão fraterna

4.1 – Um dos aspectos mais importantes de todo o encontro foi a comunhão e a integração entre os participantes. Contribuíram para isso as celebrações, os momentos descontraídos, a gincana, o esporte, o churrasco, os intervalos e a programação leve e recheada de bom humor das noites. Foi marcante também que, pela primeira vez, as duas igrejas celebraram o Dia da Reforma de maneira ampla em conjunto. As oito equipes da gincana apresentaram suas tarefas durante a celebração, com criatividade que serviu à unidade. Foi uma celebração alegre, criativa, séria e descontraída, que serviu para festejar a Reforma de modo diferente.

4.2 – Embora se saiba que esta conferência não tem caráter decisório, os seus participantes expressam a convicção de que esta experiência fraterna e os resultados produzidos poderão contribuir para os objetivos colocados, se prevalecer o espírito de amor e respeito mútuo a que o amor de Cristo nos compele. Poderá animar-nos a prosseguir na caminhada conjunta de unidade e missão no Brasil de hoje. O nosso coração está posto nisso.

4.3 – O presente documento seja amplamente divulgado entre os obreiros e obreiras de ambas as igrejas e chegue também ao conhecimento das comunidades e congregações a elas pertencentes, para que conheçam e celebrem conosco os gigantescos passos que a IELB e a IECLB deram uma em direção à outra neste encontro de Rodeio 12 e busquem ampliar a cooperação em todos os sentidos. Seja providenciada ampla divulgação junto a órgãos ecumênicos nacionais e internacionais e mesmo por meio da imprensa secular, falada, escrita e televisionada. Seja ainda traduzido para o inglês e o alemão para que possa tornar-se conhecido internacionalmente.

“Que o Deus todo-poderoso e Pai de nosso Senhor Cristo nos conceda a graça de seu Espírito Santo, para que todos sejamos unidos nele e constantemente permaneçamos nessa unidade cristã que lhe é agradável. Amém”.
(FC-Epítome, Art. XI, 23. Livro de Concórdia, p.563)
Rodeio, 1º de Novembro de 1998 – Os/as participantes