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Série: Quer seja oportuno, quer não

Fevereiro

Carnaval: festejar é preciso

Sentimos uma grande dificuldade — como comunidade cristã — em nos posicionarmos frente ao carnaval. Preferimos apontar todos os seus aspectos negativos. Os abusos existem, naturalmente: a violência; a fuga da realidade; a manipulação da alegria, exercida por grupos econômicos', meios de comunicação e pelo próprio Estado.

Não podemos esquecer que o ser humano tem necessidade de dar expressão corporal aos seus sentimentos. O carnaval, como muitas de nossas festas de comunidade, pode ser também uma demonstração de que a vida e a sobrevivência merecem ser festejadas. Podemos aceitar que o carnaval é uma explosão do ser humano dentro do homem, que tenta romper a opressão do ra-cional, da técnica, do econômico, do cultural e do político.

João 2.1-11

I — Tradução

O texto, em si, não apresenta maiores dificuldades. Mas a tradução a seguir poderá facilitar a compreensão:

V.1: No terceiro dia houve um casamento em Cana da Galiléia. A mãe de Jesus estava lá.

V.2: Também Jesus e seus discípulos estavam convidados para o casamento.

V.3: Quando começou a faltar vinho, a mãe de Jesus diz a ele: Eles não têm mais vinho!

V.4: Jesus diz a ela: Que tenho a ver contigo, mulher? Minha hora ainda não chegou!

V.5: A mãe diz aos criados: O que ele disser a vocês, isso façam.

V.6: Havia lá seis talhas de pedra para água, conforme o costume judaico de purificação; cada uma delas comportava de 80 a 120 litros.

V. 7: Jesus lhes diz: Encham as talhas com água. Eles as encheram até em cima.

V.8: A seguir (Jesus) lhes diz: Tirem agora e levem ao chefe. Eles o fizeram.

V.9: Quando o chefe provou a água transformada em vinho – e ele não sabia de onde era, embora os criados, que tinham tirado a água, o soubessem -, o chefe chama o noivo e lhe diz:

V. 10: Todo mundo serve primeiro o vinho bom e quando (todos) ficaram bêbados, ai o inferior; tu guardaste o vinho bom até agora!

V.11: Jesus fez este primeiro dos sinais em Cana da Galiléia. (Assim,) revelou sua glória. Seus discípulos creram nele.

II — O escândalo do texto

A narrativa nos é chocante, em diversos sentidos. Observemos.

Na Palestina do tempo de Jesus uma festa de casamento costumava durar nada menos do que sete dias. O vinho, esse precioso alimento, contribuía decisivamente para tornar esse tempo agradável e alegre. Num determinado momento, quando a animação já era grande, a ponto de a narrativa sugerir que os convidados já estavam embriagados, a previsão falha do noivo parece que vai estragar a festa. A mãe de Jesus constata a ele: Eles não têm mais vinho! , como quem diz: Vê se dá um jeito nisso! Jesus retruca, não muito educadamente: O que é que eu tenho com isso?, mas depois acaba operando um milagre, transformando uma enorme quantidade de água em igual porção de vinho de excepcional qualidade. Sem dúvida, a festa está salva. Mas o nosso escândalo aumenta em idêntica medida.

Jesus ofende, em primeiro lugar, nosso moralismo.

A gente não precisa ser um antialcoólico inveterado, para concluir que Jesus, nessa vez pelo menos, se excedeu. É verdade que naquele tempo ainda não havia os modernos acidentes de trânsito ocasionados pelo consumo alcoólico, com suas muitas mortes e mutilações. Mas outros males causados pelo álcool por certo não são exclusividade de nosso tempo, como brigas e dissoluções de família, ou ainda abusos sexuais, de que não faltarão exemplos em nosso carnaval. Será que Jesus não sabe nada disso, e ainda fomenta vícios, contendas, perversidades? E exatamente esse milagre é para ser o primeiro dos sinais de sua glória?!

Jesus ofende, em segundo lugar, também nossa sensibilidade social.

Um milagre do luxo…, praticamente insuportável como ação de Jesus. (Bauer, apud Rendtorff, p.42) Ora, se isso é tempo para festas desse calibre — diríamos. E complementaríamos com indicativos de nossa realidade: quanto desemprego, quanto salário baixo, quanta dificuldade económica, quanta manipulação de índices em favor dos poderosos, quanta injustiça e exploração! É hora de pressionar um Governo insensível para com as necessidades do povo, protestar contra o império do FMI e das multinacionais; é hora de empenhar-se na organização do povo e em sua libertação. Mas festejar e esbanjar? Por certo a realidade de Jesus, numa pátria submetida ao jugo romano, não era tão diferente da nossa, em termos de injustiça e opressão. E Jesus prepara uma festança de proporções de rede global! Exatamente esse milagre é para ser o primeiro dos sinais de sua glória?!

Não se trata muito antes de uma manobra diversionista, desti¬nada a desviar a atenção do povo, de sua obra de libertação? Capaz de anestesiar o povo em sua miséria? Pão e circo já foram desde sempre a fórmula miraculosa dos dominadores. Jesus, seu aliado; religião, ópio para o povo!

Esse nosso escândalo.

III — O confronto com o texto

Trata-se, no Evangelho de João, do primeiro milagre de Jesus. O primeiro dos sinais (v, 11) é possivelmente indício de um escrito narrativo de milagres, empregado pelo evangelista (cf. a referência ao segundo sinal em 4.54, depois de outros sinais em 2.23 e 4.45). Podemos distinguir entre a narrativa do milagre propriamente dito e a interpretação dada pelo evangelista.

Quanto ao primeiro, trata-se de uma típica história de milagre (Bultmann, p. 79), direcionada para destacar o poder milagreiro do taumaturgo. Os demais figurantes (convidados, criados, seu chefe o noivo, a mãe de Jesus) são figurantes acessórios: ou nem aparecem em cena (convidados, noiva) ou preparam o palco para a ação de Jesus (assim, sua mãe – não há necessidade para outras especulações quanto ao relacionamento entre Jesus e sua mãe). Recorre-se também à arte estilística de aumentar a atenção através de uma recusa inicial ao milagre de parte de Jesus, para seu posterior e espetacular cumprimento. (Cada metreta tem redondamente 40 litros; havendo duas a três metretas em cada uma das seis talhas, teremos uma quantidade total de 480 a 720 litros de água transformada em vinho!) O noivo só surge para ouvir a queixa do chefe de seus criados que não pôde servir o bom vinho no início da festa (e agora tem que serví-lo a gente que nem sequer está mais em condições de perceber a diferença!). Mas o artifício se presta – e como! – a destacar a qualidade do vinho. O próprio milagre não é descrito. Jesus não faz nenhum gesto nem entra em contato com a água / o vinho; apenas dá ordens. Sem dúvida, tudo isso realça seu poder, de modo que a atenção recai sobre sua pessoa. O relato termina abruptamente com o v.10, que constata a qualidade superior do vinho “produzido por Jesus, respectivamente com o v 11a que começa a enumeração dos sinais.

Quanto à interpretação de João, vemo-la sobretudo no v 11 b c. Para ele o sentido da história não se esgota no acontecimento milagroso. Trata-se, muito mais, de um símbolo eficaz e revelador da glória”(DOXA) de Jesus (cf. Jo 1.14), manifestação do próprio Deus (17. 5 ), ligada a verdade e a graça, muito superior e diferente portanto da glória humana (cf 5. 41-44; 7.18; 8.50 e mais passagens). O Evangelho de João, através dos longos discursos de Jesus, está centrado claramente em sua pessoa (cf. as palavras Eu sou… em 6. 3;- 8.12;10.11;11.25;14.6 passim). Também os milagres narrados têm que servir a esse propósito. A reação adequada à revelação da glória de Jesus é a fé, sempre renovada e fortalecida, mas inevitavelmente vinculada a Jesus como objeto da fé. Assim, João conclui afirmando que os discípulos (que já seguiam a Jesus) creram nele. É o modo participar, em jesus, da glória de Deus.

Nas colocações acima somos devedores, em boa medida da pesquisa de Bultmann. Há, porém, dois pontos em que esse monumental exegeta, a meu ver, se equivocou. Ao concentrar sua interpretação na glória de Jesus e na fé dos discípulos, entendendo o milagre como um paralelo, sem significado próprio, ao culto sírio a Dionisio, deixa de perceber as especificidades desta, como de outras perícopes e as raízes judaicas. Bem destaca Schneider (p.82s) o significado da transformação de água em vinho, uma nova ordem de salvação em substituição ao ritualismo judaico. A água usada ritualmente, antes e após as refeições, para purificação, dá lugar ao vinho, dádiva característica do tempo messiânico, com espontaneidade e alegria abundantes. Assim, a própria festa, pela presença e atuação maravilhosa de Jesus, se transforma em antecipação da festa final no reino consumado de Deus. (Aqui chamo a atenção para a leitura por mim sugerida do Apocalipse, a ceia das bodas do Cordeiro.)

É importante ainda realçar o significado da hora de Jesus, no contexto do evangelho. A expressão aponta para a paixão de Jesus (cf., por exemplo, 7.30 e 8.20). Em Jo 12.23 estão igualmente vinculadas a hora de Jesus e sua glorificação, que se dá, portanto, sobremaneira e definitivamente na cruz. No presente, a festa antecipatória se realiza sob a sombra da hora da paixão. É sempre festa, porém.

IV — A mensagem de libertação do texto

Brasil — pais do futebol e do carnaval. Qual é nossa visão, como comunidade cristã, dessa paixão do povo brasileiro? Em geral, podemos encontrar duas posturas diante do carnaval: ou se faz a critica total até a demonização, ou se aceita e participa acriticamente, sem ressalvas e questionamentos. Faz muita falta uma postura mais realista e diferenciada que não perca nem a criticidade nem a liberdade de festejar.

Um espirito crítico não terá dificuldade em constatar os abusos do carnaval: uma preocupação individualista de gozar a vida a qualquer custo, um período do vale-tudo, a apropriação da mulher e seu corpo, quem sabe a ilusão de que como o carnaval se resolvem os problemas, a fuga da luta para a transformação da vida e da sociedade, a encampação do carnaval pelos meios de comunicação, por grupos econômicos e pelo próprio Estado. Não será difícil observar que os poderes dominantes têm interesse em fomentar o carnaval, para que o povo esqueça suas agruras e a necessidade de libertação. Isso que sobem desmesuradamente os índices de consumo de bebidas alcoólicas, a ruptura de laços familiares, os acidentes de trânsito e a criminalidade.

Contudo, celebrar é preciso!

Festejar é preciso!

É bem verdade, não podemos deixar de ver os malefícios ligados com o carnaval, muito menos deixar de apontar para os interesses ocultos de poderosos ao fomentar festas diversionistas. Mas que nefasto moralismo propugnamos se, em nome da integridade pessoal, cortamos das pessoas a alegre e festiva manifestação de sua vitalidade, se as privamos do direito e da possibilidade de festejar, em descontração e liberdade, os momentos de vida que lhe são significativos. Que terrível cinismo aquele que se cobre de um manto revolucionário, para em nome da libertação do povo, tirar-lhe ainda o último espaço e ocasião de em solidariedade livre celebrar e festejar o sentido profundo que sua vida tem, em anseios, experiências e esperanças.

Pois não devemos esquecer que carnaval é festa, festa do corpo e da vida. Dá oportunidade para a expressão lúdica do indivíduo e da sociedade. Nada há de errado nisso; ao contrário, é uma legítima necessidade humana. Carnaval é celebração da vida. É oportunidade de realização — no mais, tão cercada! — da mulher, do pobre, do negro. É uma explosão dessa dimensão humana de dentro das pessoas, que extravasa, se comunica e festeja. São rompidas – nem que seja por quatro dias! – as amarras impostas pelo que é racional, pela técnica, pelo império econômico, cultural e político. Há uma incontida busca de livrar-se dos condicionamentos: Não me leve a mal, hoje é carnaval. Há uma nova liberdade de dimensão universal: Este mundo é todo teu. Quero brincar… o carnaval.

Nesse sentido, é libertador registrar que o primeiro milagre de Jesus nos faz festejar. Quebra nosso moralismo e nossa falsa sensibili¬dade social. Jesus penetra em nossos momentos de alegria e nos assegura que diante de Deus e entre nossos semelhantes podemos nos alegrar. Ele próprio se alegra junto conosco. Mais ainda: ele intensifica nossa alegria, transformando o conteúdo de nossa celebração.

Sem dúvida, também é importante que notemos: a alegria do presente, por maior que seja, na melhor das hipóteses é parcial e fica bem aquém daquela que nos está reservada na consumação do Reino. Sim, nossa alegria e nossa celebração podem ser abusadas e desvirtuadas, voltando-se contra nós mesmos e nossos próximos. Podem ser utilizadas como instrumentos de opressão. Assinalamos a tanto em nossa crítica ao carnaval. Mas mesmo onde nosso festejar é legítima e alegre expressão de nossa necessidade corporal e psíquica, nossa alegria não é ainda total, e encontra-se em tensão com a realidade do sofrimento, da dor, da falta de sentido e da injustiça. Vou cantar sorrindo, para não chorar. Muitas vezes nossas celebrações chegam até a ser tragicômicas, porque são apenas uma pálida e pouco convincente máscara para nossas frustrações. Tristeza não tem fim; felicidade, sim.

Mesmo assim, podemos nos alegrar numa alegria livre e natural. Jesus comparece a nossas festividades como àquele casamento em Cana da Galiléia. Compartilha e dignifica, portanto, toda alegria humana. Não registramos em seu festejar nenhum abuso de si próprio e de seus semelhantes. Mas também nele observa-se uma incrível tensão com a realidade do mal no mundo. Há em nossa história — o primeiro dos sinais de Jesus — uma enormemente tensa relação entre a maravilhosa transformação de água em vinho e a sombria admoestação de Jesus a sua mãe: Minha hora ainda não chegou! Como a hora de Jesus é o seu ser elevado à cruz, revelação de sua glória, concluímos: aquele que aqui festeja é o mesmo que será executado; aquelas pessoas que aqui se deleitam com seu vinho, são as mesmas por quem dará sua vida. Festa e doação de vida estão intimamente entrelaçadas em Jesus. Não é, portanto, nenhuma alegria anestésica, nenhuma manobra diversionista, nenhuma aliança com poderes opressivos, mas apenas a alegria que brota da espontaneidade do amor, disposto também a em solidariedade sofrer. Do amor também fala o apóstolo Paulo, de que ele simultaneamente se regozija e tudo sofre (1 Co 13.6s).

Ainda um último passo:

Já esse primeiro dos sinais de Jesus revelou a sua glória; e os discípulos creram nele. Foi um grande milagre, mas é seu conteúdo que interessa, não sua forma. Jesus operou um grande milagre não para provocar a fé mediante a prova de seu poder — Jesus recusa esse tipo de sinais. Foi uma manifestação, não a prova de sua glória. Não foi um espetáculo global. A TV Globo faz muito show, e pouco conteúdo, muita água e pouco vinho. Em Jesus bem ao contrário: muito vinho, e pouco show. A maioria dos convidados pôde festejar e se alegrar, mas nem sequer se deu conta de que estava participando na glória de Jesus. Apenas os discípulos, que já o seguiam, creram em sua glória. Podemos traçar uma significativa analogia para com a relação entre comunidade cristã e coletividade. Todos podem festejar; apenas a comunidade cristã se dá conta de que Jesus é a fonte e o conteúdo de sua festa. Apenas ela se dá conta de que já ocorreu a radical mudança: água em vinho, isto é, o antigo meio legalista de salvação, a água para o rito judaico da purificação, transforma-se no vinho, esse maravilhoso símbolo do tempo messiânico de salvação. Que contraste entre o rígido rito da lei e a descontraída festa da graça! O Reino de Deus irrompeu no meio das angústias e perversidades do mundo. Desde então a comunidade cristã é uma comunhão de celebração, alegre festejo de fé. Em nossas comunidades essa celebração está muitas vezes encoberta por uma forte racionalidade que dificulta a expressão da ludicidade. Há racismo, fraca consciência política e frequentemente pouca comunhão. Aí se poderia aprender muito de uma postura positiva — embora não acrítica — em relação ao carnaval. Talvez consigam então nossas comunidades, também em suas próprias festas, expressar melhor a alegria que também o carnaval pretende celebrar, dando, porém, testemunho de que Jesus é nossa alegria. Aceitemos a transformação de todas as águas de nossas precariedades em vinho puro da glória de Jesus.

Por que não celebrar?

V — Pista para a pregação

Elementos para pregação podem ser encontrados com facilidade — parece-me — nos tópicos anteriores. Tampouco deveria ser difícil encontrar em nosso ambiente, bem como nos jornais nas músicas nas reportagens da televisão, etc., exemplos ilustrativos das precariedades e alegrias do carnaval. Sugiro uma sequência de três passos:

1. Nosso carnaval — sua beleza e seus problemas.

2. Jesus participa de uma festa em Cana da Galileia.

3. A comunidade cristã também celebra.

A terceira parte é a mais difícil. Dois aspectos devem ai ser preservados: Primeiramente, Jesus que nos liberta para festejar participa de nossa celebração e é seu conteúdo. Em segundo lugar a comunidade cristã não constitui uma celebração alternativa ao carnaval; mas também não se molda acriticamente. Ela aprende da espontaneidade do carnaval e assinala para a alegria que vem de seu senhor Jesus.

VI — Subsídios litúrgicos

1. Intróito: Salmo 30.5,11-12.

2. Confissão de pecados: Nosso Deus, recebemos de ti todo bem: a vida, familiares e colegas, estudo e trabalho. Confessamos-te que estamos muitas vezes cegos para tuas dádivas e vemos mais facilmente nossos sofrimentos. Muitas vezes somos incapazes para alegria e celebração parados em nossa solidariedade e amor, frios na fé. Perdoa-nos e transforma-nos por teu Filho Jesus. Tem piedade de nós. Senhor!

3. Oração de coleta: Deus nosso, sê tu presente entre nós. Dá-nos um espírito aberto e disposto, pronto a se alegrar e celebrar teu amor Apaga nossas angústias e frustrações. Abre nosso entendimento para te compreendermos, nosso coração para te recebermos, nossa boca para te louvarmos nossas mãos para servirmos nosso próximo. Por Jesus Cristo, teu filho nosso irmão. Amém.

4. Leitura bíblica: Ap 19.5-9.

5. Assuntos para a oração final: louvor e agradecimento pela dádiva de uma vida nova a ser celebrada: pedido pela superação de sofrimentos pessoais e familiares; pedido de fortalecimento da comunhão e espírito de celebração na comunidade (quem sabe possa ter sido celebrada, com júbilo a Ceia do Senhor!): agradecimento pela oportunidade e capacidade do povo festejar- pedido de que a celebração popular não seja causa de novos sofrimentos pessoais e coletivos: que a alegria seja aumentada e os abusos diminuídos- pedido de que se possa celebrar, no País e no mundo, a festa da justiça e da paz; grata e alegre expectativa da festa que nos está reservada na consumação do reino de Jesus.

VII — Bibliografia

– BARTH, K. Sermão sobre João 2.1-11. In: Fürchte Dich nicht! München, 1949.
– BULTMANN, R. Dos Evangelium des Johannes. 18a ed. Göttingen, 1964.
– RENDTORFF, R. Meditação sobre João 2.1-11. In: JENS, W. ed. Assoziationen. Gedanken zu biblischen Texten. Vol. 1. Stuttgart, 1978.
– SCHNEIDER, J. Dos Evangelium nach Johannes. 2a ed. Berlin, 1978.

Leitura complementar: COX, H. A festa dos foliões. Um ensaio teológico sobre festividade e fantasia, Petrópolis, 1974.