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Era terça-feira, dia 08 de maio de 2012. Foi de repente que muitos de nós, ministras e ministros do Sínodo Norte Catarinense, estávamos sentados em círculo, numa das salas do Lar Filadélfia, em São Bento do Sul (SC). A fala da nossa assessora curitibana, graduada em Administração e pós-graduada em Psicologia Organizacional, Sra. Gudrun Schmidt, soava firme e, ao mesmo tempo, amorosa. Sua expressão corporal nos comunicava excelente conteúdo enquanto suas palavras nos deliciavam. Sim, queríamos nos fortalecer; experimentar valorização; buscar saídas para nossos estresses; trabalhar espírito de grupo; fortalecer laços…

No semblante de todos se lia o desejo ardente de uma “recarga de baterias”. Tal desejo coletivo nos “catapultou” para dentro de uma interação impar. Se na Comunidade somos constantemente chamados a ajudar, ali, naquele lugar, poderíamos ser ajudados. Que sensação incrível aquela! Era hora de tentarmos andar devagar, sem pressa. Uns de nós refletíamos com o hemisfério cerebral direito. Já outros com o esquerdo. Aqueles eram os mais lógicos. Estes os mais criativos. Por que não ousar ser proativo; objetivar a partir da importância; “negociar” sob a “batuta” do “ganha-ganha” e não do “perde-ganha”; buscar compreender para ser compreendido; fazer acontecer cooperação criativa; renovar pontos de vista?

Vi “companheiras e companheiros de luta” dispostos a mudar. Nossa turma queria se servir daquela análise; tomar a direção mais eficaz. O compartilhamento dos problemas gerava um vulcão de possíveis soluções. Aqui e ali fluíam a originalidade e a flexibilidade. Não era sonho não! Estávamos navegando rumo a um novo horizonte. O cientista Albert Einstein monitorava o leme do nosso barco. Ouvi-o gritar: “Ninguém de vocês consegue resolver um problema com a mesma atitude de quem o criou!” Sim, éramos diferentes e precisávamos trocar nossos saberes.

Fazer lista de pendências; estabelecer prioridades; pensar prazer e alegria; não perder o foco; equilibrar-se entre a rapidez e a criatividade; imaginar a família, a saúde, a hora tranquila e, primordialmente, distinguir o que é importante do urgente na agenda. Era bom estarmos ali, unidos, em comunhão e amor.

Se o conteúdo que transmitimos só promove menos de 10% de mudança e se a postura dos nossos corpos, mesclada com o tom da nossa voz, o fazem em torno de 80%, é claro, havia a necessidade de mudarmos de postura. Assim, confiar era preciso; dialogar era necessário e colocar-se na pele do outro era primordial. Estava na hora de buscarmos uma visão compartilhada para ser ministra; para ser ministro. E aí veio o almoço da quinta-feira, do dia 10…