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Dia 26 de maio, às 19hs, na Comunidade da Paz, em Espigão do Oeste, RO, iniciou a celebração de encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2012. Mais de 600 luteranos e católicos se fizeram presentes.

A celebração conduzida por liderança das duas instituições seguiu a liturgia proposta pelo CONIC. A celebração foi aberta com o grupo Raio de Luz, cantando Vim para adorar-te. Ministra Vera acolheu a todos. E a celebração foi marcada por muitos hinos, orações, reflexão. O povo cantou e bateu palmas quando Ministro Reneu, com acordeão, entoou Damos graças. O Grupo “Raio de Luz” entoou Confissão de Pecado de autoria de Tales Roberto, enquanto o povo, em silêncio, examinava a sua consciência.

Em noite inspirada, Frei Manoel, iniciou a homilia lembrando que já se perdeu muito tempo com desavenças. Até guerras já foram travadas no campo religioso. Mas há um novo espírito: o ecumenismo, voltando-se às raízes. Para isso, há passos importantes: a tolerância que permite o diálogo, que gera o respeito, a confiança e a aproximação. E quanto mais próximos, mais unidos. É mentira dizer que se ama e presta louvor a Deus, quando não se ama e nem se convive com as pessoas.

“O nosso grau de amor com Deus, se mede pelo grau de respeito e amor entre nós” afirmou o frei. E entre nós temos muitas religiões. A saída é a tolerância e o respeito para um possível diálogo, firmes na convicção da fé e consciência religiosa bem formada, bem intencionada, sem fanatismo e sem posições radicais. Isso leva a um diálogo onde se compreende as razões da fé das diferentes denominações. Através da fé vem a necessidade da oração, que faz os corações se abrirem para Deus e o resultado será o diálogo, a aproximação, o crescimento das relações humanas, fraternas e cristãs, e, consequentemente, a unidade.

“Povo que reza junto permanece unido” falou o frei, repetiu o povo. Ao celebrarmos viemos buscar a força, a unidade para vivencia-la no dia-a-dia. A unidade perfeita da trindade fortalece nossa unidade. E quando provados, aceitamos o desafio, para fortalecidos louvar a Deus e suplicar-lhe o necessário, tanto nas boas horas quando nas horas amargas da vida. Jesus está à porta e bate, pois nosso coração só se abre por dentro. “Ninguém penetra em meu coração se eu não quiser. Quando eu der espaço, então você entra com tua amizade e nós vamos conviver” reafirmou o frei. Temos que viver abertos a Deus e aos irmãos e à vida. Quando me abro para as necessidades, estou me abrindo a Deus e seu Reino cresce entre nós. Jantar com Deus é estar em unidade com ele.

“Esta celebração é uma janta, onde o alimento é a Palavra, onde a mesa da unidade é a comunhão e participação” lembrou o frei. Isso nos compromete a continuar juntos, para que o desejo de Cristo aconteça: Pai, que todos sejam um. Tal seguimento exige renúncia, dedicação e tempo. Para aquilo que nós achamos importante também achamos o tempo e o jeito. Quando amor, justiça e paz estiverem firmes em nós o Reino de Deus vai crescendo e o resultado será a unidade, arrematou o frei.

Crianças católicas e luteranas oraram pela unidade e distribuíram uma lembrança. O coral da Paz entoou as canções: Cristo vai passar e De bons poderes.