“Oferecer-te-ei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom.” Salmo 54.6
“Diaconia, em parceria nos desafios urbanos”, foi o tema que norteou a diácona Angela Lenke, de Vitória/ES, nas palestras no Seminário Sinodal de Diaconia, do Sínodo Norte Catarinense, que aconteceu no Filadélfia Park Hotel, em São Bento do Sul, no dia 6 de julho. Com o vídeo “A cidade como é?”, a assessora provocou nossos olhares para as mazelas e contrastes de nossas cidades. Também a maquete feita especialmente para o seminário, pelas crianças do Projeto Missão Morro do Meio, serviu para conduzir o olhar ao que nos choca: a pobreza.
“Enquanto não experimentarmos a vida urbana, não sentirmos as necessidades, não saberemos o que é melhor fazer. No entanto, as necessidades estão à porta e como Diaconia precisamos nos fortalecer – a Igreja precisa de nós”; lembrou Angela. Fazer diaconia não é fazer assistencialismo. A diaconia deve denunciar o sofrimento, apontar caminhos e caminhar junto. Como fazer Diaconia? A metodologia de Jesus aponta caminhos. Ao cego Bartimeu, ele pergunta: “O que queres que eu te faça?”. Os dois que encontrou na estrada entre Jerusalém e Emaús, não questionou, simplesmente caminhou junto, os ouviu, falou das Escrituras e com eles teve comunhão de mesa. Angela também chamou a atenção para que os trabalhos na igreja não sejam feitos de má vontade, ou com julgamentos preconceituosos. Usando o “Posicionamento do Conselho Diretor da IECLB, sobre ‘Diaconia Evangélica – Síntese e Proposta’”, a assessora lembrou que diaconia se faz com ações de justiça, com formas de assistência, de solidariedade, de parceria e de ações políticas.
Trabalhando com diaconia, entramos todos em contato com as mazelas e dores mais profundas, com os corações rompidos e corremos o risco de também desabarmos seja emocionalmente, fisicamente ou espiritualmente. Por isso, o símbolo do seminário foi um coração rompido sendo costurado por duas agulhas que se encontram formando uma cruz. O símbolo foi confeccionado pelo grupo “Mãos preciosas”, da Paróquia de Schroeder, e foi entregue a cada participante. O símbolo nos lembra que, quando o coração estiver doído, a dor e o sofrimento surgirem, Cristo é o curador, o ajudador, o parceiro de caminho, é quem põe emplastro se preciso for e nos convoca novamente à vida. Na celebração final os participantes foram desafiados e desafiadas a não esquecerem de si mesmas, de alimentar-se para poder alimentar, cuidar-se para poder cuidar, abastecer-se para poder ajudar.
O pastor Cláudio Herberts e a esposa, a catequista Isolde, da Paróquia Apóstolo João, de Jaraguá do Sul, foram homenageados pela coordenadora do Departamento Sinodal de Diaconia, Valmi Ione Becker. O Pastor Cláudio é um grande incentivador da diaconia, mas a partir do final de 20013, o casal estará desenhando novas trajetórias. Que nesse novo e diferente tempo, o da aposentadoria, tenham bons e abençoados caminhos.
“ Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo faz enrugar a alma.” (Albert Schweitzer – pastor luterano e médico em Lambarene, na Áfrina.)