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Vou contar uma história
Que se encontra aqui na Bíblia
Quem a conta é Jesus
Ela derrama muita luz
Sobre a vida na família

Mas tem a ver com o todo
Do viver aqui no mundo
Que precisa ser direito
Que precisa ter um jeito
De um sentido bem profundo

A historia que Jesus conta
Começa mais ou menos assim:
Um homem tinha dois filhos
Um deles saiu dos trilhos
Agindo de um jeito ruim

Ele pede simplesmente
Que o pai reparta os bens
Não estava satisfeito
Em viver daquele jeito
Viveria como lhe convém

E o pai muito bondoso
Repartiu os bens entre os dois
O mais novo foi embora
Esbanjou, pôs tudo fora
Não guardou nada pra depois

Houve então naquela terra
Um período de muita fome
O rapaz foi trabalhar
Onde pensou em implorar
Pra comer o que porco come

Aí ele lembrou de casa
De como lá era tão bom
Que lá, como um empregado
Poderia ter seu ordenado
Sem nem poder pedir perdão

“Eu vou voltar para casa”
Foi o que ele então pensou
“Vou pedir pra ser empregado
Daquele pai tão adorado”
E para casa ele voltou

De longe, ao chegar em casa
O pai querido já o esperava
Os braços ele lhe abriu
E com ternura ele sentiu
Que o pai o abraçava e beijava

E o rapaz então lhe disse:
Pai, eu pequei contra Deus
E também contra o senhor
Não mereço mais o favor
De ser um dos filhos seus

Mas o pai que já estava
Com o coração cheio de perdão
Mandou que lhe trouxessem
Roupa, anel, sandália e dessem
Ao filho com a sua benção

E o pai na sua alegria
Uma grande festa preparou
E aos muitos convidados
Falou que este seu filho amado
Estava perdido, e se achou

Então o filho mais velho
Que trabalhava lá no campo
Ao ver toda esta festança
Toda esta música e esta dança
Pediu porque festejavam tanto

Um empregado lhe disse:
“Foi teu irmão que voltou
E teu pai com tanta emoção
Já lhe deu o seu perdão
E esta festa lhe preparou”.

O irmão nem quis entrar
Para participar do festejo
Veio o pai e disse que entrasse
E que da festa participasse
Como era o seu desejo

O filho mais velho então disse
“Pai, eu trabalhei tanto assim
Por todos estes longos anos
Tu faz uma festa pro mano
E nunca fez festa pra mim!”

“Você está sempre comigo,”
Então o pai respondeu
“Vem aqui me abraçar
E conosco festejar.
O que é meu, também é teu.”

“Era preciso fazer
Esta festa, meu filho amado
Pois este teu pobre irmão
Que está vivo, que está são
Estava perdido, e foi achado
(Louraini Christmann – Lola)