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Sim, lemos corretamente: para todas as pessoas!
Quantas vezes presenciamos que certas coisas são apenas para algumas pessoas. Por exemplo, a quem convidar para o aniversário? Vocês conhecem aquela frase na entrada do salão de festas: “O senhor tem ingresso?”; “Esta festa é somente para um grupo selecionado”. Conhecemos isso tão bem na nossa sociedade. E logo vem a pergunta: Porque há tanta coisa no mundo que separa as pessoas? Despedimo-nos nesse mês de Nelson Mandela que de maneira sábia, pacífica e reconciliadora empenhou-se para o convívio pacífico entre as pessoas que na África do Sul viviam separadas e estigmatizadas.
As palavras de Tito caem muito bem, também no Brasil, nesse Natal. Não apenas nós cristãos comemoramos o nascimento de Jesus Cristo, também muitos seguidores de religiões diferentes, e até pessoas sem religião.
Ninguém precisa sentir-se excluído e ninguém precisa excluir alguém. É para todos! Com o nascimento do menino Jesus foi manifesta de uma vez por todas a graça salvadora de Deus. Lutero formulou de maneira precisa: “Todas as crianças nascidas nascem para si mesmas ou para seus pais. Somente desta uma criança se diz que nasceu para todos nós. Para nós, nós – ouçamos bem! É nossa a criança, de todos nós, nascida para o nosso bem”. A palavra NÓS agora exige uma firme fé; porque se Jesus nascesse mil e milhares de vezes, e não tivesse nascido para nós nem se tornado nosso, com isso não nos ajudaria em nada”.
Isso mesmo, assim como a misericórdia de Deus – palavra formada pela junção de miserere (ter compaixão) e cor, cordis (coração) – assumiu forma humana, também todos nós somos convidados a sermos solidários, termos capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente e traduzir essa graça salvadora para nossas vidas. Deus salvou, colocou em ordem, uniu o que em nossas vidas estava em desordem e desunido.
Tito diz: se manifestou. Isto é presente, isto é um momento novo, isto é uma nova oportunidade de nos abrirmos para sentir a presença de Deus em nosso meio. Isso é motivo para agradecer e alegrar-se!
Antes de ir ou entrar na igreja, já sabemos: uma passada pela manjedoura de Jesus – como expressa tão bem o presépio montado com tanto carinho pelas senhoras de Luiz Eduardo Magalhães no oeste bahiano – nos fará muito bem!
Na singela manjedoura de Belém, sabemos hoje, quatro anos antes do cálculo oficial do início da era cristã, quase que invisível em meio a tanta luz e tanto comércio, repousa Aquele que, também historicamente, desde os tempos de Abraão é esperado por Sião, e que agora apareceu e da Virgem nos nasceu: Jesus, o Salvador!

Desejo a todos um Feliz e Abençoado Natal!