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Os sinais da primeira comunidade de Confissão Luterana na Grande Vitória surgiram com a reunião de algumas poucas famílias a partir de 1951 em suas próprias casas. O Pastor Siegmund Wanke, quando ainda era pastor da Paróquia de Domingos Martins, iniciou o acompanhamento e atendimento pastoral a estas famílias. Durante 16 anos (1953-1969), o pastor Wanke prestou serviços e ajudou a organizar a primeira comunidade.

Os cultos que antes eram realizados nas casas dos membros passam a ser realizados na Igreja Metodista (perto da Santa Casa de Misericórdia – centro de Vitória), que emprestava suas dependências para as realizações de cultos e outras programações. Este atendimento funcionou até 1959, quando foram doados dois lotes e comprado mais um no Bairro Ipessa. Ali foi construída uma capela de madeira inaugurada em 07 de junho. Em 1960 foi aprovado o primeiro estatuto da Paróquia Luterana de Vitória. Em 1967 foi iniciado o trabalho da Escola Dominical. Neste mesmo ano (16 de abril) foi feito o Lançamento da Pedra Fundamental da Igreja do Bairro Ipessa. A inauguração aconteceu em 1º de dezembro de 1974.

Em 07 de fevereiro de 1969 foi eleito o pastor Bruno Seibel. O mesmo permaneceu na paróquia até abril de 1976. Com o passar dos anos, o número de luteranos vindos do interior foi crescendo consideravelmente, especialmente por causa do grande êxodo rural durante os anos 70 e 80. Aos poucos foi surgindo a necessidade de serem criadas novas comunidades nos outros municípios da Grande Vitória, especialmente Cariacica e Serra.

Em setembro de 1969 apareceram os primeiros sinais da Comunidade de Campo Grande, no Bairro Santa Cecília. Em outubro de 1975 foi inaugurado o primeiro templo, que serviu à comunidade por mais de 20 anos. A partir de 1972 as primeiras famílias luteranas começaram a reunir-se no município da Serra, dando assim, início à Comunidade de Jardim Limoeiro.

Também a partir dos anos 70 as comunidades de Santa Leopoldina e Holandinha passaram a receber atendimento por parte da Paróquia de Vitória. Com a saída do Pastor Bruno Seibel em abril de 1976, assumiu o trabalho por um breve tempo o Pastor Adelário Gert Müller. Já em novembro de 1977, o Pastor Heitor Meurer iniciava seu trabalho na paróquia, permanecendo até dezembro de 81. Em agosto deste mesmo ano iniciou seu trabalho o P. David Natzke, que permaneceu até 85. Em 1982 surgiu o segundo pastorado, com residência na Comunidade de Campo Grande e em 1991 o terceiro pastorado com residência em Jardim Limoeiro.

Em meados de 1985, assumiu o trabalho pastoral, o P. Geraldo Graf, que permaneceu até início de 1993. Já em meados de 1993 veio o pastor Guilherme Lieven que permaneceu até abril 2000. Atualmente o trabalho pastoral está a cargo do Pastor Derly Foerste que assumiu o trabalho pastoral oficialmente em maio de 2001.

Com o desmembramento da Paróquia de Vitória em agosto de 2000 em três paróquias (Vitória, Vila Velha e Serra), a paróquia de Vila Velha atualmente está composta por três comunidades. Além da Comunidade Bom Pastor, no Bairro Ipessa, temos a Comunidade Martim Lutero em Guarapari, cujos primeiros sinais surgiram em maio de 1980. O início desta comunidade também surgiu a partir de encontros, cultos e estudos bíblicos em casas de membros da comunidade. Em maio de 1994 foi inaugurado o templo da comunidade. A partir do ano de 2002 iniciou-se um trabalho de atendimento a membros da comunidade de Guarapari que residem em Anchieta e outros municípios do litoral sul.

Já a Comunidade Seara do Senhor, no Bairro Soteco, foi iniciada a partir de um bom número de famílias, membros da Comunidade Bom Pastor, residentes nas imediações. Após um trabalho de Ponto de Pregação por vários anos, as famílias organizaram-se em comunidade em março de 1988. Atualmente a comunidade reúne-se em um terraço da casa de um membro da comunidade. Um terreno já foi adquirido com o objetivo de iniciar a construção do templo e salão comunitário.

Um dos desafios da Paróquia para os próximos anos é estar mais próxima dos membros. Com o crescimento das cidades da Grande Vitória, muitos membros, especialmente os novos que ainda estão chegando do interior, encontram-se afastados do centro e só lhes sobra a periferia. Neste sentido, pretende-se dar ênfase à criação de núcleos de membros (pontos de pregação), para que eles tenham um local de encontro, além da comunidade. Para isto, o atendimento aos membros na Grande Terra Vermelha foi retomado no ano passado, e pretende-se nos próximos meses iniciar um novo ponto de pregação em Itapuã, na Casa da Praia.

por Derly Foerste