O CEFAPP – Centro Evangélico de Formação e Assessoria à Pastoral Popular foi o palco pra 35 participantes celebrarem sinais de vida a partir de um grande desafio concreto: Jejuar para valorizar o dom da vida.
A radicalidade da coragem do se distanciar da vida normal e se abster de algo que não é extremamente necessário, ou aquilo que nutricialmente não precisamos, que abusamos ao consumirmos em excessos faz com que mentalizemos uma conduta diferencial. E a prática é a maravilha de uma descoberta: a valorização radical de uma vida possível a partir do simples e daquilo que a própria natureza coloca como possibilidade diferente do que o consumismo exagerado.
Segunda-feira fomos chegando de diferentes comunidades da Região Nordeste do RS e do Oeste de Santa Catarina. Pessoas que em geral nem se conheciam. Foram hospedados por quartos de afinidades e ou de localidades de origem. Cada um e cada uma bem a vontade: água para chimarrão, chuveiros, banheiros e muita coragem.
Acolhidos fomos pela Equipe Coordenadora montada por Terapeutas Alternativos com mais de duas décadas de experiências em Jejuns e Alimentação Alternativa saudável. Os primeiros sucos e a necessidade de ingestão de muita água. Atividades lúdicas e muita integração foram nossa recepção.
Coube ao Coordenador de Formação e Diaconia do Sínodo Uruguai dirigir a meditação de abertura baseados nas leituras bíblicas do Domingo (Jonas 3:1-5,20 e Salmo 62:5-12) mas mui especialmente o trabalho interativo do Evangelho de Marcos 1.14-20. Neste somos perguntados/as pelas reais chances de nos tornarmos pescadores/as de gente no meio de tanta comida, de exageros e extravagâncias e para um mundo onde se passa fome por causa da má distribuição dos alimentos e de sua falsa ingestão em doses e formas sem concretritudes de políticas públicas de inclusão e de geração de cidadania plena em construção.
Esta forma de enxergar reais chances de mudanças a partir do jejum, da reeducação alimentar com uso de terapias radicais de desintoxicação do organismo humano é um presente que podemos nos dar e que experimentamos na semana.
Jogos de integração, muita conversa de apoio, palestras e vídeos de colegas que propuseram diferenças preencheram plenamente o tempo até a despedida na sexta-feira com o desjejum de um belo ato de despedida regado pelo iogurte da vida, seiva especial com muitas e saborosas frutas preparadas com carinho pelas terapeutas Cleci Teresinha Koch (Erval Seco) e Marlene Zizemer Gaede (Itaiti). Sem este apoio fundamental não teríamos nos apropriado do presente e da luta continuada por uma alimentação saudável e integral.
Na quarta-feira a tardinha recebemos uma querida visita: o trio de animação da Comunidade Evangélica de Iporã do Oeste (Ivonete como passageira de Táxi, Lélia como motorista e o Júnior ao violão) para animação e muita descontração. Voltem sempre apresentem-se ao venerável público!
Ficou para trás um encontro formidável. Muita musicalidade do violão de uma integrante de Itapiranga. A fala e saudação do Novo Pastor Sinodal do Sínodo Uruguai, P. Jair Luiz Holzschuh, baseado no Devocionário Semente de Esperança para o dia 29.01 – Pessoas Invisíveis nos motivaram a reflexões especiais da caminhada e deste jejum. A conversa acerca da água que bebemos e consumimos foi tratada pelos médicos veterinários Luiz Alberto e Clari de Chapecó. Sem falar das orientações sábias e costuras realizadas sempre de novo pela terapeuta Marlene com o tema de como vai nossa saúde.
A avaliação dos participantes foi muito positiva. Os agradecimentos não cabem no esplendor do coração de quem participou com objetividade e desprendimento. Aspectos negativos pouco encontrados. Apenas boas sugestões para monitorar próximos e futuros encontros desta natureza.
A meditação de encerramento foi dirigida pelo Prof. Arri Koch que baseou sua fala no tema Oração: o Suor da Alma – ligando com os desafios concretos da comunhão deste Retiro com nossa espiritualidade na construção de um novo mundo possível, graças a boa intervenção humana baseada na fé. Sem fé e construção de teias de esperança fica difícil ir adiante com o que aprendemos neste Jejum e nesta desintoxicação, afiançou.
Ao expressarmos esta gratidão lembramos com carinho de quem começou este trabalho e conseguiu chegar a sua 26.ª Edição. Mais do que Bodas de Prata de uma iniciativa e sinal de que é ainda possível encontrar caminhos possíveis para a integralidade da criação das filhas e filhos de Deus.
Novos convites virão para tecermos teias desta grande corrente necessária para a constituição de uma vida plena e boa conforme a vocação do Evangelho do Reino, proposto pelo Nazareno, Jesus Cristo.
Palmitos, 01 de fevereiro de 2015.
Pelo Conselho Sinodal de Formação e Diaconia do Sínodo Uruguai