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Aconteceu na Judéia, terra do povo de Deus… Um menino colecionava sementes, diversas e variadas. Não só juntava, mas também plantava. Seu nome era TOBIAS. Certa manhã chegou à beira do rio e lá plantou uma semente de cipreste, um tipo de pinheiro do oriente. Vez por outra, ano após ano, visitava o seu cipreste, que cresceu. Tobias também cresceu. Apaixonou-se, casou, formou família. Das árvores que plantou, colhia seus frutos. Segundo sua necessidade, derrubava uma ou outra árvore para melhorar sua morada. Mas, fazia isso de maneira consciente, na medida, sem desperdício. O seu coração dizia: Deus colocou o mundo ao nosso dispor. Precisamos cuidar e usar, sem abusar. Assim chegou o dia do cipreste. De sua madeira seria feito o quarto do menino mais moço. Derrubou a árvore, serrou e preparou as tábuas e vigas. Contudo, sobrou muita madeira. Além, de sua previsão. Agradeceu a Deus pela abundância e consagrou a sobra ao serviço de Deus. Algumas semanas depois bateu à sua porta um humilde camponês de Belém. Ele disse: Está chegando o inverno e meus animais estão no tempo. Preciso construir uma pequena estrebaria. Gostaria muito de ter um coxo adequado para alimentar minha criação. Tobias, de coração, doou a madeira necessária ao projeto. Depois de mais algumas semanas, recebeu uma boa nova de Belém. Todos comentavam que lá, numa estrebaria havia nascido um menino especial, que recebeu muitas visitas, inclusive de reis orientais. Todos diziam: É o Salvador! Tobias, ouvindo tais relatos, ergueu sua voz aos céus em gratidão, dizendo: Cipreste abençoado que serviu ao Senhor! Passaram-se muitos anos. A madeira estava empilhada no galpão. Tobias foi, então, para Cafarnaum visitar parentes. Um primo distante compartilhou suas dificuldades. Era pescador, porém seu barco estava caindo aos pedaços. Tobias se prontificou a ajudar, doando algumas tábuas para reparar o casco. Alguns dias depois o primo veio lhe visitar com o rosto brilhando de alegria. Meu barco, disse ele, carregou um moço chamado Jesus. No meio do Mar da Galileia, uma tempestade nos pegou de surpresa. Temi pela destruição do meu barco. Temi pela minha vida. Mas, Jesus levantando-se e ordenou ao mar que se aquietasse. Houve paz… Também no meu coração. Tobias emendou: Ao ouvir tal relato também sinto paz no meu coração. Sussurrou baixinho: Deus seja louvado pelo cipreste que serviu a Jesus! Passaram-se mais dois anos, quando soldados bateram à porta de Tobias. Ele ficou muito assustado. O que o exército quer de mim? Chegou ao quartel a notícia de que você tem um estoque de vigas no seu galpão, as quais pedimos que nos entregue. Com todo respeito, Tobias perguntou para que seriam usadas as vigas. O susto foi ainda maior quando soube que, naquelas vigas, seriam pendurados criminosos. Em silêncio orou, pedindo paz ao seu coração por participar de tragédia tão grande. Pediu também paz aos malfeitores que ali encontrariam sua morte. Pediu que o cipreste trouxesse bênção… Depois de alguns dias, o comandante voltou à casa de Tobias relatando que… “Verdadeiramente ele (Jesus) era Filho de Deus” (Mateus 27.54). Ele morreu perdoando seus carrascos. A notícia que muitos desejam esconder, mas aconteceu: Ele ressuscitou! Tobias encheu seu peito de alegria e disse: O cipreste cumprimentou seu propósito junto ao Salvador. Glória a Deus! LIÇÃO: Tudo o que existe neste mundo é criação e tem um propósito definido por Deus. Como “coroa da criação”, cabe às pessoas procurar a harmonia, onde tudo seja usado para a glória de Deus. Se houve falhas no decorrer deste ano, que o período de Advento, Natal e Virada de Ano seja o tempo de reflexão, com propostas de mudança, de nova vida. Que Deus nos abençoe. Amém! Leia 1 Timóteo 4.4-5.