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Se não pudermos fazer grandes coisas, façamos com grande amor as pequenas coisas (Madre Tereza de Calcutá). Foi com essa frase que a Diácona Ângela Lenke deu início em 07/03/16, à primeira palestra sobre a doença de Parkinson, proferida pelo neurocirurgião Dr. Andrei Koerbel, passando a palavra para o Pastor Germânio que deu uma breve meditação sobre Mateus 4-23.25. Explicando que a cura vem de Deus, Ele criou a ciência, deu sabedoria as pessoas que se dispõem a estudá-la, trazendo-nos os benefícios. E que devemos fazer bom uso dos benefícios para termos qualidade de vida. Jesus disse: Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância (No 10.10).

Dr. Andrei deu-nos uma explicação sobre o implante do DBS (Deep Brain Stimulation), ou Estimulação Cerebral Profunda em português.
O DBS é uma terapia reversível que pode oferecer aos pacientes de Parkinson controle contínuo dos sintomas relacionados aos movimentos, 24 horas por dia. Além disso, o DBS pode ser ajustado e personalizado para gerenciar da forma mais eficaz os sintomas motores específicos de cada indivíduo.

Também compareceu um profissional da Empresa Delta Medical de São Paulo que patrocinou os custos com o evento, especialmente para dar explicações sobre o uso dos aparelhos, desenvolvidos para auxiliar pessoas acometidas com a doença, melhorando a qualidade de vida.

Acredito que o tema da palestra interessou a todos que participaram. Conforme as dúvidas surgiam, Dr. Andrei, gentilmente esclarecia.

Compareceram ao evento em torno de 90 pessoas. Dentre elas muitas com a doença, amigos, familiares, cuidadores e profissionais da área da saúde, ouviram atentamente, quando então para não extrapolar o horário estipulado Ângela agradeceu a presença, convidando todos para uma agradável confraternização no salão da Igreja, com direito a um coffee Break, onde puderam continuar o assunto. Demais reuniões acontecerão no decorrer do ano, sempre na primeira segunda-feira de cada mês, no horário das 19:30 às 21:00 horas, temas e palestrantes distintos.

Deixo aqui um pequeno depoimento como fui acometida pela doença, e porque das reuniões: Sou Edite, fui diagnosticada com essa doença Neurológica, quando tinha 31 anos de idade , hoje com 53 anos. Submeto-me a todos os tramentos que surgem com o avanço da ciência, que ajudam bastante, mas infelizmente ainda nenhum deles trouxe a cura. A doença continua avançando, trazendo muitas limitações, o que me impede de exercer as atividades da forma que gostaria, contudo, aprendi a conviver com as limitações. Parei de trabalhar e resolvi me dedicar aos trabalhos diaconais em nossa Paróquia, para isso participei o curso Multiplicadores de Diaconia, também participei de vários seminários, quando posso ainda participo. Ao longo dos anos conheci várias pessoas com a doença. Percebi a necessidade de informação sobre assuntos relacionados à doença. Mesmo com tanta informação que a tecnologia nos proporciona, ainda tem muita gente, principalmente os idosos não sabem ou não conseguem manusear o computador. Quando somos acometidos com determinada doença, tornamo-nos mais sensíveis, nos compadecendo com as dores do próximo. Aprendi muito com o Curso Multiplicadores de Diaconia. Coloquei minha fé em ação. Com a ajuda de Deus através de minha família e pessoas que com boa vontade se dispuseram a ajudar com seus dons e talentos, organizamos esse evento. A Diaconia formou um grupo chamado GAPP (Grupo de Apoio às Pessoas com Parkinson) para recepcionar e atender necessidades dos participantes.

Em sua soberania e graça, Deus não desclassifica ninguém pelo fato de possuir alguma deficiência. Fomos criados a Sua imagem e semelhança. Jesus não alimenta nossas ilusões humanas, mas prepara-nos também para as dificuldades.