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Sei que vai causar estranheza o que vou dizer, mas mesmo assim, sou impelido a fazê-lo: a gente só descobre o NATAL por conta do que aconteceu na PÁSCOA! A maioria dos teólogos calam a este respeito. Vem, pois, comigo refletir: a Páscoa, para os discípulos e discípulas de Jesus, foi o fim de tudo que sonhavam em relação ao mestre. Pessoas chorando sua morte. Homens fortes e valentes, num piscar de olhos, tornaram-se fracos e carentes. Esse é o relato da Bíblia que já começara na entrada “triunfante” em Jerusalém do “REI”… montado em um burrinho! Sim, as pessoas esperavam um grande rei, segundo os anseios e expectativas do que elas achavam que era um rei. Vejo hoje em muitos lugares hinos que ainda falam do grande rei, com poder, com exército… até igreja tem como nome de exército! Nada mais ridículo nesta identificação de Deus com poder humano do que as pinturas de Jesus com uma capa vermelha, símbolo de pessoas importantes do Império Romano. Império e poder que o levaram à cruz. Sim, a Páscoa acaba com todos esses sonhos de poder. O Cristo crucificado interrompe os gritos de glória e aleluia da entrada triunfante! Os buracos nas mãos e pés, a ferida do seu lado, nos chamam de volta para a realidade. A frase de Jesus “olha e vê” começa a fazer sentido. Quando as discípulas o encontram ressuscitado e contam aos outros, se inicia o que podemos chamar de metanóia, de conversão: Deus não é mais o que achamos dEle, mas Ele mesmo nos diz quem é! E aí voltamos para o Natal. Descobrimos que lá no início Ele já era o filho do Pai que havia nascido por conta de nossos pecados. Olhamos e começamos a ver. Mas o entendimento do amor tem seu tempo. Ainda hoje queremos enquadrar Deus nas nossas expectativas. O Natal está novamente chegando para nos chamar de volta à realidade. Deus desceu para o mais pecador de todos. Lutero, aliás, já afirmara: quanto mais fundo estiver um ser humano, quanto mais desesperado, quanto mais desprezado, é dele que Deus se compadece e é por isso que acontece o NATAL. É que Deus desce não para aqueles que estão subindo no seu orgulho de se acharem os melhores, os mais religiosos, os que merecem recompensa, os que merecem o nome mencionado nas colunas sociais. Penso em uma cena e a acho cômica: pessoas que, contando os seus méritos, galgam degraus acima e, no meio da escada, são surpreendidos por Jesus que está descendo. E o pior, Ele não para! Ele continua descendo, pois não veio para os JUSTOS, mas sim para os PECADORES. Emanuel, Deus conosco está. A terra é o seu lugar. Pra ti que errou e erra: vem e desce o SALVADOR. Que o Deus Menino renove em nós o poder do amor e destrua o amor ao poder, que tanto nos causa mal. Um abençoado Natal para todas as famílias de todos os jeitos, lembrando que não é o tamanho da festa que conta, mas o significado dela para nossas vidas. Que o DEUS QUE DESCE, EMANUEL, nos acompanhe também ao merecido descanso das férias. 

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