Participo da vida em comunidade na IECLB desde bebê. Do Culto Infantil passei pela confirmação, e logo em seguida já comecei a participar do grupo de jovens. Conforme cresci, a vontade de conhecer novas pessoas, de compartilhar visões, e de absorver experiências aumentou. Já na juventude, procurei por programas de intercâmbio que me proporcionassem algo parecido. Quando soube do programa de intercâmbio da IECLB com a Igreja da Suécia, vi naquela oportunidade uma chance de viver a fé em outro país. Ser cristão é, entre outras coisas, acreditar em um Deus que une pessoas através de seu amor. Essa união ultrapassa barreiras geográficas, culturais e linguísticas, formando um corpo que é único, mas mesmo assim rico em diversidade. Foi exatamente assim que aconteceu durante os três meses na Suécia.
Com base em minhas reflexões pessoais, acredito que o contato com as pessoas foi a experiência mais enriquecedora de todo o período. Nenhum ponto turístico é capaz de substituir a troca de vivências com irmãos de fé. A chegada foi tímida, cheia de expectativas e de impressões, causadas pelo que pensei sobre o lugar e as pessoas. Posso dizer que cada encontro moldou um pouco mais a ideia que eu tinha de fé e de sociedade. Nem todas as conversas foram sobre coisas boas, afinal vivemos em um mundo que enfrenta crises, problemas políticos e sociais. Isso não é exclusividade do Brasil, mas está presente na rotina de todos os participantes da Costa Rica, África do Sul, Tanzânia, Botswana, Filipinas, e também na Suécia. Não solucionamos nenhum dos grandes problemas mundiais, nem saímos do intercâmbio com ideias geniais para mudar o mundo. No entanto, o que posso dizer é que a minha esperança aumentou.
Encontrar pessoas que nos inspiram com suas histórias nos faz acreditar em uma grande mudança, feita por pequenas ações. Somos jovens e temos a energia e o potencial de promover a justiça e o amor onde vivemos, em nosso contexto. Pela graça, somos livres para mudar. Uma experiência como essa nos faz perceber que não estamos sozinhos e temos irmãos por toda parte. Conectad@s, somos combustível que alimenta um amor maior. Já diria um dos hinos mais cantados por nós, participantes do intercâmbio de 2017: “Caminhamos pela luz de Deus, caminhamos pela luz de Deus”. Em todas as línguas, todas as partes do mundo, vamos cantar do amor.