Caros Membros e Amigos da Paróquia de Santos!
Estava na Paróquia de Santos quando de noite o telefone tocou e uma mulher consultou sobre a possibildiade de alugar o salão da Paróquia para uma fesa de aniversário. Confirmei positivamente e após informar o preço passei a consultar a agenda acerca da data requerida, vendo que esta ainda estava livre.
»Que legal! Você pode me reservar esta data?«, perguntou a mulher. »Posso, sim, mas você precisa dar um sinal para garantir a reserva«, respondi. O procedimento foi aceito prontamente e já no dia seguinte o sinal foi pago, dando segurança para ambas as partes sobre o aluguel do salão.
Pode ser um exemplo banal do cotidiano mas é exatamente o que Deus faz conosco. Quando nos sentimos inseguros sobre o seu Reino e sua vinda ele nos responde assim: »Já dei um sinal para vocẽs com o sacrifício do meu filho! Este sinal me compromente eternamente com vocês e liga vocês seguramente a mim – mesmo que nem tudo está visível no momneto. Não posso voltar atrás, o preço foi alto demais. Abraçem este sinal e vivam uma vida de fé e esperança!«
Assim como escreve Paulo no texto da prédica para este domingo: »E não somente o Universo, mas nós, que temos o Espírito Santo como o primeiro presente que recebemos de Deus, nós também gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos que Deus faça com que sejamos seus filhos e nos liberte completamente.« (Rm 8,23)
Saudações até domingo!
P. Guilherme Nordmann
Agenda de Cultos e Atividades:
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Plantões na Igreja todas as Terças, Quartas e Quintas-Feiras das 9:00 às 13:00 h | |
Domingo
23/07/2017 7º Domingo após Pentecostes |
10:00 h: Culto com Santa Ceia (P. Guilherme)
Texto da prédica: Romanos 8,12-25 |
Domingo
30/07/2017 8° Domingo após
Pentecostes
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10:00 hs: Culto com Santa Ceia (P. Guilherme) Texto da prédica: Mateus 13,1-8.18-23 |
Palavra da Semana – Para nossa reflexão
Muito depende da questão onde amarramos nossa fé. Sem um ponto firme fora de nós, o nosso ser cristão será um assunto muito incerto. Até ser amarrado, o navio do meu ser cristão permanece à deriva no mar das minhas atividades, no mar das autossugestões, das emoções, das experiências e das próprias decisões. A pergunta, pois, é: Como alcançamos a certeza de que de fato somos cristãos?
Quero lhes contar uma estória. É a estória de alguém que ansiava por um ponto no ancoradouro em que ele pudesse amarrar a sua vida. É a história de um rapaz que vive num orfanato. Seus pais são desconhecidos – ele é órfão de pai e mãe. Essa é a triste situação de sua vida. Seu comportamento exemplar no orfanato também não consegue alterar esta sua condição. Ele se sente como um objeto que o mar jogou na praia. De vez em quando ele fica sonhando, imaginando que seus pais, em algum lugar, estejam ainda com vida. Nas brincadeiras com seus colegas ele muitas vezes é um príncipe, invejado por todos, esperando por uma grande herança. Na vida real, infelizmente, os seus sonhos não importam. E ele continua sendo o que é: um rapaz sem mãe, sem pai e sem família.
Certo dia, porém, um jovem casal visita o orfanato. Eles se aproximam do menino, conversam com ele, o cumprimentam como se há anos já o conhecessem. “A partir de hoje você tem um novo lar”, diz o homem. O rapaz não entende. “Você não é mais órfão”, completa a mulher. O rapaz ainda não entende nada. “A partir de hoje, você é nosso filho. Você quer? Nós o adotamos”.
O rapaz custa a acreditar o que está ouvindo. Sua situação, de repente, mudou totalmente – sem que ele tivesse feito qualquer coisa. Nem foi perguntado. Nada fez. Algo aconteceu sem que ele tivesse tido participação. Ele, agora, está numa condição legal completamente diferente. Ele não é mais órfão. Sua vida recebeu um ponto de apoio fora dele mesmo – agora ele pode amarrar sua vida neste apoio. Com certeza ainda vai demorar algum tempo até que ele possa, de fato, assumir esta sua nova vida, até perder a sensação de ser órfão, até aprender a lidar com sua nova liberdade, até conseguir uma comunhão íntima com seus novos pais. Mas eles lhe concederão o tempo e o carinho necessário para tal. Lentamente ele virá a ser o filho, que ele legalmente já é desde a adoção.
Talvez possamos sentir um pouco a admiração e a surpresa deste menino órfão quando ouvimos o que Jesus, em nome de Deus, nos diz: “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi”. Esta frase tem validade eterna e vale para cada um de nós. Em nossas vidas aconteceu algo extremamente importante: Deus decidiu-se por nós. Ele quer fazer de nós seus filhos amados. Esta decisão Ele tomou sem a nossa participação e muito antes de nós podermos respondê-lo. Ele também não perguntou pela nossa opinião a seu respeito. Ele apenas nos revela sua decisão: Somos seus escolhidos. E esta decisão e escolha é irrevogável. Em Jesus Deus veio até nós para nos dizer: “Eu escolhi vocês. Agora vocês têm por destino serem meus filhos e minhas filhas. Não pensem pouco de vocês. Vocês não são objetos que o mar do acaso lançou na praia. São filhos do Rei, herdeiros do meu Reino, predestinados por mim, o Eterno Deus!”
Do Curso Básico da Fé