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Berta passou a vida inteira explorando seus empregados. Exigia muito e pagava pouco. Assim enriqueceu. Não dividia nada com ninguém. Tivera 4 esposos que morreram ou foram embora por aguentar seu estilo de vida. Tivera 4 filhos, mas nenhum queria saber da mãe. Por fim, na velhice estava sozinha numa Casa de Repouso. Apesar de bem cuidada era pouco amada, pois só resmungava. De sua boca, não saia uma palavra de bem. Debaixo do travesseiro ela guardava uma pequena caixa de madeira toda adornada. Era o seu tesouro. Mas, ninguém sabia direito o que havia dentro. Certo dia apareceu a Beti, cuidadora destinada a olhar exclusivamente àquela mulher mesquinha. Beti era cristã. Com responsabilidade e amor zelava a idosa. Com o tempo, um pequeno elo se formou. A cuidadora notou que, sempre antes de adormecer, Berta admirava o conteúdo de sua caixinha, noite após noite. Certo dia, a velhinha se abriu: Quando jovem tudo era diferente. Todos se curvavam diante de mim. Todos os homens me desejavam. Comprava e tinha tudo o que queria do bom e do melhor. Conheci o mundo. Hoje só me restam essas joias, que lembram as minhas festas… Que me alimentam nesses últimos dias de vida. Beti ouvia com atenção e espanto. Disse em seguida: Eu também tenho uma caixa de joias. Gananciosa, a idosa já questionou: Onde está? Deixe me ver se são melhores do que as minhas. Beti retirou da bolsa a Bíblia. Vou lhe mostrar agora uma preciosidade. Abrindo em 1 João 5.12 leu: Quem tem o Filho (Jesus) tem a vida! Assim a cuidadora foi repartindo com a amiga suas joias. A idosa somente agora dava tempo à questão espiritual. Só agora entendeu quem é Deus. Então, ela abriu seu coração, aceitando Jesus. Naquele momento começou a ajuntar outro tesouro, nos céus. Meses depois faleceu, em paz, vivendo seus últimos dias como uma nova criatura.