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Culto da Paróquia Bom Samaritano IECLB em Ipanema, Rio de Janeiro, RJ
Com a participação do Marilia Schüller (voz), Lélia Brazil (flauta), Álvaro Protásio (violão) e do P. José Kowalska

Somos comunidade cristã, mesmo que neste tempo não possamos estar juntos presencialmente. Continuamos a celebrar a Páscoa. Festejamos a nova vida conquistada por Jesus Cristo. Porém o mundo não vive de forma completa a nova realidade.

Pregação baseada no Evangelho de Lucas 24.13-35
A crise se faz presente, as esperanças são perdidas, o que fazer? Como continuar? Em quem confiar?
Será que não lembram da sua fala? Será que só sabiam, mas não entendiam? Pois, não adianta saber, nem sequer ter o conhecimento se não se tem sabedoria. Aplicar o conhecimento prévio, isso é sabedoria. Talvez as palavras não foram claras, talvez foram usados termos muito técnicos. Quem sabe, porque a maioria dos seus seguidores não conseguiram entender. Os sinais foram dados, as palavras saíram da sua boca e mesmo assim, não foi possível prever o que aconteceria.
Cabisbaixos, tristes, quase sem forças, procuram seguir a sua vida. Como seguir adiante se tinha sido colocada tanta esperança? Agora sim, diziam crentes, as coisas serão diferentes. O povo poderá viver melhor! Mas, tudo acabou da forma mais triste e humilhante. O que fazer quando o sonho se desvanece? Muitos procuram voltar ao entre aspas normal. Seguir a sua vida, engolir o orgulho, fazer de conta que não o seguiam, colocar os anseios e as esperanças em outra pessoa. Talvez o próximo, esse sim será melhor.
Nunca é tarde para recapacitar, rever atitude e gestos.
E justamente é voltando a falar, é revendo gestos que as coisas se entendem melhor. Não é mais momento para ficar triste ou cabisbaixo. Deus mesmo vai ao encontro. Primeiro se coloca ao lado das pessoas, as acompanha, as escuta e se torna empático. Deus é tão bondoso que não xinga, nem reclama. Ao contrário, Deus dá tempo ao desabafo, escuta as incompreensões, e como maestro dedicado procede a explicar tudo de novo e desde o início. Mesmo assim, não é na fala que eles redescobrem a Deus, é no gesto, é no serviço, é no partilhar que os discípulos sentem a Jesus.
Pode parecer uma história que aconteceu faz tanto tempo. Mesmo assim, nós, hoje, somos pessoas convidadas por Deus para recapacitar, rever atitude e gestos. Estamos no tempo propício para redescobrir a Deus agindo em nossas vidas e ao nosso redor. Vivamos a Páscoa, a vida que triunfa sobre os sinais de morte!

Fiquem em paz, vivam a mensagem da Páscoa e sirvam ao Senhor!