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Culto feito em mutirão, com a participação do Almiro Wilbert (voz), Lélia Brazil (flauta), Ana Sophia Kowalska (flauta) Álvaro Protásio (violão), Eder Targino (piano), P. José Kowalska e do Coral Bom Samaritano

Pregação baseada em Atos 2.42-47
Prezados irmãos, prezadas irmãs em Cristo.
Nos dias de hoje temos diante de nós um desafio imenso: Como viver como comunidade de fé?
Ainda não nos podemos reunir. Aquilo que era impensável na Paroquia Bom Samaritano já está acontecendo por sétima vez seguida, não temos culto em nosso templo. Uma comunidade que nunca deixou de ter culto aos domingos, é forçada a não se reunir dominicalmente. Por enquanto, não é possível congregar-se. Será que estamos perdendo nosso jeito de ser Igreja? Como continuar a alimentar a fé, a esperança e o amor numa situação semelhante?
Podemos olhar para aquela primeira comunidade cristã, a igreja formada em Jerusalém. Essas pessoas procuravam manter sempre o essencial para seguir adiante. E essa essência tem permitido as comunidades de fé permanecerem como parte da Igreja, corpo de Cristo.
Diante de tantas opções, dúvidas, caminhos, os primeiros cristãos perseveravam nas suas relações. Seguindo a Cristo, as primeiras pessoas cristãs souberam que sozinhas não conseguiam muito. É muito importante perseverar em nossos relacionamentos, seja com Deus ou com as pessoas ao nosso redor. A própria vivência humana ensina isso, porém muita gente se esquece disso. Outro dia voltei a ouvir que a diferença entre seres humanos e os outros animais é o cuidado. Um animal com uma perna fraturada não tem chance de sobreviver na natureza. Mas, nós somos seres humanos porque cuidamos da pessoa que se fraturou. Nossa sociedade permite que os ossos cicatrizem.
A primeira comunidade perseverava naquilo que lhes foi ensinado. As suas crenças seguiam os ensinamentos dos apóstolos, quer dizer, aquilo que os discípulos tinham aprendido do próprio Jesus. As pessoas lembravam o que tinham aprendido e diante de novas situações, aplicaram o conhecimento prévio para continuar a existir como comunidade de fé. Uma e outra vez, surgem desafios, mas uma e outra vez, as pessoas são lembradas do ensinamento de Jesus.
A primeira comunidade perseverava na comunhão. Naquela época primava o presencial. Até faz pouco tempo também era assim entre nós. Porém, a pandemia nos fez lembrar da importância do contato com a outra pessoa. Por isso, uma infinidade de aplicativos estão sendo usados. As pessoas estão se comunicando a pesar do distanciamento social. Cultos são gravados, orações enviadas, saudações ou parabéns falados através da tecnologia. Hoje mais do que nunca nos demos conta da importância de lembrar das outras pessoas.
Em tempos de crise, seja pessoal ou social, além do contato com familiares ou amigos, as pessoas também sentem necessidade de outro contato. Em tempos de dificuldades, somos lembrados do contato com Deus. Nossa existência é revisada e voltamos a nos dar conta de que sozinhos, sozinhas não podemos. Por isso surge a perseverança na oração, no louvor, no gesto de amor. Precisamos do contato divino para sermos humanos. Não precisamos somente do cuidado de nossos ossos fraturados, precisamos cuidar também da nossa alma. É por isso que, por exemplo, você está vendo este vídeo ou segue as orações da manhã e da noite que o Sínodo Sudeste propõe.
Convido a que perseveremos, como indivíduos, mas principalmente como comunidade de fé. Perseveremos na busca de bons relacionamentos com Deus e com nosso próximo. Perseveremos na fé que Deus nos dá. Amém.

Bênção e envio
Que Deus toque seus olhos, para que possa enxergar;
Toque seus ouvidos, para que possa ouvir;
Toque sua boca, para que possa levar adiante a sua mensagem;
Toque suas mãos, para que possa servir com disposição;
Toque sua vida, para que o Espírito Santo possa-lhe envolver;
Toque seu coração e lhe permita sentir seu amor.
Assim lhe abençoe Deus, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Vivam como pessoas abençoadas por Deus, perseverando na fé e no servir. Demos graças a Deus.