Jesus diz: “O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a farinha”. Mateus 13.33. Jesus, um grande pedagogo explica aos seus amigos como é o Reino dos Céus. E para tanto, usa uma atividade exercida somente por mulheres na época. Parece que Jesus conhecia muito bem essa atividade, uma vez que convivia com mulheres, (muitas delas discípulas) e valorizava a atividade das mesmas.
É interessante observar o papel do fermento na massa do pão. Não é possível ver o fermento na massa. Mas podemos perceber o que ele faz na massa. Podemos comparar o fermento com as ações de mulheres da OASE que fazem a diferença na vida de tanta gente. Em Vera Cruz – RS, mulheres da Comunidade Evangélica são fermento na massa desde junho de 1916, quando participavam junto da OASE na Comunidade em Santa Cruz do Sul com o objetivo de aprender a coordenar um grupo. Da mesma maneira como a dona de casa sonha muito antes de como sairá o pão até que ela toma a atitude de fazê-lo. Quem sabe, quanto tempo antes de 1916 o fermento já não estava levedando a vontade de ser OASE em Vera Cruz!
Nesse sentido, em plenos tempos de Pandemia Global em decorrência da Covid 19, mulheres da OASE da Comunidade Evangélica de Vera Cruz e pessoas amigas da OASE fizeram um mutirão para a confecção de máscaras para o Posto de Saúde da cidade, bem como para membros e para quem delas necessitasse. Foram muitas meninas mulheres, cada uma na sua casa colocando suas habilidades em favor da vida.
Feita a entrega e distribuição das máscaras, o fermento da fé ainda instigava as meninas mulheres diante do caos estabelecido em decorrência da pandemia e a grande estiagem: “Podemos e precisamos fazer mais em favor do próximo”! Trocando ideias aqui e ali, decidiu-se mobilizar a Comunidade Evangélica com seus departamentos (Casais Reencontristas, LELUT, Frohtanz, OASE, Grupo de Mulheres) e pessoas amigas para um mutirão de arrecadação de alimentos e agasalhos, que estão sendo distribuídos para as famílias em vulnerabilidade social. Assim como a farinha ou o fermento sozinhos não fazem o pão, da mesma forma as meninas mulheres da OASE encontraram uma maneira de unir forças, mesmo em isolamento social, socorrendo famílias e crescendo na fé e esperança de um mundo melhor.
Ser fermento na massa nos compromete com a causa do Evangelho. Nos faz viver a partir de valores que não estragam mas reafirmam a cada novo dia a dignidade que o Senhor e Salvador Jesus Cristo nos assegurou. Lembrando que o mesmo fermento leveda massas diferentes. Mas o objetivo é sempre o mesmo: trazer vida e sinais do Reino de Deus em nossa realidade. Trazer vida harmoniosa e com sentido. Que Deus nos ajude a continuar sendo fermento na massa. Amém.
Pastora Marli Daltein Schmidt
Vera Cruz, RS