Após uma pausa no ciclone, ouço um grito ao longe: Pastor, pastor! Abro uma fresta na janela e observo um membro da comunidade junto ao portão da casa pastoral. Desviando os cacos no chão, cuidando das telhas pendentes no beiral, vou ao encontro da voz e pergunto: Amigo! Como posso ajudar? Ouço como resposta a mesma pergunta: Como posso ajudar? Meia cidade destruída… Um perigo dirigir pelas ruas… O sujeito saiu da sua casa para ver como está a Casa de Deus. O que move o coração humano em direção ao cuidado com as coisas de Deus? Com certeza, muitos estavam assustados com as perdas e o risco com suas próprias vidas. Outros tantos, além de lembrar dos familiares e amigos, também pensavam na sua igreja. A partir da fé, as atitudes se distinguem, tornando-se bom testemunho. Enquanto um bate perguntando se pode ajudar, outro casal que mora próximo já aparece para dar uma mão no que precisar. Todavia, doutro lado da rua, observo um vizinho olhando em direção ao templo semidestruído. Rindo, ele diz: Deus sequer protege a sua casa. Tenho que concordar que o templo é apenas um prédio entre as demais construções da cidade atingida pelo ciclone. O crente perde tanto quanto qualquer outro cidadão. O que nos distingue, no entanto, é a força que vem do Alto para de novo levantar-se e exclamar: Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso! E assim, a partir da fé, agir e servir.