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Acolhida

Sejam bem-vindos, sejam bem-vindas ao nosso culto. Alegramo-nos com a participação de vocês que estão do outro lado da tela. Que possamos ser alimentados neste momento de celebração e de encontro virtual com irmãos e irmãs na fé.
Realizamos este culto onde for que nos encontramos em nome e na presença de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Pregação baseada em Mateus 18.21-35

Como é bom quando somos elogiados, ganhamos um chamego, recebemos um presente. Como é bom poder ser valorizado ainda que a gente não possa por si mesmo ter valor. Num mundo onde nada parece ser gratuito, ganhamos parabéns. Ficamos mais do que gratos quando alguém lembra de nós e nos manda mensagem. Sempre é bom quando é para mim. Eu gosto disso, massageia o ego. Mas, geralmente ficamos só em nós e em nosso entorno. Isso deve ser um alerta para nós. Não pode ficar só conosco, para nós e por nós. Por isso pergunto a você: Nas últimas semanas, quantas vezes você elogiou alguém de coração, deu parabéns com sinceridade, foi gentil, generoso sem esperar nada em troca?
Essa é a interrogante da parábola de hoje. Como eu ajo com as pessoas que estão ao meu redor? Eu trato elas como eu quero ser tratado? Tenho essa sinceridade nos meus relacionamentos?
Interessante observar que Jesus contou essa parábola já quase dois mil anos atrás, mas ainda continua com uma validade surpreendente. Como nós agimos em nossas relações? Se quisermos ser literalistas e abrirmos os jornais, observaremos como grandes sumas de dinheiro são perdoadas, mas para aqueles que não tem quase nada é pedido esse quase, para ficarem com nada. Ainda hoje vemos como o sistema financeiro ajuda a quem já tem muito e faz sofrer a quem já tem pouco. Como fazer a diferença numa situação como essa?
Mas, vocês podem pensar que é uma parábola, que não é para ser pensada de forma literal. Está bem, concordo com você. Então não pensemos de forma literal. Então, qual é o ensinamento que traz o Evangelho para nós?
Como podemos viver nossas relações de uma forma mais saudável? Saudável no sentido de tratar as outras pessoas como gostamos de ser tratados. Quando Jesus foi perguntado sobre o maior mandamento, ele lembrou o que todo judeu sabia: amar a Deus com todas as suas forças e amar ao próximo como a si mesmo. Simples, mas nem tanto. Como já disse no início é bom quando eu sou perdoado, é bom quando eu sou elogiado. O próximo passo é o complicado. Como usar a minha perspectiva não para limitar as pessoas, mas para dar liberdade?
Talvez precisemos um empurrãozinho, aqui o dou para vocês. Com certeza vocês oram muitas vezes o Pai-Nosso, hoje no culto daqui a pouco o faremos. Vocês se lembram do quinto pedido? Aquele que diz: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores”. Pois bem, Deus é justo e na sua justiça usa a nós mesmos como medida. Eu peço a Deus que me trate como eu trato às outras pessoas. Assim, como Jesus já disse em outra parte de Mateus “com a medida com que vocês tiverem medido, vocês também serão medidos”.
Assim, que se você não quer ser diferente com as outras pessoas, saiba que a suas ações trazem consequências. Não se engane, você mesmo já vive isso na sua vida.
Mas o evangelho de hoje, além de ser um alerta diante da nossa perdição. Também nos traz consolo. Consolo de saber que Deus nos compreende, que sabe de nossa situação tão ilógica, de que gostamos das coisas boas para nós e que dificilmente as partilhamos com o nosso próximo. Deus sabe que nossas relações pessoais estão estragadas pelo pecado e que nem sempre agimos como deveríamos de agir.
Nós temos o consolo de saber que mesmo que pequemos podemos ser pessoas perdoadas por Deus. Pois, o amor de Deus é maior do que as nossas limitações. Por isso, esse número tão grande para partilhar o perdão, não é uma nem duas, mais muitíssimas vezes que podemos receber o perdão de Deus e do nosso próximo. Que alívio, que consolo! Graças a Deus por isso! Amém.