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Na quinta passada, aos 82 anos, faleceu a Dona Regina, matriarca da família Hang, dona das Lojas Havan. Com certeza, Luciano usou os preventivos (por ele defendidos) na sua própria casa. Mas, será que adiantou? Mesmo que sua mãe tenha recebido tratamento nos melhores hospitais, faleceu. O que podemos aprender da situação? Infelizmente, ainda há aqueles que negam a situação dramática que vivemos, dizendo que o vírus não existe, pois trata-se de uma “estratégia comunista” para destruir a economia mundial. Outros ainda insistem em dizer que as pessoas morrem de diversas doenças. Mas, por interesse dos hospitais, o atestado é dado como “Covid”. Vamos e convenhamos, tais opiniões são dignas de um filme de ficção e ainda são uma afronta aos profissionais que lutam pela nossa sobrevivência. Enfim, àquela parcela da população que teima em defender que é tudo uma armação, sugiro que tentem dizer isso ao Luciano Hang, que perdeu a mãe ou para qualquer outra pessoa que tenha perdido alguém querido. Na verdade, não importa a classe social, cor da pele, idade ou religião, as pessoas estão morrendo do vírus. Confesso que, por vezes, fico angustiado quando percebo – mesmo dentro das igrejas – fiéis que tentam lavar suas mãos com um discurso aparentemente “piedoso” ao dizer: Seja o que Deus quiser! Deus vê e sabe o que faz! Também, creio. Mas, isso não me dá o direito de relaxar e simplesmente deixar tudo nas costas de Deus. Sei que o Pai tem todo o poder para dar e tirar a vida. Mas, sei também do meu compromisso com a vida, igualmente no cuidado com os outros. Eis aí a proposta evangélica. No último final de semana, a morte do casal Leo e Sabina Mey (Campo Alegre/SC) mexeu comigo. Um ano atrás, o mal que estava tão longe, na China e Itália, depois chegou em São Paulo, em Joinville. Agora tenho a impressão que se aproxima cada vez mais, batendo à minha porta. Antes morria gente só nos noticiários da TV, agora no meu círculo de convivência. A morte da Dona Regina também me incomoda. Entendi que, mesmo com todo recurso humano disponível ou discurso de herói nacional do Hang, ainda sim o Covid tem levado vidas. Então, onde reside o nosso maior desafio? Principalmente no cuidado, tanto de si, quanto da sua casa e dos seus amigos. Siga os protocolos instituídos: Distanciamento, higienização e máscara. Jamais relaxe, pois pode ser fatal. No momento em que você tiver a oportunidade, deixe-se vacinar. É a melhor alternativa que temos para estancar a crise.