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Perna-de-pau! Desde menino gostei de futebol. Mas, logo descobri que o meu lugar era fora das quadra e campos. Desde a escola, nas escolhas de times, era sempre o último a ser escolhido. Depois ainda perguntavam: O que vamos fazer com ele? Não era só uma questão de não jogar nada, ainda atrapalhava os demais. Demorou um pouco, mas entendi que precisava mudar o foco. Sem desistir do esporte, fiquei na torcida. No volibol, adaptei-me melhor. Nunca fui destaque, mas conseguia ajudar a equipe. Dediquei-me à corrida de rua. Depois, à academia. Jamais deixei de me exercitar e ser apaixonado pelo esporte, inclusive futebol. Percebo que a mesma regra vale dentro da igreja. Tem craque e tem perna-de-pau. Contudo, há tanto espaço de serviço. Deus agracia seu povo com dons e talentos. Quem oferece as oportunidades de jogo é o próprio Senhor da Igreja. Basta estar atento. E, àqueles que já estão envolvidos, é necessário ter um olhar mais amplo, tanto às pessoas que estão à volta, quanto aos jeitos de servir. Convide outros para ajudar. Recoloque aqueles que se sentem deslocados. Delegue os afazeres. Diz um velho ditado que “peso repartido, fica mais leve. Alegria repartida, se multiplica”. Viver em comunidade é acolher e repartir. Mãos à obra, então!