Graça e Paz de Cristo sejam contigo!
Hoje gostaria de lhes partilhar, neste momento de oração, uma experiência pessoal de vida. Estamos na semana da Paixão e Ressurreição de Cristo. Uma semana que faz parte da minha caminhada de vida de forma muito especial.
Quando eu completei 12 anos, meus pais me iniciaram nos trabalhos diários da lavoura. Ajudava a capinar e arar a terra. Colher milho, soja, mandioca. Nesses momentos com meus pais várias perguntas afloravam. E uma, em especial, era a questão da morte. Comecei, nessa idade, participando de um e outro velório, a ter consciência que as pessoas morrem. Uma verdade que não conseguia assimilar. Não conseguia aceitar a ideia de perder um dia meus avós e pais. Comecei a fazer, com isso, muitas perguntas sobre esse tema aos meus pais durante os trabalhos na lavoura. Por que as pessoas precisam morrer? Não tem um jeito de viver eternamente? Incomodava tanto meus pais com esse tema, que em alguns momentos eles se cansavam comigo. Para os meus pais, na época, a morte era o fim. O que viria depois ninguém sabia…
Em busca de uma resposta, aflorou em mim, já aos 12 anos, o desejo de ser pastor. Deus teria uma resposta para a minha angustiante pergunta. Por isso, aos 14 anos, na minha confirmação, o versículo bíblico que escolhi como lema para a minha vida foi Romanos 1.16: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”.
Aqui estou eu como pastor, porque realmente não me envergonho de testemunhar que em Jesus Cristo Deus não deixa a última palavra a morte. Não há um fim. O que prevalece não é a sexta-feira da paixão, mas o domingo da ressurreição. Como diz Jesus em João 11.25: “- Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.”
É esse presente de Deus, a ressurreição, a sua salvação, que tirou uma pergunta angustiante do meu coração. Me fez um apaixonado pelo trabalho do evangelho. Me levou a testemunhar ainda com mais intensidade, em meio a toda a angústia com a pandemia da Covid-19, que Deus está conosco para cuidar da vida, para nos abençoar com manhãs de Páscoa. Por isso, diariamente oro e canto: (LCI 581)
1. Deus sempre me ama, com amor me chama, e assim me inflama do mesmo amor.
Estr.: Por isso cantarei o amor divino; será meu hino o amor do rei.
2. Cativo estive e graça obtive do amor que vive e faz viver.
3. Enviou seu Filho, prestou-me auxílio, mostrou-me o trilho que ao céu conduz.
Desejo que o Senhor te abençoe nessa semana da Paixão com sinais da sua ressurreição!
Um grande abraço,