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Sob esse tema, mais de 50 ministras e ministros do Sínodo Norte Catarinense se dedicaram a estudar. A Conferência Ministerial Sinodal aconteceu no dia 20 de abril, on-line, através da Plataforma Zoom.

As inquietações são muitas. Até quando haverá restrições aos encontros comunitários? No pleno retorno, como será? Voltaremos ao “status” de março de 2020? Que novo formato de Igreja está sendo gestado? Afinal, quais os aprendizados desse tempo?

Um dos assessores, o Pastor Rolf Schünemann apresentou dados referentes aos vídeos de cultos, mensagens e hinos postados em canais do Youtube. Percebe-se picos de visualizações como também quedas em determinados finais de semana. São dados ainda a serem explorados qualitativamente.

Já o Professor Dr. Pastor Júlio Cézar Adam apontou que, diante da crise provocada pela impossibilidade de se reunir presencialmente, foram utilizados recursos digitais pela Igreja. De um lado, foi uma forma “de se atualizar nos recursos disponíveis para a comunicação com os fiéis”. De outro, houve a tentativa de “empacotar” o Evangelho numa certa estética atrativa. O risco é perder de vista o fundamental: “a transmissão da boa-nova do Reino”.

A terceira assessora, a Doutoranda Fabiane Luckow falou de sua pesquisa sobre “culto”, especialmente durante o período da pandemia COVID-19. Mencionou que com as transmissões de culto é possível alcançar um grande conjunto de pessoas. Entretanto, há questões que somente a presencialidade fornece: o sentimento presente ao sair de casa até a igreja, a entrada no templo, os cheiros, os olhares, os sorrisos… são questões que o on-line não fornece. Destacou que as transmissões ao vivo tendem a ser mais valorizadas do que as gravadas e editadas.

Entre ministras e ministros a avaliação foi muito positiva. Foi uma parada para avaliar como se era Igreja antes da pandemia e refletir o se está fazendo. Há a certeza de que um novo jeito de Igreja está sendo gestado. Conteúdo de boa qualidade e de forma atrativa e contemporânea são fundamentais. Enfim, “não podemos mais pensar apenas numa Igreja que se limita ao paroquial”. As pessoas seguem e participam onde se sentem identificadas, independente de geografias.