“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo de céu” (Eclesiastes 3.1). Nossa vida tem diferentes tempos. E é cheia de experiências marcantes. Algumas são inesquecíveis porque são muito boas. Outras permanecem na lembrança por não serem tão boas. É assim em nossa vida pessoal, familiar, comunitária.
Como Igreja, temos experimentado tempos diferentes, inesquecíveis, até estranhos. Quem diria que viveríamos distanciamentos ao invés da comunhão de abraços; que teríamos os rostos escondidos por máscaras ao invés de exibirmos largos e contagiantes sorrisos. Nesse tempo, aprendemos mais sobre nossas limitações, sobre nossa finitude.
Milhares de pessoas têm falecido, além do que ocorre em “tempos normais”. É impossível sabermos quantas vidas mais desse modo ainda partirão, em nosso país e pelo mundo afora. Talvez, nós próprios ainda venhamos a ser colhidos.
Num momento, chegamos a imaginar que seríamos novas pessoas, após a pandemia. Novos jeitos de ser e novas formas de relacionamento surgiriam. Haveria uma redefinição de valores. O que de fato é importante e necessário para o bem viver ficaria mais em evidência. Quem sabe, isso ainda virá…
Fato é que a soberania de Deus se afirma acima de nossas vontades, acima de qualquer vontade. Por mais que alguém duvide, por mais que nos sintamos pessoas poderosas, o salmista pergunta: “que é o ser humano, para que te lembres dele?”. Há um poder que está além de nossas forças. Esse poder é Deus.
E, em Jesus Cristo, nosso Deus revelou sua plenitude. Por isso, Ele é nossa esperança aqui nesse mundo e no que há de vir. Como pessoas de fé em Cristo Jesus, cremos que nossas dores e desalento passarão: “Eis que se farão novas todas as coisas” (Apocalipse 21.5). Não nos cansamos de assim afirmar.
Sigamos em frente, confiantes de que o que há de vir é indescritivelmente melhor. Nossas orações não são em vão. Nossa dedicação vale a pena. Pelo Batismo somos chamadas e chamados a proclamar e testemunhar. O Reino de amor, justiça e paz é o horizonte que nos faz perseverar. Viver o Batismo: dons a serviço!
Delegadas e Delegados da 24ª Assembleia Sinodal