Existe uma lei da natureza, a qual é citada na Bíblia: “Aquilo que você semear isso também vai colher” (Gálatas 6.7). A situação se apresenta também na história das religiões, com mais vigor nos últimos anos. Com pontos de vista distintos e interesses próprios, intencionalmente certas pessoas têm dividido comunidades cristãs e consequentemente também dividido as famílias. De maneira astuta, tal qual a serpente do Éden, aproveitando-se da amizade, proximidade e por vezes até autoridade, a dúvida é semeada no coração das pessoas. Aparecem alguns com receitas e respostas prontas, oferecendo uma “alternativa” religiosa. Quem gosta de novidade e tem pouco entendimento (ou apego) ao antigo se deixa iludir e levar com facilidade, pois toda moda faz sucesso. Graças a Deus, vivemos numa nação livre, onde cada um tem sua livre opção de culto. Todavia, percebo que, para a maioria, a reflexão espiritual nem sempre é muito profunda, por isso, simplesmente abandonam uma jornada de anos e se atiram na nova “paixão”. Também, preciso assumir que – como ministro religioso, por décadas de ministério – falhei ao não insistir e sempre de novo deixar bem claro o cerne da Teologia Luterana, onde entendemos que tudo parte de Deus. De nada valem méritos e obras. Vivemos a fé somente pela “graça”. A iniciativa sempre é o do Senhor. Ele age. Eu apenas respondo. Mas, por fim, é necessária a pergunta: Afinal, quem lucra com a divisão do povo de Deus? Qual a vantagem em ver as pessoas pulando de igreja para igreja? Quem ganha quando alguém na casa impõe aos demais uma decisão espiritual?
Da Escola Bíblica de Férias de 2016, “Colherá o Que Você Plantou”.