Há um mal-estar em relação à prédica e ao sermão. Este mal-estar já perdura faz algum tempo. Podemos dizer que há um mal-estar na Igreja como um todo. Como percebemos este mal-estar? A prédica da Igreja se tornou obsoleta ou irrelevante para esta sociedade? A prédica – em sua forma e conteúdo – não comunica o que deveria comunicar? Há um esvaziamento daquelas igrejas históricas que, coincidentemente, são as que mantém um determinado estilo de pregação, que podemos chamar como prédica clássica.
Entendemos por prédica clássica uma forma de falar, integrada num culto, efetuada com interpretação e aplicação da Escritura, por um membro chamado da comunidade, via de regra por um pastor1. A suspeita é que a prédica, além de não comunicar, não surte os efeitos sociais, culturais, espirituais de outrora. Não alimenta como alimentou. Perdeu seu espaço na lista de importância das pessoas. Não mais ajuda a responder e apontar saídas diante das crises dos novos tempos. Nem mesmo edificar comunidades esta prédica parece ter conseguido. Se pelo menos ela alimentasse a fé dos membros da igreja de forma mais vigorosa, mas nem isso parece estar acontecendo. Além de seus próprios problemas, a prédica clássica enfrenta forte concorrência; há outras propostas homiléticas no contexto que atraem multidões. É um show!
Nada é mais vital para a vida e sobrevivência da Igreja que o culto e, dentro dele, a pregação. É pela pregação – em sua graciosa articulação divina e humana – que a fé é gestada e nutrida. Esta fé viva mantém a Igreja viva. Ou seja, descuidar da pregação significa colocar, no mínimo, a fé em risco, e, junto como ela a própria Igreja; junto com a Igreja, a própria Teologia. Em pleno século XXI, pregar no culto cristão é tarefa sublime e ao mesmo tempo tarefa complexa e desafiadora. Talvez em todos os tempos assim o tenha sido, mas agora a homilética se vê confrontada por uma avalanche de incertezas: o como pregar nesses tempos de grandes e profundas mudanças? Como mudar a pregação nesses tempos de mal-estar sem trair o Evangelho e sem capitular frente à tradição da Igreja? O que e como pregar para que algo seja ouvido?
Além do mal-estar observado em torno ao púlpito, a Pandemia da Covid-19 colocou um novo e urgente desafio à homilética: como pregar diante de uma tragédia como a pandemia? Como pregar através da internet? A prédica online comunica de que maneira?
O que precisamos saber sobre a internet e a mídia para podermos comunicar o evangelho de forma mais efetiva, despertar e manter a fé das pessoas ouvinte, da comunidade e da Igreja? Considerando a capacidade de concentração das pessoas na atualidade, como manter seu interesse em ouvir?
A proposta deste curso é ser uma formação continuada na área da homilética, retomando questões fundamentais da pregação protestante, refletindo sobre os novos estudos e proposições na área da pregação, da comunicação, da oratória e da mídia.
Além disso, o curso conta com horas de laboratórios práticos, em pequenos grupos, onde se poderá exercitar a pregação e a oratória, presencial e online.
1 SEITZ, M. Prática da fé. São Leopoldo : Sinodal, 1990. p. 13.
PERÍODO DE INSCRIÇÕES: até 29 de julho.
INVESTIMENTO: R$ 350,00
– Ministros e ministras da IECLB pagam R$ 50,00 e a IECLB complementará o valor após a finalização da inscrição.
– Outras confessionalidades pagam R$ 175,00, mediante envio de comprovação para relacionamento@est.edu.br ou financeiro@est.edu.br.
CARGA HORÁRIA: 30 horas
CRONOGRAMA DE AULAS: 2, 9, 16, 23, 30/08, 6, 13, 20, 27/09 e 04/10 (23h.)
HORÁRIO: das 14h às 16h (três últimas aulas das 13h30min às 16h30min)
OBJETIVO: Desenvolver a habilidade da pregação evangélica/protestante frente aos desafios da comunicação no contexto atual.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
METODOLOGIA:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
DOCENTES
Prof. Dr. Júlio Cézar Adam (EST)
Prof. Dr. Klaus Stange (FLT)
Psc. Vilnei Roberto Varzim
COORDENADOR
Coordenação Geral: Prof. Dr. Júlio Cézar Adam
O curso é uma oferta do Beatitude: centro de espiritualidade, psicologia e bem viver e da Faculdades EST
Parceria com a Coordenação de Liturgia/ Secretaria da Ação Comunitária da IECLB e o Conselho Nacional de Liturgia e Culto – Conalic