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O olhar aos anseios e às necessidades da pessoa próxima é próprio do cristão. A diaconia é a resposta ao evangelho e nessa perspectiva a Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE) do Sínodo Vale do Itajaí abraçou o projeto “Almofadas do Coração”. Diversas mulheres dos grupos confeccionaram e doaram a almofada para pessoas em tratamento de câncer de mama.

“Nos mobilizamos por uma causa tão nobre. Aproveitamos o mês de outubro para fazer a ação porque ele traz para a sociedade a reflexão sobre esta enfermidade, porém, o ano todo precisamos nos engajar para estar ao lado das pessoas que precisam. O amor se encarrega de tudo, pois ele está sempre acompanhado de cuidados”, frisou a pastora Márcia Helena Hülle, orientadora teológica da OASE.

Celebrações aconteceram para agradecer este mutirão. A União Paroquial de Blumenau, no Culto da Reforma, no dia 31 de outubro, tornou a ação pública. A Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau participou de um culto especial na Comunidade Blumenau Centro. Outros grupos e paróquias realizaram eventos e visitas em instituições, como organizações de combate ao câncer, postos de saúde, hospitais, clínicas e escolas.

O projeto Almofada do Coração (Heart Pillow Project), iniciou nos Estados Unidos e foi divulgado por Janet Kramer Mai, especialista em câncer de mama, do “Erlanger Breast Resource Center”, em Chattanooga, Tennessee. Mai, após ter passado por uma cirurgia de câncer de mama em 2002, e ter testado o conforto que o objeto traz, decidiu que faria todo o possível para que cada paciente recebesse uma almofada após a cirurgia, que possui esse formato com o centro em U para melhor encaixe entre o braço e a axila. Uma das principais funções da almofada do coração é diminuir a dor no local pós-mastectomia: colocada sob as axilas, neutraliza a dor pós-cirurgia e serve de suporte ao ombro, removendo a pressão do braço e/ou do peito, proporcionando alívio de pressão sobre local.

“Além de oferecer suporte físico, a almofada proporciona também apoio emocional. Inspirado no exemplo da idealizadora, o projeto se espalhou por grande parte da Europa e chegou ao Brasil. Agradecemos as mulheres da OASE que se engajaram nesta linda atividade diaconal. Com gestos de amor cumprimos nosso papel como mulheres luteranas. Também agradecemos à Fundação Luterana de Comunicação – Rádio União FM que doou os recursos para adquirir o material. Com este mutirão conseguimos amenizar muitas dores físicas e psicológicas”, declarou Hülle.