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No último Domingo do ano eclesiástico, 20 de Novembro de 2022, realizou-se na Comunidade Vida Nova um culto presencial alusivo ao Dia da Consciência Negra. Acredita-se que, diante de tantas situações de violência sofridas pela população negra, é de fundamental importância que a Igreja de Jesus reflita sobre o assunto à luz do testemunho evangélico. No culto, seguiu-se a bela liturgia elaborada pela Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias da IECLB em parceria com o Grupo Identidade da Faculdades EST. (Disponível aqui).

Na pregação (Disponível aqui), o ministro da Paróquia, P. William Felipe Zacarias, relembrou alguns dos casos de violência a pessoas negras ocorridos nos últimos anos como George Floyd nos Estados Unidos e Elson Oliveira, João Alberto Silveira Freitas e Genivaldo de Jesus Santos no Brasil. Além disso, trouxe estatísticas que apontam que mais de 70% das pessoas mortas em ações policiais são negras. Após a rememoração destes casos, trouxe um resumo histórico da importância do protestantismo na abolição da escravatura na Inglaterra que teve como personagens importantes o pastor metodista John Wesley e o deputado William Wilberforce. Além disso, abordou brevemente também os protestos não violentos liderados pelo pastor Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos.

Na segunda parte da pregação, o P. William apontou que antes da violência física e verbal está o preconceito no coração. O racismo estrutural faz parte de um inconsciente coletivo. Assim, antes de transmitido, o preconceito é aprendido através de linguagens que criam a desigualdade, opressão e, enfim, o racismo. Por isso, P. William lembrou da necessidade de olhar para o Evangelho de Jesus Cristo como linguagem de amor à humanidade, visto que Jesus não tratava as pessoas como “coisas”, mas como “próximas” e “semelhantes”. Desta forma, também a Igreja de Jesus precisa usar a linguagem do amor como linguagem de transformação do coração. É assim, com a linguagem do amor, que as relações humanas e com a Criação poderão alcançar, algum dia a paz. Para que haja transformação no mundo, precisa primeiro haver uma transformação no coração.

Não podemos, de forma alguma como Igreja de Jesus, ficarmos calados diante das situações de injustiça presentes no mundo. Nossa oração é que pela graça de Deus e pelo amor a Deus e as pessoas as palavras se tornem ações concretas de transformação do mundo.