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Do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, a comunhão global das Igrejas Luteranas reuniu-se para discernir formas de levar a luz do Evangelho aos lugares mais sombrios de injustiça, opressão, conflito e medo. Mais de 1.000 pessoas participaram do Culto de abertura da Décima Terceira Assembleia da Federação Luterana Mundial (FLM), organizada pela Igreja Evangélica da Confissão de Augsburgo na Polônia, no Centro de Congressos ICE de Cracóvia, de 13 a 19 de setembro.

O tema da Assembleia, “Um só corpo, um só espírito, uma só esperança”, vem da carta de Paulo aos Efésios.

O Culto festivo com a Sagrada Comunhão contou com música em vários idiomas, liderada por coros luteranos combinados da Polônia, bem como a partilha de pães especiais e sal, símbolos tradicionais de hospitalidade na cultura polonesa. Representantes das Igrejas membros da FLM na Ásia, nas Américas, na África e na Europa derramaram água em uma pia batismal para simbolizar sua fé compartilhada, enquanto a Secretária Geral da FLM, Rev. Dra. Anne Burghardt, e o Arcebispo Presidente, Dr. Panti Filibus Musa, davam as boas-vindas à congregação.

Seguindo os passos dos Magos

A Rev. Danielle Dokman, uma jovem Pastora da Igreja Evangélica Luterana no Suriname, pregou sobre a conhecida história bíblica dos Reis Magos viajando para encontrar o menino Jesus após seu nascimento em um estábulo em Belém (Mateus 2. 1-12). Tal como aqueles Magos, disse ela, “também viajamos com um propósito”, para descobrir “onde está a crescer hoje o Único Encarnado, o Único Espírito de Deus e a Única Esperança para este mundo”.

Dokman, ex-membro do Conselho da FLM, observou que a encarnação ocorreu, não apenas numa localização geográfica específica, mas também na “moradia comum, mas extraordinária” que é o corpo de uma criança, “a existência humana mais frágil que existe.” Se acreditarmos que Deus assumiu um corpo humano e as suas vulnerabilidades – disse ela – “isto tem implicações reais para as nossas vidas”. Significa que “não podemos ignorar os nossos corpos e ignorar os outros”, porque “encontraremos Deus nos nossos próximos, naqueles a quem chamamos estranhos ou estrangeiros, e até em toda a criação”.

Embora observemos as muitas maneiras pelas quais “corpos em todo o mundo estão espalhados e dilacerados pela discriminação, polarização e violência” – continuou Dokman – não devemos desistir, porque “servimos a um Deus que não tem medo da nossa fragilidade, vulnerabilidade ou fraqueza.” Tal como os Magos, que perguntaram: ‘Onde está a criança que nasceu Rei dos Judeus?’, as pessoas cristãs hoje devem fazer perguntas e “criar ondas” que podem perturbar lideranças que estão apenas preocupadas em garantir o seu poder.

Dokman concluiu exortando os delegados e as delegadas a “agitar o status quo” e manter união em nossa proclamação, falando abertamente sobre a injustiça e vivendo conjunbtamente a partir dos sacramentos”.

O louvor e o estudo da Bíblia são parte integrante da Assembleia, o mais alto órgão de decisão da FLM, com orações diárias de manhã, meio-dia e noite. No final da oração da manhã de 19 de setembro, pessoas convidadas da ecumene participarão num painel de discussão sobre a mensagem de justificação para hoje.

Nos próximos dias, as participantes e os participantes debaterão sobre o tema da Assembleia, compartilharão esperanças e desafios de suas regiões em “Grupos de Aldeia”, descobrirão os vários aspectos que moldam o trabalho da comunhão Luterana nas oficinas “Jarmark” e visitarão o Memorial próximo e Museu de Auschwitz-Birkenau.

 

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