Várias áreas isoladas, imóveis e ruas alagados, casas submersas, imóveis da rua principal destruídos, pessoas ilhadas na cidade e no interior: um cenário desolador! Assim está a cidade de Taió, localizada no Alto Vale do Itajaí (SC). O município que já registrou muitas enchentes em sua história tem sofrido com as fortes chuvas dos últimos dias. Uma condição ainda mais devastadora do que na pior enchente de sua história, no ano de 1983. Diante do triste cenário, a Comunidade está mobilizada para auxiliar pessoas desalojadas e também apoiá-las no seu recomeço.
Com a previsão de alagamentos, antes do início das chuvas, lojas foram esvaziadas. Outros comerciantes optaram por erguer os produtos. O mesmo foi feito em muitas residências. Cada taioense tem seu “plano B” em caso de enchente. Mas, com o nível do rio em 12 metros e 59 centímetros acima do normal, as perdas e a destruição foram sem precedentes, destruindo estruturas, portas, janelas e instalações. Muitos pertences da Comunidade de Taió, foram colocados na parte mais alta do Salão Comunitário XXV de julho, mas o mesmo ainda está mais da metade submerso.
A produção de leite também foi fortemente afetada. Com estradas inundadas, a produção não pode ser escoada e tem sido descartada pelos produtores. Na cidade, caminhões dos bombeiros e do Exército auxiliaram no transporte de pessoas na cidade, mas agora com o nível voltando a subir, todo o transporte está sendo feito como o auxílio de barcos.
O Pastor da Paróquia de Taió, José Alencar Lhulhier Junior, conta que a Comunidade tem ajudado muitas pessoas. Vinte pessoas foram abrigadas na Sala da OASE e com a parceria da Prefeitura, e trabalho voluntário, colchões, alimentos e outros materiais foram arrecadados. Na quarta-feira, dia 11 de outubro, todos os desabrigados dos quatro abrigos do munícipio foram transferidos para a cidade de Pouso Redondo e foram instalados no Centro de Eventos do Município, para centralizar o atendimento.
A Igreja, localizada em uma das partes mais altas da cidade, tem servido à cidade. O Templo, a sala do Culto Infantil, e a sala da Juventude Evangélica estão abrigando móveis e pertences de quem conseguiu resgatar alguns de seus bens. Já o pátio, tem carros de revendedoras e de vários vizinhos.
As doações e o trabalho voluntário tem sido realizadas por muitas mãos. O único hospital da cidade pertence a Paróquia, este está mobilizado juntamente com as outras filiais da instituição, arrecadando valores para auxiliar quem precisa. Membros estão engajados no voluntariado ali onde estão, pois até mesmo os voluntários estão ilhados. “Ninguém esperava por isso! É uma catástrofe!”, lamenta o Pastor.
O P. José Alencar, que atua na Paróquia desde 2014, relata que passou por quatro ou cinco cheias, mas nada parecido com a realidade atual. Foi a maior de toda a história.” E acrescenta que a madrugada de domingo para segunda-feira foi terrível pelo sofrimento causado. “Pessoas já no segundo andar de suas casas, desesperadas para serem resgatadas. Muitas ligações e orações foram feitas para trazer um pouco de acalento em meio ao pânico”, relata.
Agradecimento: O Pastor, em nome da Paróquia de Taió, expressa a gratidão a tantos colegas, tantas comunidades que entraram em contato, até mesmo de outros estados. Grupos de oração pela cidade de Taió foram mobilizados e doações foram recebidas das mais diversas localidades.
Sobre doações: A melhor forma de colaborar com o atendimento emergencial é através de doações financeiras, pois não há logística para distribuir donativos físicos, somente após as águas baixarem, mesmo porque a sede da Comunidade está ilhada. Após a necessidade de atendimento emergencial passar, os valores arrecadados serão utilizados para auxiliar na reconstrução e no recomeço de pessoas que perderam praticamente tudo.
PIX da Paróquia para doações:
Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Taió
CNPJ: 82.766.908/0001-75
Ao realizar a sua doação, identifique como: Colaboração emergencial
Fotos: P. José Alencar Lhulhier Junior (Pastor da Paróquia de Taió)